Julia Affonso, Mateus
Coutinho e Luiz Vassallo
O Estado de São Paulo
A Polícia Federal deflagrou nesta
terça-feira, 21, a segunda fase da Operação Darkode contra um esquema de
fraudes contra o sistema bancário, por meio eletrônico, além da negociação de
informações úteis à prática de crimes cibernéticos.
Segundo nota da PF, cerca de 100
policiais federais cumprem 37 mandados judiciais, sendo 4 mandados de prisão
preventiva, 15 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão
em residências e em empresas vinculadas ao grupo investigado, com o objetivo de
colher provas contra outros integrantes e beneficiários da organização, bem
como identificar e apreender bens adquiridos ilicitamente.
As diligências estão sendo executadas
nas cidades de Goiânia/GO, Aparecida de Goiânia/GO, Anápolis/GO e Senador
Canedo/GO, bem como nos Estados do Pará, de Tocantins, de Santa Catarina, além
do Distrito Federal.
A Federal estima que as ações da
organização criminosa tenham causado prejuízo superior a R$ 2,5 milhões, em
especial mediante fraudes contra o sistema bancário.
“O líder da organização cumpre pena no
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia/GO, imposta por sentença
condenatória da 11ª Vara Federal de Goiânia em decorrência da prática de crime
cibernético”, diz nota da PF.
O nome da operação faz alusão ao fórum
internacional intitulado Darkode, criado em 2007 com o propósito de reunir os
maiores e os mais especializados hackers e criminosos cibernéticos em um único
ambiente virtual.
Na primeira fase, deflagrada em julho
de 2015, foram cumpridos 7 mandados judiciais em Goiânia/GO, sendo 2 mandados
de prisão e 1 de condução coercitiva, além de 4 mandados de busca e apreensão.
A ação foi coordenada com forças policiais de diversos países contra hackers
que se comunicavam por intermédio de um sítio eletrônico denominado Darkode.