quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Presos dez suspeitos de participação na morte de sargento da Polícia Militar


Por Wellington Rabello

Policiais militares do Grupo de Serviço Avançado (GSA), do 6º Batalhão da Polícia Militar, capturaram dez pessoas suspeitas de participação na morte do sargento Luís Cláudio Cordeiro Baldez, de 43 anos, ocorrida na madrugada do último sábado (10), na Rua 1 do Ipem Turu. A prisão aconteceu nesta terça-feira (13), no bairro da Cidade Olímpica, quando os policiais realizavam buscas para localizar uma quadrilha que estava praticando assaltos desde cedo, naquela região.
Segundo um dos militares, a primeira prisão aconteceu por volta das 11h30, em um conjunto de quitinetes, na Rua 10 da Cidade Olímpica. Nesse local, ainda conforme o PM, foram localizadas seis pessoas. Em seguida, os policiais continuaram as buscas e, no mesmo bairro, se depararam com um veículo Gol, que havia sido roubado pelo bando, no qual estavam os outros quatro suspeitos.
Após a captura das dez pessoas, as buscas prosseguiram na tentativa de localizar mais integrantes da quadrilha. Durante os interrogatórios preliminares, um dos presos, que seria um adolescente, teria confessado a participação na morte do sargento Cláudio; e, diante dessa situação, todos foram conduzidos para a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), no centro de São Luís.
Dos dez presos, sete são homens e três são mulheres. Destes, seis são adolescentes, entre eles uma das mulheres que, inclusive, está com um filho recém-nascido. Dois dos presos de maior idade foram identificados como Vladmilson Dias Sousa, o “Vlad”, de 24 anos; e Lucas Santos Pereira, o “Tomate”, de 18. De acordo com os policiais, todos seriam integrantes da facção Comando Organizado do Maranhão (C.O.M), que atua na região da Cidade Olímpica.
Na SHPP, outro preso teria confessado seu envolvimento na morte do sargento Cláudio. Este seria um de maior idade, mas os militares não souberam dizer a sua identidade. Foi dito apenas que adolescente teria informado que a morte do sargento não se tratou de uma execução, mas sim de uma tentativa de assalto.
Todos os presos foram ouvidos na SHPP, tendo o interrogatório entrado pela madrugada. Com o bando, além do carro roubado, os policiais apreenderam várias armas de fogo, facas, celulares e relógios. Nesta quarta-feira (14), eles devem ser apresentados na Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Outeiro da Cruz.
O CRIME
O segundo sargento Luís Cláudio Cordeiro Baldez foi morto no fim da madrugada de sábado (10), pouco antes das 6h, com disparos de arma de fogo na porta da casa de sua namorada, na Rua 1 do Ipem Turu, em São Luís. Segundo informações apuradas pela Polícia Militar, ele se preparava para viajar, quando foi surpreendido pelos disparos, efetuados por ocupantes de um Fox branco.


No dia do crime, o sargento Cláudio estava de folga, e iria seguir viagem à cidade de Morros, na Região do Munim, em uma excursão. Ele estava na calçada, com o intuito de caminhar até um ônibus de turismo, que se encontrava estacionado perto da residência, no momento em que o Fox passou, ocupado por ao menos três homens. Nesse instante, uma pessoa que ocupava o banco do passageiro teria atirado no militar, que pode ter sido atingido por cerca de sete disparos. Cláudio Baldez ainda foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Vitória, onde não.

Campanha nacional de vacinação começa na próxima segunda-feira


Começa na próxima segunda-feira, 19, e vai até 30 deste mês, a campanha nacional de multivacinação. Trinta e seis mil postos oferecerão vacinas a crianças de até 5 anos, de 9 anos e entre 10 e 15 anos. A atualização de hepatite C, no entanto, corre o risco de não ser feita neste momento. Há problemas nos estoques da vacina, que, pelos cálculos do ministério, serão solucionados somente quando a campanha estiver na sua fase final. A maior preocupação com hepatite C é com jovens, pois a cobertura vacinal de crianças, de acordo com a pasta, é alta.
A recomendação é de que, no caso de não haver vacina, funcionários entrem em contato com jovens para que retornem aos postos, assim que o imunizante chegar. A diretora substituta do Programa Nacional de Imunização, Ana Gorete, afirmou que, no caso das outras doenças, há doses suficientes para realizar a campanha. “O desabastecimento enfrentado nos últimos dois anos foi solucionado”, disse. Foram adquiridas 19 mil doses extras para fazer a campanha.
Neste ano, o esquema de aplicação de quatro imunizantes foi alterado: poliomielite, HPV, meningocócica C e pneumocócica 10 valente. O da pólio passou a ser feito por meio de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de vacina oral, a da gotinha. Até ano passado, o esquema era feito com duas doses injetáveis e três orais. A mudança atende a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde.


No caso do HPV, o esquema vacinal passou este ano de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. O esquema anterior, no entanto, continua valendo para mulheres com HIV em idade entre 9 e 26 anos. No caso da vacina meningocócia, a mudança ocorreu no reforço. Antes, era feito aos 15 meses. A partir de agora, pode ser feito aos 12 meses. Há possibilidade, no entanto, de o reforço ser feito até 4 anos. No caso da pneumocócia, houve também uma mudança: agora são dois em vez de três reforços. “Vacinação é todo dia. Este é um esforço para regularizar as cadernetas”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao apresentar as peças da campanha, que começam a ser veiculadas a partir de hoje.

Estados brasileiros podem decretar calamidade financeira


Governadores de aproximadamente 14 estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste  reuniram-se com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pressionaram o governo federal para que conceda auxílio de 7 bilhões para repor as perdas com os repasses federais.
Os governadores afirmaram que o objetivo é que os 14 estados divulguem uma nota conjunta na próxima semana para alertar o governo federal. Caso a ajuda não seja concedida, eles pretendem decretar  estado de calamidade financeira.  Do nordeste, apenas Ceará e Maranhão não participariam.
Os 7 bilhões requisitados pelos governadores faz parte dos recursos de repatriação (pagamento de tributos sobre recursos mantidos no exterior) que entrarão nos cofres federais até o fim de outubro. O encontro reuniu governadores do Distrito Federal e de 16 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, compareceu à reunião em solidariedade aos estados do Norte e do Nordeste.
Ainda de acordo com Dias, o governo está em débito com governos do Norte e Nordeste, que, ainda que com baixo nível de endividamento, entraram no acordo para renegociar a dívida dos estados com a União.
Segundo Ricardo Coutinho, governador da Paraíba, o ministro da Fazenda informou que a União não tem condições de conceder ajuda aos estados. Meirelles informou que a equipe econômica precisa ter conhecimento do montante que entrará com a repatriação para ver se conseguirá cumprir a meta de déficit primário.

“O problema todo é que, neste país, quem fez o dever de casa, se endividou menos, cortou gastos, diante de uma crise de três anos em que o PIB [Produto Interno Bruto] caiu 7%, a maior depressão econômica que esse país já viu, se vê hoje na condição de que todo trabalho feito corre o risco de ser perdido por falta de um auxílio que se faz necessário”, advertiu Coutinho.