quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Inflação oficial fecha 2016 em 6,29%, diz IBGE


O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficou em 0,3% em dezembro, o menor para o mês desde 2008, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11). Com isso, o indicador fechou o ano de 2016 em 6,29%, a mais baixa desde 2013.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2016 era de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA poderia oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta fosse formalmente descumprida. Em 2015, o índice havia avançado 10,67%.
A estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro apontava que o IPCA chegaria no final de 2016 a 6,35%, segundo o boletim Focus, do BC.
Alimentação e saúde
Tanto em dezembro quanto em 2016, foi a alta dos alimentos que impediu o IPCA de registrar uma desaceleração ainda maior – grupo com o maior peso no cálculo do índice. A alta de preços desse grupo de despesas acelerou a 8,62% no ano passado, depois de avançar mais de 12% em 2015.
O IBGE atribui essa alta dos alimentos à produção agrícola brasileira, que ficou 12% abaixo da colhida em 2015. “O consumidor passou a pagar, em média, 8,62% mais caro do que em 2015 para adquirir alimentos”, diz, em nota.
Entre os alimentos, os maiores impactos partiram dos aumentos de feijão (56,56%), farinha de mandioca (46,58%), leite em pó (26,13%) e arroz (16,16%). Em compensação, caíram os custos de tomate (-27,82%), batata inglesa (-29%) e cebola (-36,5%).

“A mandioca pressionou muito no índice do ano. A mandioca encerrou o ano com 46,58% a mais em função de problemas na oferta da mandioca. Isso influencia principalmente na alimentação no Nordeste”, explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE.