Terminou nesta terça-feira (30) o julgamento dos policiais militares Luís Miguel e Flávio Roberto; e do vigilante Luiz Carlos acusados de assassinar o mecânico Iraldo Batalha no dia 28 de maio de 2015, na cidade de Vitória do Mearim.
O crime foi gravado e o vídeo viralizou na internet. O mecânico estava na garupa de uma moto com o amigo Diego Fernandes e passaram em uma barreira policial sem parar. O sargento Luís Miguel e o soldado Flávio Roberto atiraram e atingiram os dois. Irialdo caiu da moto e, em seguida, o vigilante Luís Carlos atirou duas vezes na cabeça do mecânico, que morreu na hora.
O sargento Luís e o soldado Flávio atuavam na Companhia Independente de Viana. Após o caso, ambos foram presos, assim como o vigilante Luís Carlos, e estavam à espera do julgamento.
Julgamento
O Tribunal do Juri começou na manhã de segunda-feira (29) e só terminou no começo da tarde desta terça (30). Pela sentença, o sargento Luís Miguel foi absolvido dos crimes de homicídio contra Irialdo Batalha e da tentativa de homicídio contra Diego Fernandes.
Porém, Luís Miguel foi condenado pela Justiça a 2 anos e 9 meses de prisão em regime aberto - quando a pena é cumprida em casa de albergado ou residência do réu - pelos crimes de prevaricação, usurpação de função pública, denunciação caluniosa e fraude processual. De acordo com a decisão, Luís deu informações erradas para a Justiça alegando, junto ao soldado Flávio, que as vítimas haviam trocado tiros com a polícia.
Já o soldado Flávio Roberto foi condenado a 7 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto – quando o réu pode trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, mas deve retornar à unidade penitenciária à noite - por homicídio culposo contra Irialdo e tentativa de homicídio contra Diego Fernandes.
Flávio também foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão regime aberto por prevaricação, usurpação de função pública, denunciação caluniosa e fraude processual.
Já o vigilante Luís Carlos foi condenado pelo crime de homicídio contra Irialdo e deve cumprir 16 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. A sentença também acrescentou 6 meses de detenção em regime aberto por crimes de usurpação de função pública e fraude processual.
Ainda pela sentença, somente os dois policiais podem recorrer da decisão em liberdade. Tanto o Ministério Público, quanto os advogados dos policiais e do vigilante Luís Carlos informaram que vão avaliar se entram ou não com recurso contra a sentença.