A juíza Oriana Gomes, titular da 8ª Vara Criminal, acatou o pedido
do promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da
ordem Tributária e Econômica de São Luís, e determinou o sequestro de todos os
bens e bloqueio das contas bancárias da ex-governadora Roseana Sarney e dos
outros nove acusados de formar uma organização criminosa para desviar recursos
da Sefaz, através de um esquema de compensações de precatórios por débitos de
ICMS.
A decisão da juíza em sequestrar todos os bens e contas bancárias
da Organização Criminosa deve-se ao volume de recursos desviados que ultrapassa
mais de R$ 1 bilhão, entre 14 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2014,
segundo o Ministério Público.
Na denúncia criminal que foi aceita pela Justiça, o MP explica que
o modus operandi da suposta quadrilha envolvia um esquema complexo, revestido
de falsa legalidade baseada em acordos judiciais que reconheciam a
possibilidade de compensação de débitos tributários (ICMS) com créditos não
tributários (oriundos de precatórios).
O ardil foi montado no âmbito da Sefaz, com a participação direta
do ex-secretário Cláudio José Trinchão, com o “decisivo beneplácito” da
ex-governadora Roseana Sarney, que autorizava os acordos judiciais baseados em
“pareceres manifestamente ilegais”, dos procuradores-gerais do Estado por ela
nomeados, como Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo.
Além de Roseana Sarney, tiveram todos os bens sequestrados e
contas bancárias bloqueadas, Cláudio José Trinchão Santos, Akio Valente
Wakiayama, Raimundo José Rodrigues do Nascimento, Edmilson Santos Ahid Neto,
Jorge Arturo Mendoza Reque Júnior, Euda Maria Lacerda, Marcos Alessandro
Coutinho Passos Lobo e Helena Maria Cavalcanti Haickel.
Com informações do Blog do Garrone