quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

STF dilapidou a própria credibilidade


Por Vera Magalhães
O Estado de São Paulo

O Supremo Tribunal Federal produziu deliberadamente o segundo “jeitinho” em menos de seis meses para responder a uma crise que não era constitucional, mas política. Ao agir dessa maneira, a corte máxima do país se apequena, e dá sinais de que está disposta a abrir mão da máxima segundo a qual, no arranjo institucional republicano, cabe ao Judiciário falar por último.

O decano da corte, Celso de Mello, visivelmente desconfortável com a missão que lhe coube, deu um voto que em nada lembra as decisões técnicas pelas quais se notabilizou. Começou dizendo da gravidade de se descumprir uma decisão judicial e da impossibilidade de o presidente da República permanecer no cargo quando investigado, chegando a reconhecer que isso se estendia aos seus substitutos eventuais.

Mas aí, diz ele, é possível se “pular” o presidente do Senado na linha sucessória. Parecendo recorrer a uma expressão em latim para dar alguma credibilidade a uma decisão claramente política, Celso de Mello cunhou a expressão “per saltum”. O salto com vara, no caso, foi sobre a Constituição e mesmo a lógica. Renan é, pois, apto a presidir o Senado da República, mas não o Executivo.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, também se desviou de tudo aquilo que prega ao longo de sua trajetória na corte. Cármen é aquela que dirige o próprio carro, recusa convites para jantares e coquetéis por não achar apropriado que magistrados confraternizem com políticos, que nas últimas semanas defendeu o Judiciário de ataques.

Como, então, referenda uma saída política para um impasse institucional? Mais: como patrocina esse entendimento por meio de conversas de bastidores que sempre condenou? Como vota de forma condescendente, admitindo o descumprimento de uma decisão do tribunal que preside pela Mesa do Senado e a agressão a um ministro da corte por parte de Renan — que afirmou que Marco Aurélio Mello dera a liminar preocupado em manter salário acima do teto?

Tendo costurado a saída fora dos “autos”, Cármen Lúcia deveria, ao menos, ter deixado de votar. Afinal, já havia maioria a favor da permanência de Renan na cadeira. Assim, ela não compactuaria com uma saída com a qual dificilmente deve concordar.

No impeachment de Dilma Rousseff, de novo a partir de uma urdidura de Renan Calheiros, o ministro Ricardo Lewandowski concordou em “fatiar”a pena do impeachment, para que a petista mantivesse os direitos políticos. Apesar de manifestarem, em público e em privado, a discordância com a decisão, os ministros do Supremo decidiram “deixar para lá” para não agravar a crise.

Se recusaram a analisar recursos de todos os lados contra a decisão, fingiram que não viram o “jeitinho”, mas numa briga com Lewandowski o próprio Gilmar Mendes fez menção à decisão, de forma desairosa, em uma sessão da corte.



O STF, com essas duas decisões, relativizou seu peso. Com isso, chega desgastado, não só diante dos demais Poderes, mas da sociedade, para enfrentar o que terá pela frente: vários processos contra políticos envolvidos na Lava Jato, que andam a passos de tartaruga e cujo fim, teme-se, seja igualmente negociado em conversas de gabinetes e fora da Constituição.

Assaltantes que explodiram banco em Jenipapo dos Vieiras são presos em Grajaú


Blog do Gilberto Lima

Os acusados de terem praticado um assalto com explosão da agência do Bradesco em Jenipapo dos Vieiras,  na madrugada de quarta-feira (07), foram apresentados nesta manhã de quinta-feira (08) na delegacia de Grajaú pelo Tenente Marcelo Lucas.

Segundo a polícia, após a explosão do banco os homens, saíram em direção à cidade de Grajaú em um veiculo Astra de cor preta, sendo que foram montadas barreiras policiais nas proximidades do bairro Expoagra. 

Ao observarem o carro, a PM determinou a parada, mas o motorista não obedeceu e empreendeu fuga, iniciando uma perseguição na BR 226, no perímetro urbano de Grajaú. Um dos acusados efetuou disparos contra a guarnição da PM, com o veículo entrando na contra mão em uma das ruas. Na localidade conhecida como ladeira do Canoeiro ocorreu uma intensa troca de tiros entre a PM de Grajaú e os assaltantes.

Dois deles foram atingidos com tiros e encaminhados ao Hospital Geral de Grajaú. Foram presos três homens e uma mulher. Outros dois tentaram fugir pelo matagal, mas como estavam feridos terminaram indo parar no hospital, onde foram presos. 

Com os assaltantes foram encontrados armamentos pesados e uma arma de uso exclusivo das forças armadas, uma dinamite pronta para uso, além de munições e ferramentas usadas no crime. Um dos assaltantes é fugitivo da cidade de Araguaina/TO.


Vários policiais da FT (Força Tática) de Grajaú participaram da ação que culminou na prisão dos acusados

Vereador é assassinado a tiros em Godofredo Viana


O Vereador César Augusto (PR), conhecido como César da Farmácia, foi executado nesta noite se quarta-feira (7), na cidade de Godofredo Viana(MA) a 586 km de São Luís.

Segundo informações de populares o vereador foi executado com três tiros dentro da de sua própria farmácia.

César chegou a ser diplomado na manhã desta quarta-feira pela Justiça Eleitoral. Nas eleições de outubro deste ano obteve 265 votos, conquistando seu primeiro mandato de vereador.

A autoria e motivação do assassinato estão sendo investigadas pela polícia.