terça-feira, 24 de maio de 2022

Epidemiologista diz que 'varíola dos macacos pode chegar ao Brasil em pouco tempo'


 247 - A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), afirmou que "a varíola de macacos pode chegar ao Brasil em pouco tempo". "É possível até mesmo que alguma pessoa infectada já tenha entrado no país, vinda dos locais onde há casos", disse. Os relatos da docente foram publicados nesta terça-feira (24) em reportagem da BBC News

Foram confirmados mais de 100 casos em pelo menos 16 países fora da África. Na América do Sul, a primeira suspeita foi identificada no domingo (23) na Argentina. De acordo com o Ministério da Saúde local, o paciente é um morador da província de Buenos Aires, que está em isolamento e recebendo tratamento para os sintomas.

O Brasil não tem registro da doença, mas o vírus foi verificado em um brasileiro de 26 anos na Alemanha, vindo de Portugal, depois de passar pela Espanha.

Segundo a epidemiologista Ethel Maciel, "costumamos dizer em epidemiologia de doenças infecciosas que uma doença transmitida por contato e gotículas respiratórias pode demorar o tempo de um voo para se espalhar". "Ou seja, se alguém contaminado desembarca no Brasil, não é diagnosticado e não faz isolamento em tempo oportuno, a doença pode, sim, começar a ser transmitida".


Após pressão da oposição e de estudantes, CCJ tira da pauta a PEC de cobrança em universidades públicas


 A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados retirou da pauta de votações desta terça-feira (24) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/19, que determina que as universidades públicas deverão cobrar mensalidades dos alunos
A PEC 206, de autoria do deputado bolsonarista General Peternelli (União-SP) e relatada pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP) foi alvo de protestos de parlamentares de oposição ao governo. 
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou que o projeto deve não só sair da pauta, como ser rejeitado completamente. "A nefasta PEC 206, que institui a cobrança de mensalidades em universidades públicas, saiu da pauta da CCJ e não voltará sem ao menos a realização de uma audiência pública. Lutaremos para q este ataque da extrema direita ao acesso à educação superior seja enterrado!", afirmou Melchionna. 
De acordo com o texto, a gratuidade será mantida apenas para estudantes comprovadamente carentes, definidos por comissão de avaliação da própria universidade, com base em valores mínimo e máximo estabelecidos pelo Ministério da Educação.


Moro vira réu por ter quebrado a economia brasileira com a Lava Jato


 247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) virou réu em uma ação popular que pede o ressarcimento aos cofres públicos pelos danos causados à economia brasileira pela Lava Jato.

A ação, destaca a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, foi apresentada por deputados federais do PT, que pedem que o ex-juiz seja condenado por causar prejuízos à Petrobrás e outros segmentos da economia do país por meio de sua atuação parcial na operação.

A ação judicial, apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, está sob os cuidados do juiz Charles Renaud Frazão de Morais. "Cite-se o réu", determinou o magistrado.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, assina a ação que afirma que "o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais. (...) O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás".

À época da apresentação da ação, Moro se disse vítima de perseguição. Carvalho reagiu, destacando que, ao contrário do que ocorreu na Lava Lato, espera que todos os direitos de defesa do ex-juiz parcial sejam respeitados. "Nós, do Prerrogativas, defendemos que a ele sejam assegurados a presunção de inocência, o devido processo legal e o pleno exercício de defesa, princípios vilipendiados pela Lava Jato".

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra que a Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos e custou 3,6% do PIB.