BRUNA FANTTI
“A simples perda de um documento de
identidade, roubo de uma carta que sirva como comprovante de residência pode
ser usada pelo fraudador”, disse um inspetor da delegacia de Defraudações. “Mas
há outros golpes em que em uma loja pode pegar seus cartões e levar para longe
de sua vista”, completou. Segundo o Instituto de Segurança Pública, o número de
estelionato subiu 4,5% nos sete primeiros meses do ano se comparado ao mesmo
período de 2015.
Para os golpistas não falta
criatividade. Neste ano, nos 20.577 registros de ocorrência de estelionato no
Rio, algumas vítimas descreveram como sofreram os golpes. “Ligou para sua casa,
informou que era do banco e disse que seu cartão havia sido clonado. Como era
cliente há anos, um motoqueiro iria passar em sua residência para buscar seu
cartão”, registrou o policial em um dos registros, que tinha uma senhora de 67
anos como vítima.
Em outro, na 20ª DP (Vila Isabel), a
vítima teve cartões abertos em seu nome após passar a ser cliente de uma loja.
Há a suspeita de que os dados tenham sido copiados em uma das unidades e
replicados. Foram feitos saques e compras.
Paralelo aos golpes físicos, clonagem
de cartões e roubo de senhas aparecem nos registros policiais. Em sua sala no
Aeroporto Internacional do Rio, o delegado Rodrigo Freitas tem nas paredes
certificados de cursos que fez contra estes tipos de fraudes. Em 2014, ele
prendeu quadrilha especializada em clonar cartões por sistema de transmissão de
dados via bluetooth. “Foi a primeira vez que conseguimos mostrar que a
tecnologia nos cartões é falha. A quadrilha chegou a movimentar R$ 3,5 milhões
em fraudes”, diz.
Na época, os irmãos André Alves da
Silva e Bruno Alves da Silva foram presos. No ano passado, a Justiça Federal os
sentenciou a 18 anos de prisão. “É exceção. Normalmente as penas são brandas”,
afirmou Freitas. Segundo ele, as vítimas normalmente são ressarcidas pelos
bancos e lojas que possuem seguro. “Não registrar as fraudes dificulta a
investigação”, explica.
Dicas para evitar transtornos
Me proteja
Serasa avisa quando seu CPF é consultado, informando quem consulta, por meio do serviço. Um mês custa R$ 9,90. Um ano, R$ 59,90. Tel.: (21) 3004-7728.
Alerta Serasa
Grátis. Avisa aos estabelecimentos que o CPF está em risco: www.serasaexperian.com.br
Atenção
Não perder de vista documentos pedidos. Não deixar que atendentes levem para longe de você.
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Senhas
Cuidado ao digitar senha do cartão, principalmente diante de desconhecidos.
Cupons e Sorteios
Não informar dados em cupons de sorteios ou promoções de lojas.
Certificado
Verificar se site de compra tem certificado de segurança: checar se aparece a letra ‘s’ no final do http (https). Há os que ativam destaque verde na barra de navegação.
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Antivírus
Manter atualizado, diminuindo riscos de ter dados roubados.
Internet pública
Evitar transação financeira em redes públicas de internet.
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computadores compartilhados (e-mail, internet banking).