segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A cada 17 segundos uma pessoa é vítima de golpe financeiro


BRUNA FANTTI
“A simples perda de um documento de identidade, roubo de uma carta que sirva como comprovante de residência pode ser usada pelo fraudador”, disse um inspetor da delegacia de Defraudações. “Mas há outros golpes em que em uma loja pode pegar seus cartões e levar para longe de sua vista”, completou. Segundo o Instituto de Segurança Pública, o número de estelionato subiu 4,5% nos sete primeiros meses do ano se comparado ao mesmo período de 2015. 
Para os golpistas não falta criatividade. Neste ano, nos 20.577 registros de ocorrência de estelionato no Rio, algumas vítimas descreveram como sofreram os golpes. “Ligou para sua casa, informou que era do banco e disse que seu cartão havia sido clonado. Como era cliente há anos, um motoqueiro iria passar em sua residência para buscar seu cartão”, registrou o policial em um dos registros, que tinha uma senhora de 67 anos como vítima. 
Em outro, na 20ª DP (Vila Isabel), a vítima teve cartões abertos em seu nome após passar a ser cliente de uma loja. Há a suspeita de que os dados tenham sido copiados em uma das unidades e replicados. Foram feitos saques e compras. 
Paralelo aos golpes físicos, clonagem de cartões e roubo de senhas aparecem nos registros policiais. Em sua sala no Aeroporto Internacional do Rio, o delegado Rodrigo Freitas tem nas paredes certificados de cursos que fez contra estes tipos de fraudes. Em 2014, ele prendeu quadrilha especializada em clonar cartões por sistema de transmissão de dados via bluetooth. “Foi a primeira vez que conseguimos mostrar que a tecnologia nos cartões é falha. A quadrilha chegou a movimentar R$ 3,5 milhões em fraudes”, diz. 
Na época, os irmãos André Alves da Silva e Bruno Alves da Silva foram presos. No ano passado, a Justiça Federal os sentenciou a 18 anos de prisão. “É exceção. Normalmente as penas são brandas”, afirmou Freitas. Segundo ele, as vítimas normalmente são ressarcidas pelos bancos e lojas que possuem seguro. “Não registrar as fraudes dificulta a investigação”, explica.
Dicas para evitar transtornos
Me proteja 
Serasa avisa quando seu CPF é consultado, informando quem consulta, por meio do serviço. Um mês custa R$ 9,90. Um ano, R$ 59,90. Tel.: (21) 3004-7728.

Alerta Serasa
Grátis. Avisa aos estabelecimentos que o CPF está em risco: www.serasaexperian.com.br

Atenção
Não perder de vista documentos pedidos. Não deixar que atendentes levem para longe de você. 
Senhas
Cuidado ao digitar senha do cartão, principalmente diante de desconhecidos.

Cupons e Sorteios 
Não informar dados em cupons de sorteios ou promoções de lojas.

Certificado 
Verificar se site de compra tem certificado de segurança: checar se aparece a letra ‘s’ no final do http (https). Há os que ativam destaque verde na barra de navegação.
Redes Sociais 
Não compartilhar dados que sirvam para se passarem por você.

Antivírus
Manter atualizado, diminuindo riscos de ter dados roubados.

Internet pública
Evitar transação financeira em redes públicas de internet. 
Log off
Fazer log off nas contas em computadores compartilhados (e-mail, internet banking).


Bancários fazem greve nacional a partir desta terça-feira


Os bancários entram em greve a partir desta terça-feira (6) no país. A categoria reivindica reajuste salarial de 5% além de reposição da inflação no período (9,57%).
Os bancos oferecem reajuste de 6,5% sobre o salário e benefícios -como vale-alimentação e auxílio-creche-, além de abono no valor de R$ 3.000.
De acordo com a Contraf (confederação que representa trabalhadores do ramo financeiro), a paralisação foi aprovada em assembleias de cerca de 140 sindicatos e federações pelo país realizadas na última semana.
A última greve nacional dos bancários aconteceu em outubro de 2015 e durou 21 dias. A categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.
Além do reajuste, outro tema da pauta de reivindicações é a regulamentação do atendimento remoto.
De acordo com a Contraf, a digitalização dos serviços bancários vem acentuando a tendência de cortes de pessoal no mercado. Atualmente, o setor emprega 512 mil funcionários em todo o Brasil, segundo a entidade.
Clientes que precisarem de serviços durante a paralisação deverão utilizar caixas eletrônicos ou ligar para as centrais de atendimento dos bancos. É possível consultar saldo ou fazer transferência via telefone, por exemplo.
Essas e outras funções também estão disponíveis nos sites dos bancos ou por meio de aplicativos para tablets e smartphones. Pagamentos de contas e saques também podem ser feitos em lotéricas.