Por meio das redes
sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), descartou qualquer
possibilidade de negociação em 2015 com os policiais civis do Maranhão, que
estão em greve há cinco dias. “Concedemos aos policiais o maior aumento de
remuneração do Brasil neste ano. Os policiais civis tiveram reajustes de 20% a
38%. Já fizemos o máximo possível neste ano. Não posso e não vou ‘quebrar’ o
Estado. Vamos fazer novas negociações no próximo ano”, disse nesta sexta-feira
(7).
No fim da tarde dessa quinta-feira
(6), a categoria decidiu, em assembleia geral, prosseguir com o movimento. De
acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão
(Sinpol-MA), Heleudo Moreira, a categoria esperava por uma audiência com a
equipe do governo estadual, com participação do secretário Jefferson Portela,
para tratar sobre as reivindicações. O secretário de Articulação Política,
Márcio Jerry, chegou a manter contato com o sindicato, mas as conversas para a
realização de uma reunião ainda nessa quinta-feira não prosseguiram.
Os
policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e pleiteiam a
reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do
Maranhão. Também estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia,
inteligência policial e melhores condições de trabalho. Durante o movimento,
apenas 30% do efetivo nas delegacias e regionais dão continuidade ao
atendimento à população, conforme previsto em lei. Peritos e delegados não
aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis e, pelos dados do
Sinpol-MA, mais de 80% da categoria aderiu à paralisação.