terça-feira, 21 de junho de 2016

PF PRENDE DONOS DE AVIÃO USADO POR CAMPOS E MARINA


Pernambuco 247 - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21) a Operação Turbulência, que visa desarticular um grupo especializado em lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. Quatro pessoas foram presas, entre elas os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite. Eles foram detidos quando desembarcavam em São Paulo e levados para o Recife.
A operação foi iniciada após agentes federais encontrarem movimentações financeiras suspeitas nas empresas envolvidas na compra do avião Cessna Citation PR-AFA, que caiu durante a campanha presidencial de 2014 matando o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), além da tripulação e assessores. A campanha de Maria Silva também teria utilizado a aeronave. 
Segundo a PF, muitas das empresas envolvidas eram de fachada, operadas por laranjas, e que realizavam transações financeiras entre si, além de operarem conjuntamente com outras empresas fantasmas, incluindo algumas investigadas pela Operação Lava Jato. Os agentes suspeitam, ainda, que as contas das empresas sob suspeita eram utilizadas para o pagamento de propinas a políticos e a formação de caixa dois por empreiteiras.
A operação envolve a participação de 200 policiais federais que visam cumprir 60 mandados judiciais, 33 deles de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva. Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Vitória de Santo Antão e Lagoa de Itaenga. No Recife, os policiais fazem buscas nos bairros de Boa Viagem, Cordeiro, Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Ibura e Pina, além do Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
PF prende quatro pessoas em operação envolvendo avião de Eduardo Campos
Sumaia Villela – A Polícia Federal já cumpriu quatro dos cinco mandados de prisão preventiva expedidos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada na manhã de hoje (21), que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Os empresários presos são Eduardo Freire Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira, Arthur Roberto Lapa Rosal. O quinto mandado de prisão preventiva foi expedido para Paulo César de Barros Morato, considerado foragido, pela PF.
A investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras das contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA, que transportava o então candidato Eduardo Campos durante a campanha eleitoral à Presidência da República, em 2014. No dia 13 de agosto daquele ano, o avião caiu em Santos, litoral paulista, matando sete pessoas, entre elas, o ex-governador de Pernambuco.
João Carlos Lyra e Eduardo Freire foram presos enquanto desembarcavam em São Paulo. Eles foram levados de volta a Pernambuco pela PF e chegaram na sede da corporação no Recife às 9h50, aproximadamente.
Os outros dois empresários foram presos em Pernambuco; Apolo Vieira estava em uma academia no bairro de Boa Viagem, no Recife, no momento da abordagem, e Arthur Rosal foi detido em casa, no município de Vitória de Santo Antão, em Mata Norte, no interior do estado.
A Agência Brasil tenta contato com os advogados dos detidos na Operação Turbulência.
Busca e apreensão
Além dos mandados de prisão preventiva, foram cumpridos também 35 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva.
Também foram recolhidas 3 aeronaves (2 helicópteros e um avião), avaliadas em R$ 9 milhões, e R$ 10 mil dólares em dinheiro também foram apreendidos.
Os mandados foram cumpridos no Recife, em Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Moreno, Vitória de Santo Antão e Lagoa de Itaenga.


Rodovia pode estar sendo rota de madeira ilegal no sul do MA, diz PRF


A BR-230, que passa pelo município de Balsas, a 810 km de São Luís, pode estar sendo usada como rota para extração ilegal de madeira. Em menos de 15 dias, dois carregamentos de madeira sem documentação legal foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal na rodovia.
A última apreensão ocorreu na madrugada desta segunda-feira (20). O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, João Eudes, afirmou que o motorista levava madeira em excesso no veículo.
“Como nós já iniciamos o reforço de fiscalização na BR-230, por conta dos festejos diversos que ocorrem nessa época, essa noite nós conseguimos identificar uma carga de madeira irregular, caracterizando crime ambiental, pois transportava madeira em excesso, sem guia florestal pertinente”
A carga de madeira era transportada em uma carreta que vinha do Pará e tinha como destino o estado de Alagoas. O motorista estava levando uma carga bem maior do que a que constava em nota fiscal. Enquanto a nota informava dez metros cúbicos de madeira industrializada de resíduo, a carga era de aproximadamente 19 metros cúbicos de madeira.
“Em razão disso, o veículo e a madeira estão apreendidos e tudo será encaminhado à Polícia Judiciária, à Polícia Civil Local e ao IBAMA, para que sejam tomadas as devidas providências”, declarou o inspetor João Guedes.
A Polícia Rodoviária Federal trabalha na hipótese de que outros madeireiros podem estar usando a rodovia como opção para transportar cargas de madeira ilegais.