247 - A pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta
quarta-feira, 15, confirma os motivos da caçada judicial contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Perseguição que ficou escancarada com a decisão
de ontem do Supremo Tribunal Federal, não foi suficiente para derrubar o
ex-presidente.
Segundo a pesquisa, Lula está na liderança na preferência do
eleitor brasileiro, com 30,5% de intenções de voto. A ex-senadora Marina Silva
(Rede) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) brigam pelo segundo lugar, com 11,8% e
11,3%, respectivamente.
Senador Aécio Neves (PSDB), articulador do golpe, aparece em
terceiro, com 10,1%. Ciro Gomes (PDT) vem em quarto lugar, com 5%; Michel Temer
tem apenas 3,7% de intenções.
Lula lidera em todos os três cenários propostos para o primeiro
turno com percentuais de 30,5% a 32,8%. Marina Silva e Jair Bolsonaro aparecem
nos três cenários, enquanto Aécio Neves e Geraldo Alckmin são apontados como
candidatos do PSDB. Marina, Bolsonaro, Aécio e Alckmin aparecem empatados
tecnicamente, pela margem de erro, em todos os cenários. Marina varia entre
11,8% a 13,9%. Bolsonaro vai de 11,3% a 12%. Aécio varia de 10,1% a 12,1%.
Alckmin tem 9,1% no cenário em que seu nome foi apresentado.
Rejeição a Temer aumenta
A mesma pesquisa CNT/MDA mostra que a aprovação de Michel Temer
caiu para 10,3%, ante 14,6% em outubro de 2016. Já a avaliação negativa do
governo subiu de 36,7% para 44,1%. A desaprovação do modo de governar de Temer
passou de 51,4% para 62,4% (leia
mais).
Aumento da rejeição a Temer e Lula liderando preferência do
eleitor mostram que o brasileiro de fato está com saudade da era Lula. Segundo
pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, feita em 2010, o período de junho de 2003
a julho de 2008 foi a fase de maior expansão para a economia brasileira dos
últimos 30 anos.
Dados considerados a partir de 1980 mostram que o bom desempenho
da economia começou seis meses após a posse do presidente Lula e se prolongou
por 61 meses. O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de
1988, na gestão do ex-presidente José Sarney.
De acordo com o estudo, nas três décadas analisadas, o Brasil
passou por oito ciclos de negócios entre intervalos de fases boas e ruins. Os
períodos recessivos duraram, em média, 15,8 meses e os de expansão, 28,7 meses.