sábado, 16 de julho de 2022

Pesquisa mostra que percepção sobre corrupção no Brasil cresceu no governo Bolsonaro


 247 - Segundo a mais recente pesquisa “A cara da democracia”, a parcela de pessoas que consideram ter havido um aumento na corrupção no Brasil nos últimos quatro anos é a maior dentre todas as opções apresentadas: 42% veem o problema maior no período de governo de Jair Bolsonaro.

Praticamente um terço dos entrevistados da pesquisa anual, conduzida no último mês de junho, afirmou que a corrupção no país aumentou muito desde a posse de Bolsonaro: foram 32%, a maior fatia dentre todas as opções apresentadas. Em contraste, 23% disseram enxergar que a corrupção no Brasil “nem aumentou e nem diminuiu”. E, somadas as opções “diminuiu um pouco” e “diminuiu muito”, são 32%.

A pesquisa retrata a percepção dos brasileiros de que no dia a dia do governo Bolsonaro, o tema corrupção se tornou mais presente, desde o início do mandato, marcado pelo escândalo das rachadinhas que envolve seu clã.

A pesquisa “A cara da democracia” foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2.538 entrevistas presenciais em 201 cidades no mês de junho. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual a nível nacional, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa reúne as universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj, com financiamento de CNPq e Fapemig, e está registrada no TSE (BR-08051/2022).


sexta-feira, 15 de julho de 2022

Assaltante é morto após tentar roubar policial militar no Angelim, em São Luís; motorista de aplicativo foi feito refém

Um assaltante foi morto nesta sexta-feira (15), no bairro do Angelim, após tentar roubar um policial militar. Informações preliminares apontam que o assaltante e mais três comparsas furtaram um veículo Chevrolet Onix na madrugada e começaram a praticar assaltos na área.

Por volta de 5h, eles tentaram roubar o PM, que reagiu e efetuou disparos contra o grupo. Um marginal foi atingido na cabeça e morreu ainda no local. Os demais acabaram fugindo.

Dentro do veículo roubado os policiais que atenderam a ocorrência verificaram que o dono do automóvel, um motorista de aplicativo, estava preso no portamalas.

Equipes policiais estão em diligências para tentar prender os outros bandidos.

Com informações do Jornal Pequeno


 

Policial militar mata oito pessoas no Paraná, sendo seis da própria família


 247 - Uma chacina seguido de suícidio aconteceu no fim da noite de quinta-feira (14) e início de madrugada desta sexta-feira (15) em dois municípios da região oeste do Paraná. Conforme as informações, um policial militar lotado no 19º de Toledo, teria cometido o assassinato de seis familiares e outra pessoa que passava pela rua nas cidades de Céu Azul e Toledo.

Depois de deixar o batalhão, ele se dirigiu até uma chácara na cidade de Céu Azul, a cerca de 60 quilômetros, onde dois filhos, de 4 e 9 anos, passavam férias. Ele assassinou os dois a tiros e voltou para a cidade de Toledo, onde matou a filha mais velha, de 12 anos, de seu primeiro casamento.

Junto com a filha, o policial bolsonarista assassinou a mãe e o irmão.

No trajeto até a casa onde mora, Garcia matou outras duas pessoas na rua. Quando chegou na residência, assassinou a esposa e se matou em seguida.

O policial militar foi identificado como sendo Fabiano Junior Garcia e apoia Bolsonaro nas redes sociais. As primeiras informações dão conta de que o PM tirou a vida de dois dos seus filhos em uma localidade da área rural da cidade de Céu Azul. Em seguida, ele se dirigiu a Toledo, onde teria feito mais vítimas em pontos distintos da cidade.

Garcia era lotado no 19° Batalhão da Polícia Militar (BPM), na cidade de Toledo, e iniciou a chacina após deixar o plantão, na noite desta quinta-feira (14).


quinta-feira, 14 de julho de 2022

Quem ganha 1,5 salário mínimo pagará IR. Internautas reagem: 'imposto sobre grandes pobrezas'


247, CUT - O salário mínimo deve, a partir da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada nesta quarta-feira, 12, aumentar para R$ 1,294 em 2023, e a partir desse ano, os brasileiros que ganharem 1,5 salário mínimo (R$ 1.941) terão de pagar Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Isso porque a tabela não foi corrigida. Atualmente, quem ganha 1,5 salário mínimo (R$ 1.818) é isento do IR.

O congelamento do limite da faixa de isenção da tabela do IRPF em R$ 1.903 faz com que, ano após anos, trabalhadores com baixa renda passem a pagar o imposto.

É um resultado do golpe de Estado. O limite é o mesmo de 2015, último ano pleno do governo Dilma Rousseff, que derrubada de forma ilegal em 2016. Na época, pagava imposto quem ganhava acima de 2,4 salários mínimos (então, o salário mínimo era de R$ 788).

Bolsonaro rouba dos pobres para dar aos ricos

Segundo reportagem do Estado de S.Paulo, o economista Guilherme Mello, da Fundação Perseu Abramo e que trabalha na redação do plano de governo do ex-presidente Lula (PT), a tabela do IR terá de ser tratada no debate da reforma tributária. Ele denuncia que o seu congelamento amplia a base de tributação para as camadas de renda mais baixa.

“Mais pessoas que ganham menos passam a ter que pagar, mas ao mesmo tempo não aumenta a tributação sobre os ricos. É isso que está acontecendo hoje no governo Bolsonaro”, critica. “Será combinado. A tabela terá que ser revista, mas incorporando alíquotas maiores para aqueles que ganham uma renda muito alta”, acrescenta.

A não correção da tabela é de caso pensado, segundo o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo.“É uma demonstração da política do atual governo, que favorece os grandes capitalistas enquanto o povo passa fome”, denuncia.

“Se houvesse uma política justa, que corrigisse a tabela, mais recursos, mais dinheiro ficariam nas mãos de quem mais precisa hoje, ou seja, quem ganha menos”, complementa o dirigente sindical, lembrando que isso ajudaria a aquecer o mercado interno porque trabalhador de baixa renda gasta tudo que ganha comprando comida e outros produtos essenciais para sua família viver com um mínimo de dignidade. “O que está quase impossível hoje”, diz.

“A promessa de correção da tabela do imposto de renda foi mais uma mentira, mais um estelionato eleitoral de Bolsonaro”, diz Ariovaldo.

A defasagem na tabela de isenção do Imposto de Renda faz com que mais pessoas, em especial as mais pobres, proporcionalmente paguem mais impostos do que as de maior poder aquisitivo, seja por não aumentar as alíquotas para quem ganha mais, seja por não tributar grandes fortunas e outros artigos de luxo como jatinhos, lanchas e jet-skis, além de isentar dividendos.

Internautas reagem

Nas redes sociais, diversos internautas reagiram à atual situação gerada pelo governo Jair Bolsonaro (PL), que cobra mais dos pobres, enquanto enriquece acionistas da Petrobrás e outros setores do capital financeiro.



Congresso promulga piso salarial dos profissionais de enfermagem


 Agência Brasil - O Congresso Nacional promulgou hoje (14) a emenda à Constituição que fixa um piso salarial para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A proposta, que tramitou no Parlamento por 11 anos, e estabelecia o direito a aposentadoria especial, devido aos riscos inerentes às atividades desempenhadas. O país tem, atualmente, cerca de 400 mil agentes.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750, a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

Durante a sessão de promulgação da emenda, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), exaltou o trabalho dos profissionais de saúde. “Essa PEC representa o esforço incansável do Congresso Nacional em valorizar e dar o reconhecimento aos nossos profissionais de saúde, verdadeiros heróis da nossa nação, que, no exercício de sua coragem e nobreza cotidianas, são pilares da promoção da saúde da população brasileira”.


Jornal Nacional e mídia corporativa foram "suporte relevante" para golpe contra Dilma e eleição de Bolsonaro, mostra estudo


 247 - O Jornal Nacional, da TV Globo, e demais emissoras que formam a chamada "mídia corporativa" foram um "suporte relevante" para a consolidação do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e para a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

A conclusão é da jornalista e linguista Eliara Santana, que lançou recentemente um estudo acadêmico e um livro sobre o assunto: "Jornal Nacional: um ator político em cena". Os detalhes foram publicados por Mauricio Stycer, no UOL, nesta quinta-feira (14).

Além de ter contribuído para a derrubada de Dilma, o Jornal Nacional e seus similares contribuíram para inserir "o país num quadro de grande polarização social e também de desestruturação política e econômica, estendendo-se ao processo eleitoral de 2018 e posteriormente".

De acordo com Santana, o processo de impeachment contra Dilma teria sido diferente "se não fosse amparado e legitimado pela mídia corporativa", que construiu uma "narrativa" para associar o PT "uma corrupção nunca vista antes", bem como para responsabilizar Dilma por "uma crise econômica sem precedentes".

A imprensa corporativa atuou para dar ares de "questões gravíssimas" a "problemas conjunturais", enquanto notícias positivas sobre o governo petista sofriam "silenciamento". A pesquisadora relembra o caso da saída do Brasil do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014. O fato, de extrema relevância, teve o espaço de apenas 38 segundos no Jornal Nacional.

O mesmo ocorreu quando, no governo Dilma, o Brasil atingiu o mais baixo índice de desemprego na história (4,8%), em dezembro de 2014. O telejornal da TV Globo deu 30 segundos para noticiar o feito. Para efeito de comparação, a autora resgata notícia de janeiro de 2018, do governo do ex-presidente golpista Michel Temer, quando o desemprego chegou a 12,7%, o pior em cinco anos. O Jornal Nacional noticiou: "sinais de recuperação da economia ainda discretos, mas suficientes para estimular mais pessoas a procurarem empregos".

Na preparação para o golpe que ocorreria em 2016, o Jornal

Nacional noticiou, em março de 2015, uma manifestação a favor de Dilma, destacando que os organizadores do ato eram sindicalistas da CUT. Três dias depois, ao tratar de uma manifestação contra o governo, o Jornal Nacional não divulgou quem eram os organizadores do evento. A estratégia, explica Santana, era colocar sob suspeita a manifestação pró-governo e dar um caráter de espontaneidade aos protestos contra a ex-presidente.

Na ocasião da divulgação do vazamento de um grampo ilegal, feito pelo então juiz da Lava Jato, Sergio Moro, entre Dilma e o ex-presidente Lula (PT), a forma como o jornal noticiou o tema 'induziu os telespectadores à emoção, à comoção, que não é necessariamente positiva, mas também de raiva e indignação', argumenta Santana. Segundo a pesquisadora, a notícia foi "encenada, com a dramatização da ação e representações dos personagens e a intervenção de narradores" - William Bonner e Renata Vasconcellos - para gerar este tipo de reação no público. Ela destaca a "modalização da voz e da entonação (mais grave e circunspecta em alguns momentos, efusiva em outros)" dos apresentadores do telejornal.

Sobre a eleição de 2018, na qual Bolsonaro foi eleito para assumir o Palácio do Planalto, Santana observou um tratamento diferente dado pelo Jornal Nacional ao petista e ao então candidato do PSL.

Ambos passaram por um "silenciamento" por parte do telejornal, suas declarações não eram mostradas, mas há uma diferença relevante: Lula, que estava preso injustamente por conta da Lava Jato, tinha suas entrevistas ignoradas com "viés negativo"; já Bolsonaro era silenciado com "viés positivo", ou seja, para seu próprio bem. A TV Globo evitava exibir suas falas para "não expor um candidato controverso e declaradamente homofóbico".

O quadro mudou a partir da posse de Bolsonaro. O Jornal Nacional deixa de passar pano para o chefe do Executivo e parte para um "embate frontal", a partir de denúncias de corrupção, da morte de Marielle Franco e de seus discursos negacionistas sobre a pandemia de Covid-19.


sexta-feira, 8 de julho de 2022

Dos 50 itens que ficaram mais caros em junho, 34 são alimentos


 Otávio Augusto, Metrópoles - Na gôndola do supermercado o consumidor não tem dúvida: está cada mais mais caro encher o carrinho. Nos últimos 12 meses, dos 50 produtos que mais encareceram, 34 são alimentos.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foram divulgados nesta sexta-feira (8/7).

>>> Auxílio Brasil seria suficiente para comprar uma cesta básica em apenas 3 capitais brasileiras

Mas não é só: pepino (95,81%), cenoura (83,99%), abobrinha (82,99%), melão (78,3%), batata-inglesa (76%), morango (75%), mamão (74,5%) e tomate (67%) registraram as maiores altas.

Segundo o monitoramento, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho o leite longa vida aumentou 10,72%. Já o feijão-carioca teve alta de 9,74%.


quarta-feira, 6 de julho de 2022

Com Bolsonaro, 15,4 milhões de brasileiros sofrem de 'insegurança alimentar grave'


 247 - Um relatório sobre a fome elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta quarta-feira (6), aponta que a insegurança alimentar grave atingiu 15,4 milhões de brasileiros (7,3% da população) entre 2019 e 2021. Entre 2014 e 2016, período que antecedeu o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o problema afetava 3,9 milhões de brasileiros (1,9% da população).

Segundo a CNN Brasil, o relatório da FAO destaca que, compreendido o período entre 2019 e 2021, quando ampliado para insegurança alimentar grave ou moderada, o número sobe para 61,3 milhões de brasileiros. O número corresponde a 28,9% da população, quase um terço do país. Entre 2014 e 2016, a insegurança alimentar moderada ou grave afetou 37,5 milhões de brasileiros.  

O estudo revela, ainda, que a fome atingiu 8,6% da população da América Latina e Caribe no ano passado, afetando diretamente 56,5 milhões, 4 milhões a mais que em 2020. 

Ainda segundo a FAO, entre 702 e 828 milhões foram afetadas pela fome em todo o mundo em 2021, um aumento de cerca de 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19. 

O documento destaca que a insegurança alimentar moderada ou grave afetava 2,3 bilhões de pessoas em 2021, ou 29% da população mundial.


Bolsonaro é o primeiro presidente em 20 anos a concluir o mandato sem reajustar salário do funcionalismo


 247 - Candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) será o primeiro presidente nos últimos 20 anos a concluir o mandato sem reajustar o salário do funcionalismo público. O prazo para que o reajuste fosse aplicado expirou na segunda-feira (4). 

De acordo com o jornal Extra, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, a Servir Brasil, afirmou que "por negligência do governo, os 1 milhão e 200 mil servidores da União, ativos e inativos, e seus pensionistas, não tiveram seus direitos mínimos respeitados".

“Esse fato significa um divórcio entre o atual mandatário e as entidades representativas do serviço público. As entidades entenderam isso como a gota d'água“, disse o presidente da Servir Brasil, deputado Israel Batista (PSB-DF).

O parlamentar também ressaltou que, além de não terem a recomposição salarial, os servidores federais registraram um aumento da alíquota de contribuição de 11% para 22% após a aprovação da Reforma da Previdência. 

Em nota, o Fórum Nacional Permanente de Categorias Típicas de Estado (Fonacate), que representa 36 categorias, incluindo o Banco Central (BC) e Receita Federal, denunciou o “descaso” do atual governo com o funcionalismo público e afirmou que “a retórica de fortalecimento e valorização do serviço público não passou de promessas vazias". 


terça-feira, 5 de julho de 2022

Justiça resgata 26 pessoas em condição análoga à escravidão no Maranhão


 Agência Brasil - Vinte e seis pessoas que trabalhavam em condição análoga à de escravo, em duas fazendas na zona rural de Mirador, no Maranhão, foram resgatadas por auditores-fiscais do Trabalho, com o apoio da Polícia Federal. A equipe de fiscalização realizou inspeção nos estabelecimentos na manhã do dia 27 de junho e, entrevistas com os trabalhadores no dia seguinte, na sede da Promotoria de Justiça da cidade de Colinas.

Após diligências de inspeção, foi apurado que as vítimas haviam deixado o local no dia 21 de junho, por decisão de uma equipe da Polícia Civil do Maranhão, que determinou um pagamento de R$ 416 reais a cada trabalhador.

Como eles já tinham sido afastados do local de trabalho, a auditoria-fiscal prosseguiu com os procedimentos destinados a assegurar todos os direitos aos trabalhadores, desde a formalização e rescisão dos contratos, pagamento das verbas rescisórias e habilitação de seguro-desemprego.

Os auditores apuraram que três vítimas com idade inferior a 18 anos, trabalhavam na “mais completa informalidade, despidos de qualquer proteção social, tendo sido arregimentados por um intermediário na zona rural dos municípios de Colinas, Mirador e São Domingos do Azeitão”.


segunda-feira, 4 de julho de 2022

Mulher é baleada na boca e tem orelhas cortadas pelo ex-companheiro em Colinas

Uma jovem, identificada como Rita Suellen Correia Carvalho, de 20 anos, foi alvejada com um tiro da boca e teve as orelhas cortadas pelo ex-companheiro, identificado como Juan Maclaud Costa Gomes.

O crime foi registrado na madrugada desta segunda-feira (4) no povoado Cachoeira, na zona rural de Colinas, a 443 km de São Luís.

A direção do hospital de Colinas foi quem informou o caso para a polícia. A jovem tinha dado entrada no hospital com vários sinais de violência pelo corpo, com as orelhas cortadas e um ferimento na boca ocasionado por arma de fogo.

De acordo com a polícia, Juan Costa é ex-presidiário e bastante conhecido na região por atitudes ilegais.

Rita Carvalho teve que ser transferida para o Hospital Regional de Presidente Dutra.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e o suspeito, até o começo da tarde, não tinha sido preso.


 

Depois de gritar "Globo Lixo", Bolsonaro turbina propaganda na emissora para tentar se reeleger

Valor destinado à publicidade na emissora ao longo do primeiro semestre chegou a R$ 11,4 milhões, um incremento de 75% sobre o mesmo período do ano passado


 247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) praticamente dobrou as verbas publicitárias destinadas à Rede Globo, maior emissora de TV aberta do país, alvo frequente de críticas e ataques do governo federal e aliados. De acordo com o UOL, dados da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) apontam que a Globo recebeu R$ 6,5 milhões por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional ao longo do ano passado. Neste ano, no mesmo período, o governo já gastou R$ 11,4 milhões, um aumento de 75%. 

“O valor investido em publicidade na Globo (R$ 11,4 milhões) em 2022 representa 41% do montante total destinado à compra de espaço publicitário na emissora (R$ 27,5 milhões) em quatro anos de mandato — considerando o mesmo período para cada ano do governo Bolsonaro, 1º de janeiro a 21 de junho”, ressalta a reportagem. 

O foco principal das peças veiculadas é exaltar os feitos da atual gestão para inflar a popularidade do ocupante do Palácio do Planalto. 

O aumento do gasto ocorre em pleno ano eleitoral e tem como objetivo tentar reverter a baixa popularidade de Bolsonaro junto ao eleitorado. Ele aparece em segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 


sábado, 2 de julho de 2022

Militar reformado da marinha mata jovem a tiro em Coroatá


 A jovem Clara Sousa, de 17 anos, foi morta a tiros, na madrugada deste sábado (02), na abertura do São João de Coroatá, a 249 km de São Luís. Ela residia no bairro Areal.

O crime, que aconteceu na Praça José Sarney, foi praticado por um militar reformado da Marinha. Ele foi identificado como José Eustáquio Maia Primo, de 51 anos.

A jovem foi assassinada com um disparo de arma de fogo na região do tórax.

Conforme informações da PM, a motivação seria uma discussão entre o militar reformado e o namorado da adolescente, resultando no disparo, que atingiu a vítima. Clara Sousa ainda chegou a ser encaminhada para o hospital macrorregional, mas não resistiu ao ferimento.

O militar recebeu voz de prisão em flagrante e encaminhado, juntamente com a arma de fogo do tipo pistola, para a delegacia regional de Codó para autuação em flagrante. O assassino deverá ser encaminhado ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.

Com informações de Alpanir Mesquita


quinta-feira, 30 de junho de 2022

“OPERAÇÃO LUZ NA INFÂNCIA”: POLÍCIA CIVIL PRENDE CINCO PESSOAS POR ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA INTERNET NO MARANHÃO


 Uma grande ação policial de combate a crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet, foi deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão na manhã desta quinta-feira(30), visando cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão contra alvos investigados pelos crimes. A operação batizada “Luz na Infância 9”, no Maranhão, foi coordenada pelo Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos(DCCT/SEIC).

Segundo o delegado Guilherme Campelo, a ação faz parte de uma mobilização nacional para combater crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet e foi articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).


A operação “Luz na Infância 9” faz parte de mobilização internacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no Brasil, Argentina, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Panamá e Paraguai, onde mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelas autoridades policiais dos respectivos países.

No Maranhão, a Polícia Civil do Maranhão, através do DCCT e Delegacia Regional de Açailândia, realizaram buscas e apreensões em cidades maranhenses que resultaram nas prisões de 04 pessoas em São Luís e 01 em Açailândia e na apreensão de dispositivos eletrônicos para análise.

Em suas oito edições anteriores, realizadas entre 2017 e 2021, a ‘Luz na Infância’ já cumpriu mais de 1.600 mandados de busca e apreensão e prendeu cerca de 760 suspeitos de praticarem crimes cibernéticos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes em todo o Brasil e nos países participantes da ação.






Polícia prende em Bacabal Empresário que matou jovem a tiros em Lagoa Grande


 O acusado de matar a jovem Stefhane da Conceição Oliveira, de 18 anos, no município de Lagoa Grande do Maranhão, entregou-se à polícia nessa quarta-feira (29).

De acordo com o delegado Rodson Almeida, o empresário Jocian Barroso da Conceição se apresentou, acompanhado do seu advogado, na delegacia de Bacabal, distante 245 km de São Luís.

Como já havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Lagoa Grande, ele recebeu voz de prisão e será encaminhado para o presídio de Piratininga.

Orientado por seu advogado, o empresário se manteve em silêncio e não se pronunciou sobre o caso.

O crime

Stefhane da Conceição Oliveira, de 18 anos foi assassinada a tiros na madrugada de segunda-feira, 27, na cidade de Lagoa Grande do Maranhão, distante 382 km de São Luís.

Ela foi executada com três tiros, nas proximidades da casa onde morava, na rua da Colônia de Pescadores. Uma amiga dela ainda teria levado um tiro no braço de raspão, e foi levada para o hospital.

Testemunhas afirmaram que a vítima tinha um relacionamento amoroso com o acusado, que estaria com sintomas de embriaguez no momento do crime.

Ele teria se enfurecido ao ter seu pedido de namoro recusado, e então fez os disparos contra a jovem, que morreu no local.


quarta-feira, 29 de junho de 2022

PF apura novo foco de corrupção no governo Bolsonaro


 247 - A Polícia Federal instaurou inquérito com o objetivo de apurar superfaturamento nos gastos do governo de Jair Bolsonaro com propaganda. O delegado José Augusto Campos Versiani ficou responsável pelo Inquérito Policial 2022.0030159, em consequência de uma representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) ao Ministério Público Federal em outubro do ano passado. A informação foi publicada pela coluna Radar, de Veja, nesta quarta-feira (29).

Os parlamentares identificaram gastos milionários para a produção de vídeos por empresas contratadas pelo governo federal. 

Segundo Elias Vaz, "as irregularidades vão desde a cobrança de serviços que não foram prestados, passam por altos salários e número elevado de profissionais, equipamentos pagos e que não foram utilizados e o pagamento de valores muito acima dos de mercado". 

"É dinheiro público usado de forma indevida, enquanto o povo sofre para colocar comida na mesa. O correto seria que os responsáveis devolvessem os recursos para os cofres públicos", afirmou. 

A PF investiga um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação. A corporação iniciou as apurações após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.

O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a informação de que Jair Bolsonaro (PL) tinha avisado o ex-ministro sobre uma operação no MEC. O STF pediu um posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que decidirá na próxima semana sobre o pedido de instalação da CPI do MEC protocolado pela oposição ao governo nessa terça-feira (28). 



segunda-feira, 27 de junho de 2022

Jovem é assassinada após recusar pedido de namoro em Lagoa Grande; o assassino está foragido


 Uma jovem, identificada como Stephane da Conceição Oliveira, de 18 anos, foi morta a tiros, na madrugada desta segunda-feira (27), em Lagoa Grande do Maranhão, a 360 km de São Luís. O crime é investigado como feminicídio.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito do crime é um empresário que tinha um relacionamento amoroso esporádico com a vítima.

Segundo o delegado Rodson Almeida, o suspeito é proprietário de uma loja de produtos para motocicletas. Ele teria bebido e procurado a jovem para assumir o relacionamento, que recusou a proposta.

Após rejeitar o pedido e tentar sair do local em uma motocicleta, Stephane da Conceição foi alvejada com três tiros. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Uma outra mulher, que estava na companhia da vítima e pilotava a motocicleta, também foi alvejada de raspão. Ela foi levada para o hospital, onde recebeu atendimento médico.

O assassino fugiu após o crime. A polícia diz que ele não tinha autorização para posse de arma de fogo.

A Polícia Militar segue realizando buscas para localizar o empresário.


domingo, 26 de junho de 2022

Fracasso de público em Balneário Camboriú reflete pior momento de Bolsonaro

O fracasso de público na Marcha para Jesus em Balneário Camboriú, que não chegou nem perto de alcançar 50 mil pessoas, como havia sido estimado pela organização, simboliza a fase difícil enfrentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na busca pela reeleição, que já tem sido chamada de uma “tempestade perfeita”. Mesmo em Santa Catarina, um os estados mais bolsonaristas do país, onde teve mais de 70% de votação em 2018, desta vez o presidente não teve o engajamento que esperava.

Berço de denominações neopentecostais, com uma população majoritariamente idosa, Balneário Camboriú tinha tudo para entregar a Bolsonaro a imagem de uma multidão. O presidente contava com isso para contrapor os números das pesquisas eleitorais, que hoje apontam para um perigoso índice de rejeição, de mais de 50%, e para vitória do ex-presidente Lula (PT).

A menos de 100 dias das eleições, o principal adversário do governo é a vida real – o supermercado, o aluguel, o posto de gasolina. A economia patina, o poder de compra do brasileiro foi corroído pela inflação e os combustíveis viraram uma dor de cabeça. O novo aumento do diesel, logo após a cruzada contra o ICMS no Congresso Nacional, ajudou a esfriar a narrativa governista e a aprofundar a sensação de que Bolsonaro pouco fez para resolver o impasse.

O Brasil voltou ao mapa da fome e tem hoje 23 milhões de pessoas vivendo em condição de pobreza extrema, com R$ 210 por mês. É mais do que toda a população de Santa Catarina. Mesmo para quem tem emprego e renda, o salário não dura até o fim do mês.

A economia é o calcanhar de Aquiles do governo, que, segundo as pesquisas, o brasileiro identifica como o culpado pela crise. Sem respostas efetivas, e com prazo curto para reagir até outubro, Bolsonaro vê o cenário agravado pela crise institucional na Amazônia, onde a morte de Bruno Pereira e Dom Phillips expôs ao mundo os impactos causados pelo desmonte da proteção ambiental e das políticas de proteção aos indígenas.

A última estocada ocorreu nesta semana, quando o governo foi atingido pela prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, as suspeitas de corrupção no Ministério da Educação e a divulgação de áudios que colocam o próprio presidente no olho do furacão. Desta vez, o ponto de enfraquecimento é nas narrativas anticorrupção.

Na espiral de crises em que o governo gira sem cessar, este é provavelmente o momento mais agudo. Com respostas a dar e problemas a resolver, Bolsonaro tentou levantar o ânimo da tropa com a multidão que Santa Catarina sempre lhe deu. Desta vez, não funcionou.


 

sábado, 25 de junho de 2022

Mulher é assassinada pelo ex-companheiro em Caxias

Uma mulher, identificada como Maria Francisca Gonzaga da Silva, de 36, residente em Caxias, a 374 Km de São Luís, foi morta com um golpe de arma branca desferido pelo ex-companheiro.

O crime ocorreu na madrugada dessa sexta-feira (24), por volta das 3h, nas proximidades da Feira do bairro Volta Redonda. 

A vítima foi atingida por uma facada na altura dos rins. O corpo foi encontrado numa via pública.

O ex-companheiro de Maria Silva, de 26 anos e identidade não revelada, não aceitava o fim o relacionamento. Ele foi preso logo em seguida, após diligências realizadas pela Delegacia de Homicídios.

Após prestar depoimento no 1º DP, o suspeito foi encaminhado para a Unidade Prisional de Ressocialização de Caxias (UPR), onde permanecerá à disposição da Justiça.



 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

POLÍCIA CIVIL PRENDE CHEFE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DO CEARÁ EM CHAPADINHA


 A Polícia Civil do Estado do Maranhão, nesta sexta-feira (24), realizou o cumprimento de 03 (três) mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário do Estado do Ceará, todos pelo crime de homicídio qualificado, em desfavor de Alexandre Ximenes de Carvalho, conhecido como “Jacaré ou Pica-Pau”. Além disso, deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pela comarca de Chapadinha/MA na residência dessa pessoa.

As diligências para localizar o procurado da justiça foram realizadas pela Delegacia de Polícia Civil de Chapadinha, com o apoio de equipes do CIPC e foram iniciadas a partir de informações advindas do BEPI da PM CE, SSPDS CE e Força Tarefa SUSP CE, noticiando que um dos indivíduos mais procurados do Estado do Ceará, autor de vários homicídios, envolvimento com tráfico de drogas e organização criminosa estava homiziado no município de Chapadinha.

Imediatamente, policiais civis da Delegacia Regional de Chapadinha, com policiais da SPCI e CIPC, realizaram diligências com o intuito de localizar o local onde o foragido da justiça havia fixado residência.

Após dois meses de investigações, os policiais identificaram o local onde ele havia fixado residência no município de Chapadinha/MA. Dessa forma a operação foi montada para cumprir a prisão desse homem.

No decorrer da operação, além do cumprimento dos 03 (três) Mandados de prisão, e busca e apreensão, foram apreendidos: 01 (um) colete balístico; 01 (uma) espingarda Rossi de ar comprimido; 02 (dois) cadernos com anotações de contabilidade da venda de drogas; 01 (uma) mira telescópica Rossi; 01 (uma) faca tática; 01 (uma) balança de precisão; 01 (um) rádio comunicador; 01 (um) porta carregador de arma de fogo; 03 (três) carregadores alongados calibre 9mm; 01 (um) coldre velado; 02 (duas) pistolas, uma Taurus e outra Canik; 09 (nove) carregadores de pistola 9mm; 02 (duas) granadas; 02 (dois) veículos, sendo uma picape Hilux e um Jeep Compass; 257 (duzentos e cinquenta e sete) munições calibre 9 mm e outros objetos.

A Operação contou com a participação de aproximadamente 32 (trinta e dois) policiais civis, lotados na Delegacia Regional de Chapadinha, na Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), do Grupo de Pronto Emprego (GPE) de Timon, Caxias e Codó, na Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), além de 02 (dois) cães farejadores do NOC.

Após as formalizações das prisões, o preso foi encaminhado ao sistema prisional onde ficará à disposição da justiça.


Mais da metade dos brasileiros afirmam nunca confiar no que Bolsonaro diz, mostra Datafolha


 247 - Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (23), que aponta para uma vitória do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno da eleição presidencial deste ano, mostra que 53% da população brasileira diz jamais confiar no que Jair Bolsonaro (PL) diz.

Em maio, na rodada anterior da pesquisa, o percentual era maior, mas a oscilação ocorreu dentro da margem de erro: 56%. 

Os que acreditam em Bolsonaro às vezes são 29% e os que confiam sempre somam 17%.

O Datafolha ouviu presencialmente 2.556 eleitores em 181 cidades nesta quarta-feira (22) e quinta (23). A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha de S. Paulo, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 09088/2022, é de dois pontos para mais ou menos.


quinta-feira, 23 de junho de 2022

Estudo: vacinas evitaram quase 20 milhões de mortes por Covid no 1º ano das campanhas

No primeiro ano dos programas de vacinação, foram evitadas em todo o mundo cerca de 19,8 milhões de mortes de um potencial de 31,4 milhões de óbitos em decorrência da doença


 As vacinas contra a Covid-19 reduziram o número potencial de mortes globais durante a pandemia em mais da metade no ano seguinte à implementação das campanhas de imunização. As estimativas são de um novo estudo de modelagem matemática publicado nesta quinta-feira (23) pela revista Lancet Infectious Diseases.

No primeiro ano dos programas de vacinação, foram evitadas em todo o mundo cerca de 19,8 milhões de mortes de um potencial de 31,4 milhões de óbitos em decorrência da doença.

As estimativas foram baseadas no excesso de mortalidade de 185 países e territórios. O excesso de mortes é definido como a diferença entre os números observados de óbitos em períodos específicos e os números esperados de perdas de vidas nos mesmos períodos.

O estudo estima que mais 599.300 vidas poderiam ter sido salvas se a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar 40% da população em cada país, com duas ou mais doses, até o final de 2021 tivesse sido atingida.

“Nossas descobertas oferecem a avaliação mais completa até o momento do notável impacto global que a vacinação teve na pandemia de Covid-19. Das quase 20 milhões de mortes que se estima terem sido evitadas no primeiro ano após a introdução das vacinas, quase 7,5 milhões foram evitadas em países cobertos pela iniciativa de acesso à vacina Covax”, afirmou Oliver Watson, principal autor do estudo, do Imperial College, de Londres, em comunicado.

Desde o início das campanhas de vacinação contra a Covid-19, a OMS tem defendido a equidade na distribuição dos imunizantes como condição fundamental para o enfrentamento da pandemia a nível global.

consórcio Covax, que permitiu a distribuição de doses contra a Covid-19 aos países de baixa e de média rendas, é uma iniciativa coliderada pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês), a aliança de vacinas Gavi, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Nossas descobertas mostram que milhões de vidas provavelmente foram salvas ao disponibilizar vacinas para pessoas em todos os lugares, independentemente de sua riqueza. No entanto, mais poderia ter sido feito. Se as metas estabelecidas pela OMS tivessem sido alcançadas, estimamos que cerca de 1 em cada 5 das vidas perdidas devido à Covid-19 em países de baixa renda poderiam ter sido evitadas”, disse Watson.

Cobertura vacinal

Desde que a primeira vacina contra a Covid-19 foi administrada fora de um ambiente de ensaio clínico, em 8 de dezembro de 2020, quase dois terços da população mundial recebeu pelo menos uma dose contra a doença, de acordo com o levantamento da plataforma Our World in Data.

A iniciativa Covax facilitou o acesso a vacinas aos países de baixa renda para tentar reduzir as desigualdades, com uma meta inicial de oferecer duas doses de vacina a 20% da população em países abrangidos pelo compromisso até o final de 2021.

A OMS ampliou essa meta estabelecendo uma estratégia global para vacinar com duas doses 70% da população mundial até meados de 2022, com uma meta provisória de imunizar 40% da população de todos os países até o final de 2021.

O estudo destaca que apesar da alta velocidade no lançamento das vacinas contra a doença em todo o mundo, mais de 3,5 milhões de mortes por Covid-19 foram relatadas desde que o primeiro imunizante foi administrado em dezembro de 2020.

Uso da modelagem matemática

Análises têm procurado estimar o impacto da vacinação no curso da pandemia, se concentrando em regiões específicas, como países, estados ou cidades. O novo estudo publicado na Lancet inova ao estimar o impacto da vacinação em escala global e ao avaliar o número de mortes evitadas direta e indiretamente.

“Quantificar o impacto que a vacinação causou globalmente é um desafio porque o acesso às vacinas varia entre os países, assim como nossa compreensão de quais variantes do coronavírus foram circulando, com dados de sequência genética muito limitados disponíveis para vários países. Também não é possível medir diretamente quantas mortes teriam ocorrido sem a vacinação”, afirma Gregory Barnsley, coautor do estudo, do Imperial College, em comunicado.

Segundo o especialista, a modelagem matemática permite avaliar cenários alternativos, que não podem ser observados diretamente na vida real. Para estimar o impacto dos programas globais de vacinação, os pesquisadores usaram um modelo estabelecido de transmissão de Covid-19 usando dados em nível de país para mortes pela doença registradas oficialmente entre 8 de dezembro de 2020 e 8 de dezembro de 2021.

Para levar em conta a subnotificação de mortes em países com sistemas de vigilância menos robustos, eles realizaram uma análise separada com base no número de mortes em excesso registradas acima daquelas que seriam esperadas durante o mesmo período.

Onde os dados oficiais não estavam disponíveis, a equipe usou estimativas de mortalidade excessiva por todas as causas. Essas análises foram então comparadas com um cenário hipotético alternativo em que nenhuma vacina estava disponível.

O modelo levou em conta a variação nas taxas de vacinação entre os países, bem como as diferenças na eficácia da vacina em cada país com base nos tipos de vacina conhecidos por terem sido predominantemente usados ​​nessas áreas.

Os pesquisadores ressaltam que a China não foi incluída na análise devido à sua grande população e medidas de bloqueio muito rígidas, o que poderia ter distorcido as descobertas.

O que revelaram as análises

A equipe descobriu que, com base nas mortes por Covid-19 registradas oficialmente, estima-se que 18,1 milhões de mortes teriam ocorrido durante o período do estudo se as vacinas não tivessem sido implementadas.

Destas, o modelo estima que a vacinação tenha evitado 14,4 milhões de mortes, o que representa uma redução global de 79%. De acordo com o estudo, os índices não levam em conta a subnotificação de mortes pela doença, que é comum em países de baixa renda.

A equipe fez uma análise adicional com base no total de mortes em excesso durante o mesmo período. Eles verificaram que a vacinação evitou cerca de 19,8 milhões de mortes de um total de 31,4 milhões de mortes potenciais que teriam ocorrido sem a vacinação, uma redução de 63%.

O estudo indica que mais de três quartos (79%, 15,5 milhões/19,8 milhões) das mortes evitadas se devem à proteção direta contra sintomas graves proporcionada pela vacinação, levando a menores taxas de mortalidade.

Estima-se que as 4,3 milhões de mortes restantes evitadas foram prevenidas pela proteção indireta da transmissão reduzida do vírus na população e redução da carga sobre os sistemas de saúdemelhorando assim o acesso aos cuidados médicos para os mais necessitados.

Impactos da vacina

O impacto da vacina mudou ao longo do tempo e em diferentes áreas do mundo à medida que a pandemia avançava, segundo o estudo.

No primeiro semestre de 2021, o maior número de mortes evitadas pela vacinação ocorreu em países de renda média baixa, resultado da significativa onda epidêmica na Índia à medida que surgiu a variante Delta.

Posteriormente, isso mudou para o maior impacto concentrado em países de renda mais alta no segundo semestre de 2021, à medida que as restrições de viagens e encontros sociais foram amenizadas em algumas áreas, levando a uma maior transmissão do vírus.

No geral, o número estimado de mortes prevenidas por pessoa foi maior em países de alta renda, refletindo a implementação mais precoce e mais ampla das campanhas de vacinação nesses locais (66 mortes evitadas por 10.000 pessoas em países de alta renda versus 2.711 mortes evitadas por 10.000 pessoas em países de baixa renda).

Os países de renda alta e média-alta foram responsáveis ​​pelo maior número de mortes evitadas (12,2 milhões/19,8 milhões), destacando as desigualdades no acesso a vacinas em todo o mundo.

Para os 83 países incluídos na análise que são cobertos pelo consórcio Covax com vacinas acessíveis, estima-se que 7,4 milhões de mortes foram evitadas de um potencial de 17,9 milhões (41%). No entanto, estima-se que o não cumprimento da meta da iniciativa de vacinar totalmente 20% da população em alguns países tenha resultado em 156.900 mortes adicionais.

Embora esse número represente uma pequena proporção do total de mortes globais, essas mortes evitáveis ​​estavam concentradas em 31 nações africanas, onde 132.700 mortes poderiam ter sido evitadas se a meta fosse atingida.

Da mesma forma, estima-se que o déficit na meta da OMS de vacinar totalmente 40% da população de cada país até o final de 2021 tenha contribuído para 599.300 mortes adicionais em todo o mundo que poderiam ter sido evitadas.

Os países de renda média-baixa foram responsáveis ​​pela maioria dessas mortes. Regionalmente, a maioria dessas mortes se concentrou nas regiões da África e do Mediterrâneo Oriental. Se a meta de 40% tivesse sido atingida em todos os países de baixa renda, o número de mortes evitadas pela vacinação nessas áreas teria mais que dobrado.

“Nosso estudo demonstra o enorme benefício que as vacinas tiveram na redução global de mortes por Covid-19. Embora o foco intenso na pandemia tenha mudado, é importante garantir que as pessoas mais vulneráveis em todas as partes do mundo estejam protegidas da circulação contínua da Covid-19 e de outras doenças importantes que continuam a afetar desproporcionalmente os mais pobres”, afirmou o professor Azra Ghani, presidente de epidemiologia de doenças infecciosas do Imperial College.

Entre as limitações do estudo, os autores reconhecem que o modelo é baseado em algumas suposições necessárias, incluindo as proporções precisas de quais tipos de vacina foram entregues, como foram entregues e o momento preciso de quando novas variantes de vírus chegaram a cada país. Eles também observam que a relação entre a idade e a proporção de mortes por Covid-19 que ocorrem entre os indivíduos infectados é a mesma para cada país.

“Garantir o acesso justo às vacinas é crucial, mas requer mais do que apenas doar vacinas. São necessárias melhorias na distribuição e infraestrutura de vacinas, bem como esforços coordenados para combater a desinformação sobre vacinas e melhorar a demanda por vacinas. Só assim podemos garantir que todos tenham a oportunidade de se beneficiar dessas tecnologias que salvam vidas”, disse Ghani.