terça-feira, 1 de dezembro de 2015

13 mil foram infectados pelo HIV nos últimos 30 anos no Maranhão

Foram registradas 13.331 infeccções pelo vírus HIV nos últimos 30 anos, no Maranhão, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em 2015, até outubro, foram registrados 481 casos no Estado, sendo 243 infecções deles em São Luís.
A maioria dos infectados são homens, com 62,4% dos casos, contra 37,2% das mulheres. O presidente da Liga Acadêmica Contra Aids, Jadilson Neto, afirma que, só este ano, 60 jovens com idades entre 15 e 29 anos buscaram apoio na Liga. Ele diz muitos ignoram os métodos de prevenção contra a doença mesmo com o grande volume de informação sobre a Aids.
“O jovem é um dos pilares e muitos nem têm essa informação. Outros têm a informação, mas na hora da prevenção, acabam esbarrando. A gente sempre associa o HIV à promiscuidade e não é assim. Existem adolescentes e jovens que se infectaram na primeira relação e ficaram grávidas no interior do Estado”, explicou.
Com a vida sexual sendo iniciada mais cedo e o pouco uso de camisinha, a contaminação de jovens tem sido a maior preocupação dos órgãos que trabalham na luta e na prevenção da Aids. Pelo menos é o que garante Wendel Alencar, coordenador do Programa DST e Aids da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís (Semus).
“Esse é o grande desafio que é trabalhar a prevenção das DST’s e Aids com e para as populações jovens, mas a gente acredita muito que essa geração vai desenhar uma outra resposta de enfrentamento a epidemia, considerando que as principais respostas que a gente teve no mundo veio das comunidades juvenis”.
Tratamento
Em São Luís, o Hospital Presidente Vargas é referência no tratamento de portadores de HIV. No local, são tratados quatro mil pacientes. Apesar dos esforços, a maior dificuldade ainda é a conscientização da necessidade de tratamento.
A coordenadora do Serviço de Assistência Especializada do Hospital Presidente Vargas, Gabriela Duailibi, diz que muitas pessoas, principalmente as que moram no interior, ainda têm dificuldade de se deslocar até a capital.
“A nossa maior dificuldade é a adesão dos pacientes ao tratamento porque muitos moram no interior do estado. Então, a gente ainda está nesse processo de descentralização. Já foram feitos alguns ambulatórios em alguns municípios, mas ainda têm muitos pacientes que tem dificuldade para vir até São Luís para poder fazer o tratamento”, ressaltou.
O coordenador da Ong “Contra Aids” , Fernando Cardoso, lembra que a aids não tem cura e para evitar a doença, o melhor remédio ainda é a prevenção.

“O que as pessoas estão fazendo é vulgarizando a aids. As pessoas estão achando que por descobrir que possuem aids tem tratamento está tudo bem. não é isso. Os efeitos colaterais são enormes e os próprios retrovirais provocam situações em pacientes também. Eles cuidam de um lado e prejudicam de outro”, finalizou.

SEIC apresenta quadrilha que tinha ramificações no Maranhão, Pará e Tocantins


A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), apresentou, na manhã desta segunda-feira (30), durante entrevista, uma quadrilha presa em decorrência da operação “Transbordo”, realizada nos municípios de Imperatriz, Buriticupu, Porto Franco e Açailândia, na última sexta-feira (27).
Foram apresentados na coletiva concedida à imprensa, Agrinaldo da Silva Batista conhecido como “Maranhão”, Ronaldy dos Santos Silva, Gessui Raulino de Queiroz Junior, Maílson Cavalcante Sousa, Marcony Cardoso Silva, Erick Danilo da Silva Lima e Marcos Aurélio Sousa Lopes Junior.
O superintendente Tiago Bardal informou que os sete presos apresentados na sede da Seic, no Bairro de Fatima, fazem parte de uma quadrilha de onze integrantes com ramificações nos estados do Maranhão, Tocantins e Pará. A quadrilha estava sendo investigada há quatro meses, após denúncias que apontaram o envolvimento do grupo em roubos de diversos tipos de cargas. Em decorrência disso, o bando respondia pelo alcunha ‘Clinico geral’.
Segundo o coordenador da operação, delegado Lúcio Rogerio Reis, titular do Departamento de Combate ao Roubo de Cargas (DCRC), a quadrilha é suspeita de praticar diversos assaltos na região tocantina.  As investigações que culminaram na prisão do bando iniciaram pelo roubo de uma carga de sal mineral – usado para alimentar gado.
O crime ocorreu em 16 de setembro deste ano, na cidade de Cidelândia. Na época, os elementos usurparam 25 toneladas de sal da marca Embrassal.
Ainda segundo Lucio Reis, foi montada uma operação que contou com apoio da Secretaria de Inteligência e Delegacia Regional de Imperatriz, dos Departamentos de Combate ao Roubo de Cargas (DCRC) e Departamento de Combate a Crimes Contra Instituições Financeiras (Decrif), ligado à Seic.
Na ação policial, foi dado cumprimento aos mandados de prisão preventiva nas cidades de Açailândia, Buriticupu, Imperatriz e Porto Franco. Além dos presos apresentados hoje, também foram presos Luan Silva Gomes, conhecido como “Maguinho”, Maike Medeiros de Carvalho, o “Baiano”; Eduardo Pereira Vales e Alan Kardec Guedes dos Santos.
Durante a operação, foram apreendidos pelos agentes quatro automóveis, sendo uma motocicleta; um carro modelo Agile de cor verde, um Corsa Sedan prata e outro de cor branca. Já na casa do Agrinaldo da Silva foi encontrado um revólver calibre 38 municiado.

Após a apresentação, os presos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Pedrinhas.

Homem é executado tiros no Coroadinho

Um homem, identificado como Alexandre Gomes da Silva e conhecido na região como “Manguinho”, morreu baleado, na tarde desta segunda-feira (30), na Rua da União, no Alto do São Sebastião, no Polo Coroadinho, na capital maranhense. A polícia informou, com relação a este caso, que a vítima foi atingida com ao menos três disparos de arma de fogo.
A guarnição que esteve no local transmitiu que, ao que tudo indica, “Manguinho” teria sido morto pelo próprio comparsa, reconhecido apenas como “Gugu”, que se desentendeu com Alexandre, durante a divisão do que recolheram com um roubo cometido pelos dois, na referida localidade, horas antes de o homicídio acontecer. Ainda de acordo com as fontes, ele tinha passagens em delegacias por furto, conforme demonstrado no Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo).

Ainda ontem, houve um assassinato no Anjo da Guarda, no eixo Itaqui-Bacanga, por volta das 17h. Lá, Elder Coata Pereira, o “Manga Rosa”, caiu morto na Avenida Paquistão, após ser alvejado por desconhecidos. Ele morava na Rua Projetada, no mesmo bairro. O delegado Walter Wanderley, titular do 5º Distrito Policial (DP), que cobre aquela região, esteve no local, conversando com testemunhas, a fim de desvendar o crime e identificar os autores.

Padrasto e enteado usam boné como arma e são presos em São Luís


Padrasto e enteado acabaram sendo presos na manhã desta segunda-feira (30), em São Luís, após simularem um assalto usando um boné como uma arma de fogo.
Segundo informações do coronel Décio, comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM), Francisco da Silva Burgos, de 45 anos, e o seu enteado, um adolescente de apenas 17 anos, anunciaram o assalto a um homem que estava próximo de um ponto de ônibus no bairro do Bequimão, na capital, e disseram que atirariam caso ele não entregasse o aparelho celular. “Eles abordaram a vítima em uma parada de ônibus”, contou.
Ainda conforme o coronel, o homem, que preferiu não se identificar, entregou o aparelho celular quando percebeu que um dos suspeitos escondia por debaixo de sua camisa um objeto parecido com uma arma de fogo. “Um dos elementos estava escondendo um objeto por debaixo da roupa dele e para evitar uma tragédia ele decidiu entregar”.
Após realizar a ação criminosa, os dois suspeitos já se preparavam para fugir quando foram surpreendidos por um policial militar, que depois de ter assistido todo o assalto decidiu atirar contra os dois criminosos.
Ferido no tórax, Francisco acabou revelando que o objeto escondido em sua camisa não se tratava de arma e sim de era um boné que ele utilizava para amedrontar as suas vítimas.
Francisco da Silva Burgos foi encaminhado para o Hospital de Urgência e Emergência Doutor Clementino Moura (Socorrão 2), na capital. Já o adolescente de 17 anos foi levado para a Delegacia do Adolescente Infrator.

O caso foi registrado no 14º Distrito Policial, no bairro Bequimão, em São Luís.

Brasil terá mais 1,2 milhão de casos de câncer até 2017


Nos próximos dois anos, quase 1,2 milhão de pessoas receberão o diagnóstico de câncer no País. A informação é do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que lança nesta sexta-feira (27/11), as estimativas nacionais para 2016 e 2017. Publicado desde 1995, o documento é um dos que balizam investimentos e políticas públicas de controle e tratamento do câncer.
Pelos cálculos dos pesquisadores, haverá o registro de 596.070 casos a cada ano - as mulheres serão mais afetadas, com 300.870 casos. Três em cada dez brasileiros receberão o diagnóstico de câncer de pele não-melanoma, doença de baixa letalidade. É o tipo de câncer mais comum para ambos os sexos.
Excluindo-se o câncer de pele não-melanoma, as mulheres terão mais diagnósticos de cânceres e mama (57.960 casos/ano), cólon e reto (17.620), colo do útero (16.340), pulmão (10.860), estômago (7.600), corpo do útero (6.950), ovário (6.150), glândula tireoide (5.870) e linfoma não-Hodgkin (5.030).
Entre os homens, os cânceres mais incidentes são os de próstata (61.200), pulmão (17.330), cólon e reto (16.660), estômago (12 920), cavidade oral (11.140), esôfago (7.950), bexiga (7.200), laringe (6.360) e leucemias (5.540), também sem levar em consideração os cânceres de pele.
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Regiões
Os dados do Inca mostram que há diferenças regionais. Entre as mulheres da Região Norte, o câncer de mama não será o mais incidente - a doença que mais as afeta é o câncer de colo de útero. A vida sexual precoce e a dificuldade de acesso a exames explica a diferença. Já na Região Sul, o câncer de colo de útero vai para a quarta posição, atrás de mama, cólon e reto e o de pulmão.
Entre os homens da Região Norte e do Nordeste, o segundo tipo de câncer mais comum é o de estômago. Os pesquisadores explicam que isso pode estar ligado ao tabagismo e ao consumo de alimentos conservados no sal, que aumentam o risco. As leucemias estão em sexto lugar na Região Norte, e em nono na classificação nacional

"A realidade do País demanda ações tanto gerais, quanto específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo à prática regular de atividade física e a disseminação de informações", explica o vice-diretor-geral do Inca, Luiz Felipe Ribeiro Pinto.