terça-feira, 25 de agosto de 2015

YOUSSEF CONFIRMA QUE AÉCIO RECEBEU DINHEIRO DE FURNAS

O doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça (25), durante depoimento na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas; "Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele", disse o doleiro; o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que Aécio seja investigado por ter sido citado por Youssef; em seu discurso, Pimenta ironizou a atuação do PSDB e do DEM; ele disse que a atuação da oposição é para que só “meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI; “É curioso porque há um esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá", disse


 - O doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça-feira (25), durante depoimento na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas, subsidiária da Eletrobras. "Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele", disse o doleiro. 
A declaração de Youssef foi resposta a pergunta do deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Solla questionou se houve "dinheiro de Furnas para Aécio" e Youssef diz que confirmava versão passada anteriormente. Paulo Roberto Costa disse que não tem conhecimento do assunto.
Em seguida, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado por ter sido citado por Alberto Youssef. Pelo Twitter, o petista afirmou que os tucanos da CPI ficaram "perplexos". "Alberto Youssef acaba de confirmar que Aécio recebeu $$ de  Furnas - Aqui na CPI da Petrobras silêncio total de tucanos perplexos", postou.
"Meia corrupção"
Em seu discurso, Pimenta disse que a atuação da oposição é para que só “meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI que decidiu por não apurar o pagamento de propina na estatal durante os governos FHC. Segundo um dos delatores, o esquema de corrupção na Petrobrás iniciou em 1997, no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique.
“É curioso porque há um esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá. Se formos na CPI da Banestado, quem estava lá? O Youssef e o Ricardo Sérgio. Quem é Ricardo Sérgio? O tesoureiro da campanha do José Serra. Agora, na denúncia do Janot aparece o Júlio Camargo juntamente com um cidadão chamado Gregório Marin Preciado. Quem é o Gregório? Primo do Serra, sócio do Serra. Capítulo 8 da Privataria Tucana”, indicou Pimenta.
O deputado também reafirmou que as contribuições recebidas pela campanha da presidente Dilma Rousseff foram legais. De acordo com o parlamentar, “ninguém é bobo” para acreditar que a mesma empresa que doava para Dilma fazia porque o dinheiro era “propina”, enquanto as doações para Aécio - muito maiores - eram feitas por “generosidade” e por “amor”.
Sobre o esforço do PSDB e do DEM, que ao longo de seus governos se especializaram em abafar as operações de investigação, Pimenta cobrou um patamar mínimo de coerência dos parlamentares para que a CPI da Petrobras tenha alguma credibilidade junto à sociedade. "O PSDB e o DEM tratam os brasileiros como se fossem uma população sem memória, como se não conhecessem a história do Brasil e não soubessem quem eles são. Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado. Vamos investigar a fundo todas as irregularidades, mas nós não vamos aceitar o PSDB e o DEM como parâmetros de conduta ética na gestão da coisa pública, porque eles não são", acusou Pimenta.
Delação
Em depoimento gravado em vídeo, o doleiro Alberto Youssef afirmou que recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o deputado José Janene (PP-PR), já falecido. Youssef disse ainda que, numa das viagens a Bauru, ficou sabendo que a diretoria da empresa, ocupada por Dimas Toledo, era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves, apontando o senador como beneficiário do esquema. Apesar do relato, Youssef negou ter tido contato com Aécio, que foi deputado federal por Minas entre 1987 e 2003. "O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves", disse Youssef em fevereiro. 
Mesmo depois do depoimento, a procuradoria-geral da República entendeu que não havia elementos suficientes para abrir uma investigação contra Aécio no âmbito do esquema Petrobras. Em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), no começo de março, Rodrigo Janot pediu arquivamento do procedimento.

Homem é morto com 31 facadas e um tiro na cabeça no Angelim


Um homem identificado como Francisco Ramon Carvalho de Oliveira, de 28 anos, foi assassinado com 31 facadas e um tiro de revolver na avenida principal do bairro Angelim. De acordo com populares, o corpo foi encontrado por volta das 04h da manhã desta terça-feira (25/08).
Agentes da delegacia de homicídios estiveram no local e falaram sobre o caso. “Vamos tomar conta do caso, saber quem cometeu esse crime e começar as investigações agora. O caso vai ficar com a equipe do delegado Danúbio Dias, que é da zona Sul. Ele era técnico em refrigeração e provavelmente o seu corpo não foi assassinado nas margens da avenida, ele foi morto em outro lugar e levado para lá”, informou.
O crime ocorreu após 5 dias sem registros de homicídios na capital piauiense.
“Nós estávamos desde quinta-feira sem nenhum homicídio em Teresina e hoje tivemos esse caso no Parque Vitória. Nós estamos conseguindo reduzir bastantes o número de mortes na capital” declarou Riedel Batista,
Os agentes do Instituto de Medicina Legal (IML) foram acionados até o local para realizar perícia e também resgatar o corpo do homem.

Caminhoneiro morre carbonizado em acidente na BR 010


Uma carreta usada no transporte de toras de eucalipto e um caminhão tipo baú com carregamento de produtos eletrônicos foram envolvidos em um acidente com morte na BR 010, nesta terça-feira (25). A colisão ocorreu nas proximidades no km 286. Um dos veículos estava parado no acostamento mas ocupando parte da faixa de rolamento da via quando o outro, em sentido Açailândia – Imperatriz, não conseguiu parar e incendiou em seguida. Policiais Rodoviários Federais e Bombeiros estiveram no local para liberar o tráfego e auxiliar no atendimento. O motorista do caminhão ainda foi retirado da cabine mas já estava sem vida. Ozias Aparecida Emílio Marlhesine tinha 65 anos e era natural de Indaiatuba (SP).

Conta de luz fica mais cara a partir de sexta-feira no Maranhão


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (25) o reajuste médio de 8,64% nas tarifas da Companhia Energética do Maranhão – Cemar, que atua em todos os municípios do estado. Os novos valores entram em vigor na sexta (28), para os cerca de 2,2 milhões de clientes da empresa. Para os consumidores residenciais, a alta média será de 8,63%, já para a indústria a elevação média será de 8,69%.
O índice aprovado nesta terça se refere ao reajuste tarifário a que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel.
Os índices funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.
As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia.
Energia mais cara
Em 2015, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas.
Para consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as contas de luz vão subir mais neste ano porque a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada por essas três regiões.
No início de agosto, o governo federal anunciou o desligamento de 21 usinas térmicas de maior custo, o que deve gerar uma economia mensal nas operações da ordem de R$ 5,5 bilhões. Por conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das principais hidrelétricas do país, o governo vinha mantendo ligadas todas as térmicas disponíveis desde o final de 2012. Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu para a elevação do valor das contas de luz.
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para aliviar as altas nas tarifas.

Jornalista brasileira registra "horror" de uma caminhada de duas horas


Jornalista faz experimento e sofre humilhação e assédio por duas horas andando em Teresina. Experiência filmada com câmera escondida estimula a reflexão sobre o machismo de todos os dias

Eram 10h36 de uma manhã de sábado. Teresina, quente, tão quente, que não sei se suei apenas de calor ou de terror. Vestida de uma calça jeans e uma blusa preta, andei só e calada, olhando preocupada, muitas vezes, para os lados e sem o sorriso que pouco antes eu distribuía aos meus colegas de redação (vídeo abaixo).
Duas horas e pelo menos 15 assédios depois sinto bolhas nos pés e dor na alma: o machismo de todo dia, assim, filmado e legendado, parece que expõe mais as vísceras de uma sociedade desigual em gêneros, onde a mulher está vulnerável a assobios, olhares e expressões sussurradas por desconhecidos como “gostosa”, “bundinha” e “delícia”.

O EXPERIMENTO

Tirando o microfone escondido na bolsa, usei o tipo de roupa que eu e milhares de teresinenses (incluindo as mães, filhas e irmãs dos meus assediadores) usamos todos os dias para ir à rua. Meu produtor caminhava à frente, sempre a alguns passos de distância, permitindo me filmar com uma câmera escondida acoplada em sua mochila.

Mesmo acompanhada de um produtor e do motorista que compõem a equipe doO Olho, tive a sensação de leve desamparo por estar “sozinha”, sujeita aos assédios dos quais eu fugia sempre que precisava estar em algum local público, passando por homens.
Meu temor não era motivado por me considerar gostosa, linda e estonteante (porque não sou e porque mesmo uma mulher que é, não merece receber nenhum tipo de agressão verbal e sexual), mas porque basta ser mulher, estar andando sozinha nas ruas, que quase prontamente alguns homens sentem-se no direito de avaliar a forma física e até de fazer convites sexuais.
Lá está você pagando o plano de saúde da sua mãe no Centro da cidade, quando alguém que você nunca viu, e que sequer cruzou os olhos, alheio aos seus problemas e vontades, grita: “Vamos lá em casa delícia?”. Não é um convite, é uma invasão.

A “CARCAÇA” QUE VESTIMOS PARA IR À RUA

Antes de sair à rua, é preciso vestir, além da roupa, um outro acessório, quase invisível, mas essencial se você for mulher: uma expressão fechada, de quem não quer conversa. Nós, mulheres, costumamos mantê-la enquanto temos que perambular por espaços públicos, principalmente se estivermos sozinhas e houverem homens desconhecidos por perto.
É tolhendo pequenas liberdades diárias femininas, inclusive a de sorrir e se vestir como bem entender, que o machismo vai trancando as mulheres em calabouços pisicológicos.
“Não olhe para os lados, evite passar perto de homens, se falarem algo sobre seu corpo, não responda”. Esse não é um ensinamento passado verbalmente de mãe para filha, ou entre amigas. É um comportamento quase intrínseco à quem pertence ao sexo feminino no mundo ocidental. Tanto faz se você está numa pequena e quente capital no Nordeste brasileiro, ou na fria Nova York norte-americana.

AGRESSÃO VERBAL: “B******** GOSTOSA”

É quase meio-dia. Passo por vários homens na porta de um bar e sinto um grande alívio por ter sido apenas olhada, como se passasse por um raio-X de aeroporto, mas sem nenhum comentário verbal.
Mais a frente, ainda degustando uma tranquilidade que eu mal sabia que seria fulgaz, passo por um homem branco de uns 50 anos. Ele fala baixo, mas eu ouço: “b******** gostosa”. Gelo imediatamente, fico com as mãos tensas e tenho vontade de chorar.
Parece que volto no tempo e lembro de ter 20 anos, descer do ônibus no bairro Saci, zona Sul de Teresina, enquanto caminho várias quadras até minha casa. Também era meio-dia e eu vinha da Universidade Federal do Piauí, onde cursava Ciências Sociais. Aquele caminho era comum para mim, e quase todo dia eu o fazia intercalando ônibus e longas caminhadas até minha casa.
Naquele dia, há sete anos, um homem pára, pergunta as horas, eu olho para o relógio e antes de responder ele coloca a mão debaixo da minha saia, fala “b*********” e sai correndo. Fico atônita. Ainda tenho forças para gritar enquanto ele corre para a outra rua: “Infeliz, maldito”, falo bem alto com a revolta, humilhação e ódio engasgados.
Chego em casa me culpando por ter respondido a um estranho na rua. Eu era jovem demais para saber que a culpa não era minha. Só muitos anos depois consigo contar essa história para meu noivo, amigos e amigas.
As mulheres, quando ouvem, solidarizam-se imediatamente e passam a relatar também suas histórias. S.R., uma amiga jornalista, por exemplo, conta que chegou a ameaçar com pedras um homem que a assediou nas ruas a chamando de “gostosa”. Os homens, por outro lado, ouvem a mesma história e acabam rindo. Acham que é apenas uma anedota. Não é. Violência sexual não tem graça.

COMO SE SENTIR UM “NADA”

Logo eu, que me considero uma jovem mulher de 27 anos, empoderada, firme, forte (quase sempre), me senti um “nada”. Ocupo um cargo de chefia em um universo onde 80% dos colegas de profissão em posição de comando são homens. Não choro fácil e não abaixo a cabeça porque alguém não gostou de algo que fiz ou disse. Na rua, porém, eu baixei.
Quando passava por grupos de homens, tentava instintivamente atravessar a rua e ficar o mais longe possível deles, mesmo sabendo que minha missão nessa reportagem era seguir em frente e registrar caso fosse importunada.
Homens bem arrumados, homens desarrumados, mais novos, mais velhos, brancos, negros, mulatos. Não há um perfil para o assediador. Em comum, a sensação de impotência. No assédio, ficou claro para mim, há uma relação de poder em que se tenta colocar as mulheres em uma posição submissa.
Na rua, dificlmente encaro alguém, olho nos olhos, nada que possa ser interpretado erroneamente como um “convite”. Percebo nas mulheres próximas a mim, uma espécie de solidariedade quando tenho que passar por grupos de homens. Uma troca de olhares assustados antecedem meus passos, como se me perguntassem: “Menina, tem certeza que vai por aí?”.
Sim, eu poderia responder, retrucar, e algumas vezes já fiz isso na rua (quando estava perto de outras pessoas a quem poderia recorrer para manter minha segurança). O medo de ser seguida e (mais) agredida é ainda maior, e na maior parte das vezes as mulheres se calam já que muitos homens, ao ouvir um “não”, se revoltam, xingam e partem para a violência.
Quando a experiência chega ao fim, me sinto exausta. Não pelos calos no pé ou pela roupa quase ensopada de suor. O que cansa é todo o desgaste emocional de sentir medo e vulnerabilidade por ser mulher.
Um exemplo disso foi retratado em 2012, quando uma jovem belga de 25 anos decidiu gravar o que ouvia dos homens enquanto caminhava pelas ruas de Bruxelas – e principalmente de sua vizinhança, em um bairro pobre da cidade. O resultado foi o documentário Femme de la Rue (Mulher da Rua, em tradução livre). Um dos homens chega pelas suas costas, dizendo que ela é “linda”. Outro, simplesmente a cruza na calçada, vira o rosto em sua direção e a chama de “vadia”.

COMENTÁRIOS ABUSIVOS NÃO SÃO CANTADAS

Comentários sexuais abusivos e ameaçadores não são cantadas. Paquerar alguém pressupõe permissão, reciprocidade. A chave está em uma palavra: consentimento. Assédios sexuais em locais públicos são um problema social. Não tem a ver com “fulano de tal” que é grosseiro, ou aquele outro indivíduo que é machista. Não são casos isolados.
Cada “fiu-fiu” e “meu bem” direcionados à mulheres na rua que não são conhecidas de quem profere o “elogio” é, na verdade, apenas mais um sintoma de uma cultura que incentiva e considera a misoginia (a repulsa, desprezo ou ódio contra às mulheres) algo inofensivo.
E mesmo essa sendo minha opinião pessoal, em um texto assinado por mim contando uma experiência pessoal com todos os viés decorrentes dela, não estou só nessa ideia. Pesquisa divulgada em 2013 aponta que 83% das mulheres brasileiras não gostam das cantadas de rua. A pesquisa feita pelo site Olga, aponta que quase oito mil mulheres responderam o questionário elaborado pela jornalista Karin Hueck, e 99,6% relataram já terem sofrido assédio na rua.
“A gente acha que o machista e o assediador é esse homem sem rosto, esse homem desconhecido que abusa das mulheres nas ruas escuras. Não é. Esses assediadores são pais, são filhos, são profissionais competentes que estão mais perto do que a gente imagina. […] Por quê? Porque o assédio é legítimo culturalmente. Ele é entendido como algo que faz parte do homem. Ele é entendido como algo bom, como flerte. Mas não é”, relata a jornalista Juliana de Faria em sua palestra no TED São Paulo.
Ela é criadora de uma página no Facebook chamada “Chega de Fiu Fiu”, que expõe, entre outras situações, atos que as mulheres deixam de fazer por conta do assédio. Um exemplo disso é que sair de casa vestindo o que quiser, independente do destino e do meio de transporte escolhido, ou então olhar quando alguém lhe chama na rua.
“Ah mas eu sou homem e adoro quando uma mulher me ‘elogia’ na rua”, pode argumentar um. A diferença é que crimes sexuais contra mulheres são estratosfericamente maiores do que em relação aos homens. Numericamente, temos motivos para temer.
É possível, sendo homem, ouvir um “elogio” sem medo de ser perseguido, seguido ou até mesmo violado contra a própria vontade – como ocorre com muitas mulheres.
Em outubro de 2013, a estudante Anne Melo, chegou a ser presa por agentes da Tropa de Choque após ser chamada por um dos policiais de “gostosa”, durante o protesto realizado no centro do Rio de Janeiro.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que a jovem foi detida sob acusação de desacato. Segundo a estudante relatou, depois de receber o suposto “elogio” de um PM que estava na garupa de uma moto do Choque, ela respondeu ao policial de forma “agressiva”. Terminou presa por não ter aceitado a “gracinha” proferida por uma figura de autoridade.

“ASSEDIE A SUA MÃE”

Uma campanha (relembre aqui) realizada pela empresa Everlast do Peru, selecionou homens que, constantemente, assediavam mulheres na rua e localizou suas mães. Decidindo por participar da campanha, elas foram produzidas com acessórios como perucas e vestimentos tornando-as mais jovens e quase irreconhecíveis.
Resultado: foram alvos de cantadas dos próprios filhos. Ao descobrirem a real identidade de quem eles estavam cantando, os assediadores pediram desculpas e alegaram arrependimento e constrangimento. A pergunta que não quer calar: homens que assediam mulheres gostariam que suas mães ou filhas fossem assediadas da mesma forma?



Bandidos roubam cinco veículos em São Luís durante a noite


Cinco veículos foram roubados nas últimas horas, na capital maranhense, de acordo com os plantões de polícia da capital.
O Meriva branco de um taxista foi roubado por dois casais no centro de São Luís, na noite de segunda-feira (24). Os passageiros entraram na avenida Litorânea e, logo, anunciaram o assalto. O motorista foi deixado no local do roubo.
Outro carro foi roubado na avenida dos portugueses, no Anjo da Guarda.
E, ainda, três motocicletas foram tomadas em assaltos nessa noite. No Alto do Turu, Rui de Sousa Lima foi abordado por dois bandidos armados. O segundo caso foi na Salina do Sacavém, onde durante um assalto a uma fábrica de salgados, bandidos tomaram a moto de Lutero Almeida Filho. No bairro Jaracati, Roberto Costa Carvalho foi surpreendidos por dois homens armados que levaram a moto dele.

‘Se escondeu em um momento de pânico’, diz advogado de prefeita


O advogado Carlos Sérgio de Carvalho, que assumiu nesta segunda-feira (24) a defesa da prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (PRB), disse em entrevista ao G1 na madrugada desta terça-feira (25) que a prefeita fugiu num momento de pânico e que pode se apresentar espontaneamente a qualquer momento à Polícia Federal.
A gestora municipal está foragida desde a última quinta-feira (20) quando foi decretada a sua prisão por suspeitas de fraudes em licitações, desvio de dinheiro da merenda escolar e transferências bancárias irregulares.
Segundo o advogado, a decisão de se esconder da polícia não foi premeditada e a prefeita estaria assustada com a repercussão do caso. “Ela é uma jovem de 25 anos e se escondeu em um momento de pânico, sequer sabia exatamente o que estava acontecendo. Teve sorte de não ser localizada até agora”, disse.
Ele considera o caso delicado, porém, acredita que não haja argumentos suficientes para que seja decretada a prisão da prefeita. “Espero que a decisão seja revogada, mesmo porque, ela é absolutamente desnecessária e galgada em elementos produzidos unilateralmente. Esperamos que em pouco tempo os fatos sejam esclarecidos e as responsabilidades de cada um colocadas no seu devido lugar”, explicou Carlos Sergio.
A decisão de se entregara à polícia pode ser tomada a qualquer momento. “A possibilidade de entrega é sempre considerada”, frisou o advogado.
Carlos Sérgio disse ainda que Lidiane Leite estaria “depressiva, doente, ansiosa e sofrendo muito” e que teria consciência da sua responsabilidade.

Interpol
O Superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Alexandre Saraiva,  disse ao G1 nesta segunda-feira (24) que se prefeita Lidiane Leite não se entregar até amanhã, será solicitado que o nome dela seja incluído na lista vermelha da Interpol.
Prefeita ‘Ostentação’
Depois que se tornou prefeita, Lidiane passou a compartilhar fotos da nova rotina nas redes sociais. Nos perfis pessoais, ela escreveu: “Eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem. Beijinho no ombro pros recalcados”. Em outro post, ela diz: “Devia era comprar um carro mais luxuoso pq graças a Deus o dinheiro ta sobrando (sic)”.
Desvios e Afastamento
A polícia investiga transferências de cerca de R$ 1 mil realizadas da conta da prefeitura para a conta pessoal de Lidiane que chegam a R$ 40 mil em um ano. Também foram feitas transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de R$ 200 mil em pouco mais de um ano.
Além da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com “empresas-fantasmas”. Houve duas licitações para reformar 13 escolas, pelas quais a Zabar Produções obteve R$ 1,3 milhão e a Ecolimp recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.
A Justiça do Maranhão havia determinado o afastamento da prefeita por 180 dias em dezembro de 2014, com base no descumprimento da regularização das aulas e do fornecimento de merenda e de transporte escolar em Bom Jardim.