Uma ação conjunta entre as polícias do
Pará e do Maranhão, realizada na madrugada deste sábado (19), resultou na morte
de Jorge Marques Junqueira, o “Manchinha”, suspeito de ser mentor e
participante em assaltos a bancos e empresas de transporte de valores nos dois
estados. Natural de Imperatriz (MA), ele estava no velório da esposa, em
Salinópolis, quando foi surpreendido pelos policiais. Houve troca de tiros.
De acordo com informações do Major
Josemar, comandante da PM em Salinópolis, a ação ocorreu por volta das 3h,
quando os policiais civis e militares chegaram na casa localizada no bairro Bom
Jesus. O Grupo Tático Ostensivo (GTO) da PM deu suporte.
Ao perceber os agentes, Jorge reagiu e
um dos tiros atingiu a clavícula de um investigador da Polícia Civil
maranhense. Após os primeiros socorros, o policial foi transferido para o
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.
O policial será submetido a uma
intervenção cirúrgica. A Diretoria de Atendimento ao Servidor da Polícia Civil
já disponibilizou uma assistente social para acompanhar o investigador no HMUE.
"A ação foi comandada pelo
delegado Fausto Vulcão, titular da delegacia de Salinópolis. Os policiais
cumpriam mandado de prisão preventiva expedida pela Justiça maranhense",
informou o militar.
Jorge foi alvejado e morreu no local.
Uma pistola 380 com dois carregadores foram apreendidos. Pessoas que estavam no
velório foram encaminhadas à delegacia para prestar depoimentos.
O suspeito era alvo de investigação por
ter participado de vários assaltos a agências bancárias, como em São Geraldo do
Araguaia, e também do assalto ocorrido em setembro de 2016 à empresa de
transportes de valores Prossegur, localizada em Marabá.
Jorge Junqueira morava há um mês em
Salinópolis. Por ser foragido da Justiça maranhense, o criminoso não poderia
participar do velório da companheira, em Imperatriz, conhecida como Aline
Lucas. Ela teria morrido de causas naturais. Contudo, segundo informações da
Polícia, comparsas de “Manchinha” teriam transportado o corpo até Salinópolis,
a fim de que ele pudesse velar a esposa, que também teria participado ao
assalto da Prossegur.
ALTA PERICULOSIDADE
Ainda segundo o comandante de polícia
de Salinópolis, Jorge era considerado um criminoso de alta periculosidade tendo
realizado grandes assaltos.
Ele é suspeito de envolvimento no roubo
a uma empresa de transporte de valores, a Prosegur, ocorrido no ano passado, em
Marabá, sudeste paraense. Na ocasião, a quadrilha usou dinamites e explodiu o
prédio da empresa.
Outro assalto que Jorge estaria
envolvido ocorreu no mês de maio deste ano na cidade de São Geraldo do
Araguaia, ocasião em que duas agências foram alvos dos criminosos.