sábado, 19 de agosto de 2017

Mentor de grandes assaltos no Pará e no Maranhão é morto durante velório da esposa

Uma ação conjunta entre as polícias do Pará e do Maranhão, realizada na madrugada deste sábado (19), resultou na morte de Jorge Marques Junqueira, o “Manchinha”, suspeito de ser mentor e participante em assaltos a bancos e empresas de transporte de valores nos dois estados. Natural de Imperatriz (MA), ele estava no velório da esposa, em Salinópolis, quando foi surpreendido pelos policiais. Houve troca de tiros.

De acordo com informações do Major Josemar, comandante da PM em Salinópolis, a ação ocorreu por volta das 3h, quando os policiais civis e militares chegaram na casa localizada no bairro Bom Jesus. O Grupo Tático Ostensivo (GTO) da PM deu suporte.

Ao perceber os agentes, Jorge reagiu e um dos tiros atingiu a clavícula de um investigador da Polícia Civil maranhense. Após os primeiros socorros, o policial foi transferido para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.

O policial será submetido a uma intervenção cirúrgica. A Diretoria de Atendimento ao Servidor da Polícia Civil já disponibilizou uma assistente social para acompanhar o investigador no HMUE.

"A ação foi comandada pelo delegado Fausto Vulcão, titular da delegacia de Salinópolis. Os policiais cumpriam mandado de prisão preventiva expedida pela Justiça maranhense", informou o militar.

Jorge foi alvejado e morreu no local. Uma pistola 380 com dois carregadores foram apreendidos. Pessoas que estavam no velório foram encaminhadas à delegacia para prestar depoimentos.

O suspeito era alvo de investigação por ter participado de vários assaltos a agências bancárias, como em São Geraldo do Araguaia, e também do assalto ocorrido em setembro de 2016 à empresa de transportes de valores Prossegur, localizada em Marabá.

Jorge Junqueira morava há um mês em Salinópolis. Por ser foragido da Justiça maranhense, o criminoso não poderia participar do velório da companheira, em Imperatriz, conhecida como Aline Lucas. Ela teria morrido de causas naturais. Contudo, segundo informações da Polícia, comparsas de “Manchinha” teriam transportado o corpo até Salinópolis, a fim de que ele pudesse velar a esposa, que também teria participado ao assalto da Prossegur.

ALTA PERICULOSIDADE

Ainda segundo o comandante de polícia de Salinópolis, Jorge era considerado um criminoso de alta periculosidade tendo realizado grandes assaltos.

Ele é suspeito de envolvimento no roubo a uma empresa de transporte de valores, a Prosegur, ocorrido no ano passado, em Marabá, sudeste paraense. Na ocasião, a quadrilha usou dinamites e explodiu o prédio da empresa.


Outro assalto que Jorge estaria envolvido ocorreu no mês de maio deste ano na cidade de São Geraldo do Araguaia, ocasião em que duas agências foram alvos dos criminosos.