quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Polícia prende suspeito de matar criança com tiro no Réveillon em SP


Na última terça-feira (2), a polícia prendeu um suspeito de ser o autor do disparo que matou uma criança durante o Réveillon em São Paulo.  Arthur Aparecido Bencid Silva,  de 5 anos, foi vítima de uma bala perdida.
O suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada, está detido no 89º DP (Distrito Policial), no Morumbi, onde o caso foi registrado.
Segundo informações, após tomar o depoimento do suspeito, o delegado deverá pedir a prisão dele à Justiça. Uma das principais linhas de investigação é que ele tenha dado tiros para o alto para comemorar o Ano-Novo. O projétil que matou a criança não a teria atingido em uma trajetória direta, mas sim após ganhar altitude e cair.
A criança foi atingida quando brincava com bolhas de sabão no quintal da casa onde a família comemorava o Ano-Novo. Pouco depois da meia-noite, ele caiu no chão de forma misteriosa. A família disse não ter percebido barulho de tiro por causa de fogos de artifício. Somente no hospital os familiares do menino foram informados que ele havia sido baleado.
O suspeito prestava depoimento na noite desta terça-feira (2)  no 89º DP acompanhado de seu advogado.
O delegado Antônio Monteiro informou que o o laudo necroscópico realizado pela polícia, que ficou pronto no fim da tarde desta terça-feira (2), aponta que o menino foi atingido por um projétil na parte superior da cabeça.
O laudo ainda apontou, segundo o delegado, que a bala era provavelmente de calibre 38. Essa informação ainda será confirmada após um exame de balística, a ser realizado pelo Instituto de Criminalística.
A polícia vinha trabalhando com duas linhas de investigação. Em uma delas, levantada pela família, o suspeito teria passado na porta da casa, atirando para o alto, em comemoração à virada do ano.
“A gente não descarta essa possibilidade de que, na comemoração, alguém atirou para o alto. Esse projétil pode ter caído e, com a velocidade que ele caiu, pode ter perfurado a cabeça do Arthur. É uma possibilidade”, disse o delegado.
A outra hipótese, segundo Monteiro, é de que o disparo não tenha acontecido na frente da casa, mas sim de um lugar “um pouco mais distante”, como “uma casa assobradada, um prédio”.

Após a prisão do suspeito, a polícia não deu mais detalhes de onde o tiro teria partido.

TEMER VETA VERBA EXTRA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA


Revista Fórum - Michel Temer sancionou, nesta terça-feira (2), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, com um veto: a verba complementar de R$ 1,5 bilhão ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O texto será publicado nesta quarta (3), no Diário Oficial da União.
A ampliação de recursos estava prevista em duas emendas apresentadas pelos parlamentares durante a votação do orçamento, no Congresso. Segundo o Planalto, Temer vetou o repasse extra, lembrando que o Fundo já tinha sido contemplado com aumento de cerca de R$ 14 bilhões, em relação a 2017.
A proposta aprovada pelo Congresso contabiliza uma série de medidas de ajuste, que ainda não foram aprovadas pelos parlamentares e que podem deixar um buraco de R$ 21,4 bilhões nas contas deste ano. Para atender aos inúmeros pedidos dos parlamentares, o relator-geral do Orçamento de 2018, deputado Cacá Leão (PP-BA), fez cortes em uma série de despesas propostas pelo Poder Executivo, incluindo programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Esses recursos, que totalizaram cerca de R$ 5,3 bilhões, foram remanejados para atender às demandas das bancadas, que queriam contemplar suas bases eleitorais, sobretudo em ano de campanha. Só no MCMV, a perda foi de cerca de R$ 1 bilhão. O corte foi considerado necessário pelos parlamentares, porque o projeto chegou ao Legislativo com uma folga de apenas R$ 170 milhões para o teto de gastos do ano que vem, deixando pouca margem de manobra.

O governo deve enfrentar dificuldades para equilibrar o Orçamento de 2018. Hoje, existe uma “folga” de aproximadamente R$ 2 bilhões, já que o déficit projetado (R$ 157 bilhões) está abaixo do rombo de R$ 159 bilhões permitido pela meta fiscal. Um espaço insuficiente para compensar qualquer frustração nas medidas de arrecadação ou um eventual aumento de gastos.