Na
última terça-feira (2), a polícia prendeu um suspeito de ser o autor do disparo
que matou uma criança durante o Réveillon em São Paulo. Arthur Aparecido
Bencid Silva, de 5 anos, foi vítima de uma bala perdida.
O suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada, está detido
no 89º DP (Distrito Policial), no Morumbi, onde o caso foi registrado.
Segundo informações, após tomar o depoimento do suspeito, o
delegado deverá pedir a prisão dele à Justiça. Uma das principais linhas de
investigação é que ele tenha dado tiros para o alto para comemorar o
Ano-Novo. O projétil que matou a criança não a teria atingido em
uma trajetória direta, mas sim após ganhar altitude e cair.
A criança foi atingida quando brincava com bolhas de sabão no
quintal da casa onde a família comemorava o Ano-Novo. Pouco depois da
meia-noite, ele caiu no chão de forma misteriosa. A família disse não ter
percebido barulho de tiro por causa de fogos de artifício. Somente no
hospital os familiares do menino foram informados que ele havia sido baleado.
O suspeito prestava depoimento na noite desta terça-feira
(2) no 89º DP acompanhado de seu advogado.
O delegado Antônio Monteiro informou que o o laudo
necroscópico realizado pela polícia, que ficou pronto no fim da tarde desta terça-feira
(2), aponta que o menino foi atingido por um projétil na parte superior da
cabeça.
O laudo ainda apontou, segundo o delegado, que a bala era
provavelmente de calibre 38. Essa informação ainda será confirmada após um
exame de balística, a ser realizado pelo Instituto de Criminalística.
A polícia vinha trabalhando com duas linhas de
investigação. Em uma delas, levantada pela família, o suspeito
teria passado na porta da casa, atirando para o alto, em comemoração à
virada do ano.
“A gente não descarta essa possibilidade de que, na comemoração,
alguém atirou para o alto. Esse projétil pode ter caído e, com a velocidade que
ele caiu, pode ter perfurado a cabeça do Arthur. É uma possibilidade”, disse o
delegado.
A outra hipótese, segundo Monteiro, é de que o disparo não tenha
acontecido na frente da casa, mas sim de um lugar “um pouco mais distante”,
como “uma casa assobradada, um prédio”.
Após a prisão do suspeito, a polícia não deu mais detalhes de
onde o tiro teria partido.