sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Encapetadas, mulheres seduzem, dopam agentes e 28 presos fogem


Pelo menos 28 detentos fugiram da Cadeia Pública de Nova Mutum, no Mato Grosso (269 km de Cuiabá), durante a madrugada desta quinta-feira (5).
A Polícia Civil confirmou que os dois agentes prisionais que estavam de plantão foram dopados por duas mulheres o que resultou na fuga em massa dos detentos da unidade.
A delegada responsável pelo caso, Angelina de Andrade Ferreira, contou que uma das mulheres é namorada de um dos presos e teria ido até à cadeia acompanhada de uma amiga, com bebidas alcoólicas para entregar ao companheiro.
Depois da entrega, elas teriam ficado na frente da unidade prisional conversando com os agentes, que foram dopados por alguma substância química ainda não identificada pela polícia. A delegada informou que os agentes foram negligentes quanto à guarda dos presos.
“O plano era seduzi-los. Elas deram algo para os agentes beberem e depois abriram a grade central de acesso às celas internas”, explicou. O diretor da cadeia juntamente com os dois agentes prisionais foram presos e vão responder por facilitação qualificada de fuga de presos, sob sua custódia, e peculato culposo pela subtração de armamento da cadeia. Há suspeita de que os agentes fizeram uso de bebidas durante o expediente.

O autor do plano seria o detento Bruno Ojeda Amorim, que responde por crimes de roubo, tentativa de homicídio, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. O suspeito, em posse da chave repassada pela namorada, abriu as cinco celas da unidade, dando fuga aos reeducando.
Da cadeia, os detentos também furtaram três espingardas calibre 12, dois revólveres calibre 38 e várias munições. Uma espingarda foi recuperada e oito dos 28 presos foram recapturados até o momento.
O balanço foi divulgado pela Secretaria de estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), responsável por gerir o sistema prisional de Mato Grosso.
Os fugitivos respondem crimes como homicídio, formação de quadrilha, roubo, assalto à mão armada, extorsão e tráfico de drogas, entre outros. Buscas continuam sendo realizadas para localizar o restante dos foragidos. O caso está sendo investigado.



POR QUE FHC NÃO INVESTIGOU A DENÚNCIA DE PAULO FRANCIS?

Por Paulo Moreira Leite.
Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.
A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro — e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.
A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que “todos os diretores da Petrobras têm conta lá.” Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: “olha que isso dá processo…” Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.
E a denúncia?
Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os “mais altos hierarcas”, eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.
Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?
Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.
Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.
Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um “procedimento licitatório simplificado da Petrobrás”. O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.
Mas o procedimento “simplificado” está na origem intelectual do hoje célebre “clube das empreiteiras,” denunciado em tom de escândalo.
Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do “clube das empreiteiras” mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.
Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional — que justifica sua existência — diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.
A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.
Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada — e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.
Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).
Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.

A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.

Dono de corda que enforcou Sadam rejeita R$ 19 milhões


Uma dupla de empresários do Kuwait está disposta a desembolsar R$ 19 milhões para ter a corda usada na execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.
O objeto pertence ao ex-conselheiro de segurança do governo iraquiano Mowaffak al-Rubaie, que recusou a proposta. As informações são do Daily Mail.

Al-Rubaie foi o responsável por conduzir Saddam até o local de sua execução. Atualmente, ele guarda a corda, como um objeto de museu, na sala de sua casa, em Bagdá, na capital do Iraque. Quem chega ao local, vê o cabo enrolado pelo pescoço de um busto do ex-ditador, feito em bronze.

Assaltante morto a tiro e irmão é baleado em escola


Um homem foi morto a tiros e o irmão de 17 anos foi alvejado e encaminhado para o hospital Djalma Marques, o Socorrão I, na Vila Mauro Fecury na tarde de hoje (06). As vítimas seriam assaltantes da área e estariam roubando alunos.
Guilherme Santana Sampaio morreu ainda no local e teve o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Curiosos se aglomeraram no local.

Uma dupla em um carro teria efetuado os disparos, a polícia trabalha com a hipótese de acerto de contas. Ninguém foi preso até o momento.

Corpo encontrado dentro de escola em Imperatriz


O corpo de um rapaz, identificado como Wanderson, com idade entre 18 e 20 anos foi encontrado nesta quinta-feira (05) dentro de uma escola abandonada no bairro Nova Imperatriz, em Imperatriz.

A Polícia Militar foi acionada e encontrou o cadáver na escola Pedro Ferreira.  Disparos foram ouvidos antes do corpo ser encontrado. Não há informações sobre quem seria o autor dos disparos. 

Mais de 125 milhões de meninas e mulheres sofreram mutilação genital


Mais de 125 milhões de meninas e mulheres foram submetidas a alguma forma de mutilação genital e a cada ano três milhões mais estão em risco de sofrer uma intervenção similar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, a OMS lembrou que esta prática é comum, particularmente na África oriental e ocidental, mas também está presente em partes da Ásia e em determinadas regiões do Golfo Pérsico.
As maiores taxas são encontradas em Somália, Guiné, Djibuti e Egito.
Um especialista do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS, Lale Say, disse que as correntes migratórias provocam um aumento da prevalência da mutilação genital feminina na Europa, Estados Unidos, Austrália e Canadá.
Lale disse que as mulheres que sofreram tal mutilação vivem em, pelo menos, 13 países europeus.
As estimativas são muito variadas e dos poucos dados que se conseguiram reunir surge que uma grande parte acontece no Reino Unido, com 65 mil casos, embora este número provenha de informações que datam de 2007.
Dados mais recentes da Hungria, de 2012, indicam que neste país há entre 170 e 300 mulheres que passaram por um tipo de mutilação genital.
Entre os países afetados pela epidemia do ebola, Guiné e Serra Leoa se destacam entre os que contam com maiores taxas de mutilação genital feminina, com 97% e 90%, respectivamente.
O assessor em questões de proteção do Escritório Regional do Unicef na África central e ocidental, Andy Brooks, disse hoje que o ebola criou uma situação propícia à redução dessa prática contrária aos direitos humanos.
Brooks mencionou que o Governo de Serra Leoa fez um apelo para proibir temporariamente essa prática no contexto da epidemia.
Do que se trata agora, explicou, é como aproveitar este momento e conseguir o apoio das autoridades e comunidades para que essa proibição se transforme em uma medida de longo prazo.
Brooks disse que na Guiné cresce também uma corrente que se opõe à mutilação, em parte porque um terço delas são feitas em centros de saúde, aos quais o povo tem medo de procurar.
"Com o ebola, a população resiste a ir às clínicas e hospitais, que o povo associa ao contágio do ebola, provavelmente fazendo com que o número das mutilações tenha diminuído", assinalou Brooks.
A sensibilização realizada também fez as comunidades entenderem que a operação em si possa se transformar em vetor do vírus.


Autorizado reajuste na bandeira tarifária da energia


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou proposta que aumenta em até 83% os valores da recém-criada bandeira tarifária que, desde 1º de janeiro vem sendo cobrada nas contas de luz para repassar, ao consumidor, o aumento de custos de geração para o setor de energia elétrica.
Com isso, os preços para a bandeira amarela passarão dos atuais R$1,50 por 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 2,50 – aumento de 67%.
No caso da bandeira vermelha, a tarifa passará de R$ 3 para R$ 5,50: aumento de 87%. Não há cobrança no caso da bandeira verde. Consumidores do Amazonas, do Amapá e de Roraima também não pagam a taxa.
Por meio da bandeira tarifária, que adota as cores verde, amarelo e vermelho, o consumidor pode saber, a cada mês, se está pagando mais caro pela energia que gasta.

A proposta será discutida em audiências públicas previstas para o período de 9 a 20 de fevereiro na Aneel. Caso não haja alteração no texto, os novos valores começarão a vigorar a partir de 1º de março. 

Falta de água pode prorrogar horário de verão


O governo federal estuda a possibilidade de prorrogar o horário de verão previsto para acabar 22 de fevereiro  em 10 estados das regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e no Distrito Federal.
O motivo é a atual crise do setor elétrico e o nível de chuva abaixo do esperado nos últimos meses. O prazo seria estendido por mais um mês, segundo informou o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga. O ho´rario de verão estão em vigor desde o dia 19 de outubro.

A Agência Nacional de Energia Elétrica confirmou que o custo extra da bandeira tarifaria vermelha vai subir de R$ 3 a R$ 5,50 para cada 100 KW/h consumido. O aumento vai entrar em vigor em 1º de março, após discussão em audiência pública.