Durante a “Operação Tarim
2”, que ocorreu entre os dias 1º a 8 deste mês, as polícias Civil e Militar
realizaram a destruição de aproximadamente 170 mil pés de maconha em quatro
municípios maranhenses, na região do Alto Turi. As equipes ainda prenderam um
fazendeiro, de nome José Ribamar Silva Ribeiro, como suspeito de financiar
roças da erva.
Como informado pelo
delegado Danilo Veras, que integra a Superintendência Estadual de Repressão ao
Narcotráfico (Senarc), 32 pessoas participaram da operação, que contou, ainda,
com a atuação de homens do Centro Tático Aéreo (CTA) e da Polícia Militar.
Primeiramente, revelou ele, foi realizado um mapeamento prévio da área, com a
localização de 13 plantações de maconha nas cidades de Centro do Guilherme,
Maracaçumé, Centro Novo e Lago do Junco.
As
roças, conforme o delegado, estavam camufladas no meio da vegetação, na mata
densa, o que dificultou o trabalho das equipes, que não puderam fazer a incursão
direta por terra, devido às dificuldades do relevo e da flora. Nesse sentido,
os policiais chegaram aos trechos mapeados em dois helicópteros do CTA. Em
Centro do Guilherme, de imediato, roças com 30 mil pés de maconha foram
encontradas e incendiadas pelos investigadores e militares.
Em muitos locais, os policiais
fizeram vistorias, pois algum suspeito poderia estar escondido na mata. Embora
nenhum criminoso tenha sido localizado, os bandidos deixaram armadilhas
chamadas de “bufetes”, que são armas de fogo artesanais encaixadas em cordão de
tropeço, que são muito utilizadas na caça de animais. Sargento César Pereira,
do CTA, comentou que, no decorrer das diligências, houve a prisão de José
Ribamar, o “José Riba”, dono de uma fazenda em Centro do Guilherme. Ele
gerenciava as plantações e até contratava pessoas para trabalhar nas roças.
O delegado Danilo Veras disse
que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Centro do Guilherme e em
outros municípios, e que trabalhadores foram encontrados nos locais. Em quatro
dias de operação, foram destruídos quase 170 mil pés de maconha. Esta já é
considerada a maior apreensão de maconha nos últimos dez anos, nas palavras do
delegado Carlos Alessandro, titular da Senarc, sendo que as plantações serviam
para abastecer cidades como Zé Doca, Santa Inês, Pinheiro e Viana. Assim como
regiões do estado do Pará.
O
titular da Senarc pontuou que, além da erradicação da maconha, os policiais
recolheram oito armas de fogo de fabricação artesanal e uma quantia em dinheiro
no valor de R$ 12.700 mil. De acordo com avaliação dele, o prejuízo estimado
aos criminosos girou em torno de R$ 13 milhões.