terça-feira, 9 de maio de 2017

Operação destrói quase 170 mil pés de maconha no interior do Maranhão


Durante a “Operação Tarim 2”, que ocorreu entre os dias 1º a 8 deste mês, as polícias Civil e Militar realizaram a destruição de aproximadamente 170 mil pés de maconha em quatro municípios maranhenses, na região do Alto Turi. As equipes ainda prenderam um fazendeiro, de nome José Ribamar Silva Ribeiro, como suspeito de financiar roças da erva.
Como informado pelo delegado Danilo Veras, que integra a Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), 32 pessoas participaram da operação, que contou, ainda, com a atuação de homens do Centro Tático Aéreo (CTA) e da Polícia Militar. Primeiramente, revelou ele, foi realizado um mapeamento prévio da área, com a localização de 13 plantações de maconha nas cidades de Centro do Guilherme, Maracaçumé, Centro Novo e Lago do Junco.

As roças, conforme o delegado, estavam camufladas no meio da vegetação, na mata densa, o que dificultou o trabalho das equipes, que não puderam fazer a incursão direta por terra, devido às dificuldades do relevo e da flora. Nesse sentido, os policiais chegaram aos trechos mapeados em dois helicópteros do CTA. Em Centro do Guilherme, de imediato, roças com 30 mil pés de maconha foram encontradas e incendiadas pelos investigadores e militares.
Em muitos locais, os policiais fizeram vistorias, pois algum suspeito poderia estar escondido na mata. Embora nenhum criminoso tenha sido localizado, os bandidos deixaram armadilhas chamadas de “bufetes”, que são armas de fogo artesanais encaixadas em cordão de tropeço, que são muito utilizadas na caça de animais. Sargento César Pereira, do CTA, comentou que, no decorrer das diligências, houve a prisão de José Ribamar, o “José Riba”, dono de uma fazenda em Centro do Guilherme. Ele gerenciava as plantações e até contratava pessoas para trabalhar nas roças.
O delegado Danilo Veras disse que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Centro do Guilherme e em outros municípios, e que trabalhadores foram encontrados nos locais. Em quatro dias de operação, foram destruídos quase 170 mil pés de maconha. Esta já é considerada a maior apreensão de maconha nos últimos dez anos, nas palavras do delegado Carlos Alessandro, titular da Senarc, sendo que as plantações serviam para abastecer cidades como Zé Doca, Santa Inês, Pinheiro e Viana. Assim como regiões do estado do Pará.
O titular da Senarc pontuou que, além da erradicação da maconha, os policiais recolheram oito armas de fogo de fabricação artesanal e uma quantia em dinheiro no valor de R$ 12.700 mil. De acordo com avaliação dele, o prejuízo estimado aos criminosos girou em torno de R$ 13 milhões.

Brasil é país que registra mais assassinatos no mundo


Uma pesquisa do Instituto Igarapé (ONG do Rio de Janeiro) revelou que o Brasil é o país que mais registra homicídios no mundo inteiro,  com 60 mil mortes por ano. Uma em cada 10 pessoas assassinadas no mundo é brasileira.
Dentre as principais causas do alto índice de mortes, o Instituto destaca a desigualdade, o desemprego — especialmente entre os jovens — a baixa escolaridade, a urbanização rápida e irregular, drogas ilícitas e armas. Além disso, há questões de caráter político: A não priorização dos diferentes níveis de governo, a impunidade, resultado da baixa taxa de investigação e elucidação dos crimes.
Os dados também mostraram que a América Latina concentra 8% da população mundial e responde por 38% das mortes violentas. São 144 mil assassinatos por ano. Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Venezuela são os principais países, além do Brasil, no quadro de violência no continente latino.
Na tentativa de mudar a realidade de violência na região, foi lançada nesta segunda-feira (8) a campanha Instinto de Vida, uma aliança de 30 organizações da sociedade civil da América Latina, que defende reduzir os homicídios na região em 50% nos próximos 10 anos. A campanha tem sete países prioritários, entre eles, o Brasil. A meta é ter uma diminuição anual de 7%. Diminuir a violência à metade em uma década significa salvar 365 mil vidas, sendo 180 mil delas no Brasil.
Para cumprir o objetivo, as estratégias passam pela elaboração de um  guia de políticas públicas que deves estar compondo planos nacionais, estaduais e municipais de redução de homicídios. Em outra vertente, a campanha vai trabalhar com a sociedade e organizações de mobilização, no esforço de desbanalizar a questão dos homicídios e orientar os cidadãos a cobrar investimento e a implementação dos planos de combate à violência.
América Latina 
8% da população mundial
38% dos homicídios globais
Brasil
60 mil assassinatos por ano ano
1 em cada 10 pessoas assassinadas no mundo é brasileira
Metas da Campanha Instinto de Vida
 Em 10 anos, reduzir homicídios em 50%

Queda anual de 7%