quinta-feira, 14 de julho de 2016

Delegados da PF são presos na Operação Inversão


Julia Affonso e Fausto Macedo
O Estado de São Paulo

Habituada a prender empresários, doleiros e servidores públicos de vários órgãos públicos por corrupção e fraudes, a Polícia Federal agiu dentro de sua própria casa nesta quinta-feira, 14, ao deflagrar a Operação Inversão que culminou com a prisão de dois agentes da corporação por suspeita de envolvimento em um esquema de propinas na área previdenciária.

Foram presos os delegados da PF Ulisses Francisco Vieira Mendes, ex-chefe da Deleprev, hoje aposentado, Rodrigo Cláudio de Gouvea Leão e Carlos Bastos Valbão, da mesma delegacia.

A Inversão cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, 4 de condução coercitiva e 13 de prisão preventiva, todos na capital paulista e na Grande São Paulo.
A pedido da PF, um quarto policial foi afastado preventivamente de suas atividades por ordem da 9.ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O inquérito foi aberto em agosto de 2015. De acordo com a Federal, a corporação foi informada que, após investigação para apurar crimes previdenciários, policiais federais teriam solicitado propina ‘para deixar de agir em desfavor de determinadas pessoas’.



A PF informou que os investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva. Os presos estão na sede da PF em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça.

PF combate extração e comércio ilegais de madeira em reservas indígenas


A Polícia Federal, em conjunto com o IBAMA e o Ministério Público, deflagrou nesta manhã (14/7) a Operação Hymenaea*, com o objetivo de combater grupo criminoso ligado à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal, provenientes da Terra Indígena Caru** e da Reserva Biológica do Gurupi.
Mais de 300 policiais federais, apoiados por servidores do IBAMA e por policiais do BOPE de Brasília e do Rio de Janeiro, estão dando cumprimento a 77 medidas judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e apreensão, bem como à suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras, nas cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Açailância, Zé Doca, Alto Alegre do Pindaré, Bom Jardim, Governador Nunes Freire, todas no estado do Maranhão. No Rio Grande do Norte: Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Capuí no estado do Ceará.
A organização criminosa atuava extraindo ilegalmente madeira das reservas indígenas. Esse material era “esquentado” por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada das áreas protegidas. Um membro da quadrilha era o responsável por emitir documentos destinados a microempresas laranjas, cadastradas como construtoras em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte. Essa manobra servia para desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste brasileiro.
Os desmatamentos causaram danos ambientais gigantescos no último reduto da floresta amazônica na região nordestina. A organização criminosa fazia o corte seletivo de madeira nobre e espécies ameaçadas de extinção, de forma a acobertar o crime sob a copa das árvores de menor valor monetário. Segundo estimativas, o grupo teria movimentado valores da ordem de R$ 60 milhões.
As autoridades sequestraram mais de R$ 12 milhões de diversas pessoas físicas e jurídicas. Esses valores são provenientes da lavagem do dinheiro auferido com a extração ilegal da madeira.
Os investigados responderão por crimes como participação em organização criminosa, lavagem de capitais, roubo de bens apreendidos, obstar a fiscalização ambiental, desmatamento na Terra Indígena Caru, desmatamento na Reserva Biológica do Gurupi, receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, corrupção ativa, tráfico de influência, dentre outros.

Será concedida entrevista coletiva, às 11h, na delegacia de Polícia Federal, em Imperatriz. Avenida Imperatriz s/n, quadra 10, lote 10 A, Parque Planalto.

Criança leva tiro durante tentativa de assalto na Cohab


Uma tentativa de assalto deixou uma criança e mais dois criminosos baleados, no bairro da Cohab, na manhã desta quinta-feira (14).
Segundo informações repassadas pela assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), três assaltantes tentaram roubar celulares em uma loja, mas dois deles acabaram alvejados e presos: Alex Pires Ferreira e Richarlisson Ferreira Correia. Um conseguiu fugir.
O gerente da loja, Marcos Sousa, contou à reportagem da Mirante AM, que eles o obrigaram a colocar celulares dentro de uma mochila. Em seguida, houve troca de tiros entre a polícia e os bandidos, e dois deles foram baleados. A dupla e a criança, alvejada nas pernas, foram socorridos.

Foram apreendidas três armas de fogo e um carro Kia Soul, de placa NWW-0014, utilizado pelos bandidos.