Estão matando
o RIO MEARIM aos poucos de forma perversa e cruel sem si quer dar chance de
reação.
Internautas denunciam
a exploração das águas do rio por produtores agrícolas em suas plantações de
arroz no sistema de irrigação entre os municípios de Vitória do Mearim e Arari.
O problema não esta no simples uso desta água que é fundamental para a produção
de alimento. O grande problema é que essa exploração é feita de forma
irregular, sem nem um critério técnico ou autorização dos órgãos ambientais. Tudo
é feito por conta própria e de maneira aleatória, sem o devido critério para
uso apropriado.
A mata
ciliar sempre é roçada da margem do rio, para que canais sejam abertos, em
muitos casos leitos dos igarapés são usados para que a água chegue às
plantações, e geralmente são feitas barragens nestes igarapés o que leva a sua
morte.
O mais grave
é o uso de agrotóxico que sempre é despejado no leito do rio através destes
canais com o movimento das marés, o que explica o desaparecimento do pescado e
outras espécies originarias deste ecossistema.
Ao longo dos
anos esta agressão vem sendo feita de forma continua não apenas por produtores
de arroz, mais também pela própria população que descarta lixo e dejetos no
leito do rio.
Além da agressão
ao rio por parte da mineradora VALE. No ano de 2012 uma ponte construída sobre
o rio desabou causando um grande prejuízo ambiental, com o derramamento de combustível
no leito do rio, além da total interdição do mesmo impedindo inclusive a navegação,
o que provocou um grande prejuízo aos pescados que não podiam navegar em busca
do pescado para sustento de suas famílias.
O desequilíbrio
é tão notório o do rio esta tomado por uma alga que conhecemos como mururu vem
ocupando todo leito o que torna difícil a navegação e exploração da pesca.
Será o
Mearim se auto protegendo?
É preciso
que as autoridades, poder executivo, legislativo, judiciário, ministério
publico, IBAMA, junto com a população se unam e socorram o rio mearim que
bravamente resiste, mais esta perdendo essa batalha e pede socorro pois não
sabemos ate quando ele resistira.
A bacia hidrográfica do
rio Mearim é a maior do Maranhão e ocupa 29,84% da área total do estado –
aproximadamente 99.058 quilômetros quadrados – em 83 municípios, que juntos
somam 1.681.307 habitantes – o que representa 25,6% da população maranhense,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O rio Mearim, com 930 quilômetros de extensão, nasce na serra da
Menina, entre os municípios de Formosa da Serra Negra, Fortaleza dos Nogueiras
e São Pedro dos Crentes – em altitude entre 400 e 500 metros aproximadamente –
e deságua na baía de São Marcos, entre a capital São Luís e o município de
Alcântara. Na foz do Mearim encontra-se a maior área contínua de mangues do
país – uma área de aproximadamente 30 mil hectares, conhecida como ilha dos
Caranguejos.
Assim como o rio Itapecuru, outro genuinamente maranhense, o
Mearim é considerado um dos mais importantes do estado. O rio está dividido em
três trechos principais: Alto, Médio e Baixo Mearim. O Alto Mearim, com cerca
de 400 quilômetros de extensão, compreende o trecho entre as cabeceiras e a
barra do rio das Flores. O Médio Mearim alcança o trecho entre a barra do rio
das Flores e o Seco das Almas, com aproximadamente 180 quilômetros de extensão.
Já o Baixo Mearim estende-se do trecho entre o Seco das Almas e a foz na baía
de São Marcos – em cerca de 170 quilômetros de extensão.
Os principais afluentes do rio Mearim são os rios Pindaré e
Grajaú. O primeiro deságua a cerca de 20 quilômetros da foz do Mearim, enquanto
o segundo flui por meio do canal do Rigô encontrando o rio Mearim na área do
Golfão Maranhense.
Dos 83 municípios que
integram a bacia do Mearim, 65 possuem sedes localizadas dentro dela, onde 50
municípios estão totalmente inseridos na bacia. De acordo com o IBGE, a
população urbana da bacia hidrográfica do rio Mearim é formada por 872.660
pessoas, enquanto a população rural é de 808.647 habitantes, ou seja, 48,1% da
população da bacia. Os municípios mais populosos são Bacabal, Barra do Corda,
Grajaú, Lago da Pedra, Presidente Dutra, Vitória do Mearim e Zé Doca.