quarta-feira, 6 de junho de 2018

TEMER REDUZ AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO

Em mais um golpe contra os trabalhadores, aposentados e pensionistas, o governo de Michel Temer, rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, reduziu a previsão de aumento do salário mínimo para 2019; em nota técnica do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano, Temer reduziu o reajuste previsto de R$ 1002, feita em abril, para R$ 998; valor atual do salário mínimo é de R$ 954 e serve de referência para cerca de 45 milhões de pessoas; com a nova previsão, o governo estima que vai deixar de gastar R$ 1,21 bilhão em 2019

247 - O governo de Michel Temer, rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, reduziu a previsão de aumento do salário mínimo para 2019. Em nota técnica do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano, divulgada pela Comissão Mista de Orçamento, o governo reduziu a previsão de reajuste de R$ 1002, feita em abril para R$ 998. 
O valor atual do salário mínimo é de R$ 954 e serve de referência para cerca de 45 milhões de pessoas. A revisão na estimativa para o salário mínimo em 2019 ocorre porque o governo revisou de 3,8% para 3,3% sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2018 - que é utilizado como referência para correção do salário mínimo no ano que vem.
Com a nova previsão, o governo estima que vai deixar de gastar R$ 1,21 bilhão em 2019. Isso porque, para cada R$ 1 de aumento, há o impacto de R$ 303,9 milhões em despesas, sendo R$ 243 milhões apenas nos gastos do INSS (previdência do setor privado).

No Ceará, 'Serial killers' mataram 4 pessoas em 'ritual satânico' para ganhar na Mega-Sena


A Polícia Civil concluiu que as quatro pessoas achadas mortas na zona rural de Iguatu, no interior do Ceará, foram vítimas de "serial killers psicopatas" que fizeram "ritual satânico" para que eles obtivessem os números para ganhar o prêmio da Mega-Sena. Um dos suspeitos desejava também ter "poderes divinos", mulheres e "poder para desafiar qualquer um", afirmou o delegado da Polícia Civil Marcos Sandro Lira, nesta segunda-feira (4), ao divulgar sobre a conclusão das investigações.

As vítimas eram quatro pessoas que estavam desaparecidas desde o ano passado. "Eles escolhiam aleatoriamente. Eram serial killers psicopatas que se fingiam de religiosos para se infiltrar na sociedade. Eles escolhiam pessoas frágeis psicológica e emocionalmente, mas se [a vítima] fosse alguém que tinha alguma rixa com eles, era um alvo preferencial", diz Sandro Lira.

Dois suspeitos, Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva, foram presos; um adolescente suspeito de participação nos crimes foi encontrado morto durante as investigações. Conforme a Polícia Civil, o jovem cometeu suicídio.
Segundo o delegado, eles atraíam pessoas até o sítio Canto, no distrito de Suassurana, onde os "adeptos do satanismo" realizam rituais macabros.

"Lá eles colocavam um pano cobrindo a cabeça da vítima, pediam para eles se concentrarem, pensarem no número da Mega-Sena, aí chegava um por trás e dava um tiro na nuca. As quatro vítimas foram mortas dessa forma."

Os dois vão responder por homicídio, corrupção de menor, ocultação de cadáver e vilipêndio de cadáver.


Covas e rituais

Ainda conforme Sandro Lira, os suspeitos deixavam uma cova preparada e escolhiam a vítima para realização dos rituais.

"Eles simplesmente pensavam quem eles iriam matar naquele dia, podia ser um mendigo, alguém que eles prometiam dinheiro, festas", afirma o policial.
A polícia chegou aos suspeitos após a morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier; depois de cinco dias desaparecido, a polícia identificou um vídeo de câmeras de segurança da vítima na companhia de Gleudson Dantas, apontado como o líder da seita.

Após a prisão e interrogação do suspeito, os policiais e Corpo de Bombeiro localizaram mais três cadáveres no sítio. "Um deles [dos suspeitos presos], o Roberto, fala em arrependimento, diz que os rituais não estavam resultando em nada na vida dele. Já os outros dois, se não tivessem sido presos, iriam continuar matando com certeza. O menor de idade queria matar, ele sentia prazer em matar", afirma o delegado. 

Parte dos cadáveres eram usados para "ornamentar" um "altar satânico", que era usado em rituais macabros. Os membros da seita acreditavam que, com os homicídios, conseguiram os números para vencer na Mega-Sena.

"Eles diziam que o espírito das pessoas [assassinadas] estava aprisionado naquele sítio e que os espíritos fariam o que eles quisessem, inclusive iriam dar o número para vencer na Sena."

Ainda conforme o policial, o três já haviam preparado uma cova "enorme" para matar e sepultar três mulheres. "Eles tentaram atrair as mulheres com bebedeiras, mas nunca conseguiram. Depois tentaram dois rapazes, que por sorte viajaram para Fortaleza e não puderam ir à festa. Foi quando eles tiveram a chance de atrair o Jheyderson, que infelizmente foi uma das vítimas", afirma o policial.

Os policiais seguem realizando buscas no sítio. "Não sabemos se eles mataram mais pessoas, a certeza de que temos é que eles mataram quatro pessoas que estavam desaparecidas, mas não podemos descartar nenhuma hipótese", conclui o policial Sandro Lira.