quarta-feira, 31 de maio de 2017

Delegado que apurava morte de Teori é morto com outro colega em SC


Dois delegados da Polícia Federal do Rio morreram em Florianópolis, Santa Catarina, na madrugada desta quarta-feira. Elias Escobar, de 60 anos, e Adriano Antônio Soares, de 46, estavam na cidade para um curso da instituição. De acordo com a PF, um desentendimento entre os policiais e o empresário Nilton César Souza Júnior, de 36 anos, deu início a uma troca de tiros, e os dois morreram baleados. Júnior está internado na UTI de um hospital da região.
Adriano Antonio Soares era delegado-chefe da Polícia Federal em Angra dos Reis desde 2009. Em janeiro, ele abriu o inquérito sobre o acidente aéreo que causou a morte do ministro Teori Zavascki, então relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Soares decretou o sigilo da apuração.
Já Elias Escobar era chefe da Polícia Federal em Niterói até março deste ano. Antes, havia trabalhado em Volta Redonda, no interior do estado, por dois anos. Ele comandou a investigação que resultou na prisão de oito policiais civis por envolvimento em tráfico de drogas e extorsão no sul do estado, em Minas Gerais e São Paulo, em 2014.
— Estamos ouvindo testemunhas para entender as circunstâncias. Houve um desentendimento entre os três, um empresário da cidade foi hospitalizado. Eles não se conheciam. Foi uma briga banal, em tese, dos dois policiais contra o empresário. Estavam em uma casa de encontro, e a discussão descambou para confronto — explicou o delegado Ênio de Oliveira Matos, titular da Delegacia de Homicídios de Florianópolis.
De acordo com o delegado, não há outros envolvidos no confronto. Segundo a Polícia Federal, os policiais estavam dentro de uma casa noturna no bairro Estreito quando houve um desentendimento, e os tiros foram disparados.
Leia, na íntegra, a nota enviada pela PF.
“A Polícia Federal lamenta a morte de dois delegados, ocorrida na madrugada de hoje (31) em Florianópolis/SC. Os dois atuavam em Angra dos Reis e Niterói, respectivamente, e estavam na cidade participando de uma capacitação interna. O falecimento dos policiais decorreu de uma troca de tiros em um estabelecimento na capital catarinense.
Neste momento de imensa tristeza, a Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados.
Sobre informações que relacionam um dos policiais mortos à investigação do acidente aéreo que vitimou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, a PF esclarece que o inquérito que apura o caso encontra-se em Brasília/DF, presidido por outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis, local do fato”.

Presos dois PM’s suspeitos do sumiço de policiais em Buriticupu; um 3º fugiu


A Policia Civil do Maranhão afirmou, durante entrevista coletiva à imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (31) na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em São Luís, que o caso do desaparecimento do Cabo Júlio César da Luz Pereira e do Soldado Carlos Alberto Constantino Sousa, militares que ‘sumiram’ desde o dia 17 de novembro do ano passado no município de Buriticupu, está praticamente esclarecido.
Os suspeitos, dois policiais militares, foram presos ontem (30). Tenente Josuel, preso em São Luís e Soldado Viana, preso em Bom Jesus das Selvas, já estão custodiados no Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão. Um terceiro suspeito, também da PM, identificado como Soldado Gladstone, está foragido.
A prisão dos três foi decretada pela Justiça Militar a pedido da Delegada Nilmar Gama. De acordo com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, a prisão dos suspeitos foi pedida assim que começaram as apurações, logo que foram ouvidas testemunhas que procuraram a polícia com informações a cerca do caso.

Lawrence não nega que as vítimas também eram investigadas por práticas delituosas mas não discorreu sobre a motivação do crime de suposto homicídio. Os três militares permanecerão à disposição da Justiça até que as investigações se encerrem.