segunda-feira, 10 de abril de 2017

Justiça autoriza saída temporária de páscoa para 548 presos


A 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís editou uma portaria na qual autoriza a saída temporária de presos das unidades prisionais da Ilha de São Luís. De acordo com o documento, os apenados que tem direito a esse benefício sairão na quarta-feira (dia 12), às 10 h da manhã, devendo retornar ao estabelecimento penal no qual cumpre pena até as 18h dia 18. A portaria esclarece que os beneficiados não poderão se ausentar do Maranhão, bem como não frequentar festa, bares e similares.
Os presos estão proibidos, ainda, de portar arma ou ingerir bebidas alcoólicas, devendo retornar pra suas casas até as oito da noite. Os dirigentes das unidades prisionais deverão comunicar junto à 1ª Vara de Execuções Penais, até as 12h do dia 19, sobre o retorno dos internos e/ou eventuais alterações. A saída temporária de presos encontra respaldo na Lei 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).
Serão liberados para a saída de Páscoa 548 apenados. A unidade judicial cientificou a Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, Superintendência da Polícia Federal, Superintendência de Polícia Rodoviária Federal, e diretorias dos estabelecimentos penais de São Luís, para operacionalização das medidas estabelecidas na portaria.
Saída Temporária – A Lei de Execuções Penais (LEP), de 11 de julho de 1984, trata do direito do reeducando (condenado e internado) nas penitenciárias brasileiras e da sua reintegração à sociedade. Sobre a saída temporária de apenados, ela cita no artigo 122: “Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: Visita à família; Frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social”.
Já o artigo 123 da mesma lei versa que “a autorização será concedida por ato motivado do juiz responsável pela execução penal, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos: Comportamento adequado; Cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente; Compatibilidade do benefício com os objetivos da pena”.
Em parágrafo único, a LEP ressalta que ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

(CGJ)

Um morto e cinco presos em operação policial em Santa Inês


A operação "Semana Santa", uma ação integrada entre a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e a 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) de Santa Inês, com o apoio operacional da PRF e PM, resultou na prisão de cinco suspeitos de crimes e um morto. Segundo informações da polícia, eles portavam grande quantidade de drogas, armas de fogo e são de alta periculosidade.

A operação de combate à  criminalidade na região de Santa Inês foi deflagrada no sábado (8), sendo formadas várias barreiras na BR-222, onde vários veículos foram vistoriados e seus ocupantes revistados.

O resultado foi localização e apreensão de 4,5 kg de maconha prensada, na mochila de uma passageira do ônibus que faz linha entre Imperatriz x São Luís. Ela foi identificada como Amanda Gleice Azevedo Colins, e assumiu a propriedade da droga, mas alegou que estava apenas transportando. O destinatário seria um desconhecido que lhe pagou R$ 500,00 pelo transporte entre Imperatriz e Santa Inês. Amanda foi presa e encaminhada para a delegacia.

Com o aprofundamento da investigação, a polícia conseguiu identificar os possíveis destinatários da droga e chegou a cinco indivíduos. Na residência, no bairro Saback, onde os suspeitos estavam escondidos houve confronto entre os traficantes e os policiais, que realizaram disparos. Um deles atingiu e matou Valmir da Silva Barroso.

Após vistorias no local foram encontradas 60 pedras de crack já embaladas para venda, uma pedra bruta de crack de aproximadamente 100g, aproximadamente 50g de cocaína, várias embalagens e pinos e apetrechos para acondicionamento de drogas, um revólver calibre 38 com numeração raspada, contendo 5 munições intactas e uma deflagrada, 1 motocicleta roubada, 5 aparelhos celulares contendo informações ações de tráfico, crimes em geral e participação em facção criminosa.

Os criminosos presos são os irmãos Breno e Bruno Bezerra Gama e Gilvan Vieira da Silva, que foram conduzidos para sede da 7ª DRPC para autuação em flagrante.


Valmir, conhecido como Codó, que morreu no confronto, estava em liberdade há menos de um mês, após ser preso por assalto. Ele estaria planejando um assalto aos correios de Santa Inês nos próximos dias.

TCE do Rio achacava prefeitos, diz delator


                                                   Constança Rezende , 
                                                         O Estado de S.Paulo 
RIO - Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) receberam propina para ignorar irregularidades em gestões municipais, segundo Jonas Lopes, ex-presidente da corte. Em depoimento de delação premiada, ele revelou um esquema de arrecadação digno de máfias italianas, que incluía fidelidade na divisão da propina, lealdade aos “acordos” firmados por colegas e acusações de traição.
Os depoimentos de Lopes, e de seu filho, Jonas Lopes Neto, citam Macaé (litoral norte), Duque de Caxias (Baixada Fluminense) e Niterói (região metropolitana). As delações feitas à força-tarefa da Lava Jato no Rio, às quais o Estado teve acesso, revelam a ramificação da corrupção além de editais de obras públicas no Estado, como o Maracanã, durante a gestão Sérgio Cabral (PMDB), e envolvem também prefeituras.
A Operação O Quinto do Ouro, no fim de março, levou à prisão cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ e mais um conselheiro aposentado. Eles foram soltos por decisão judicial na sexta-feira, 7. As defesas dos conselheiros negam as acusações. Ao deixar a prisão, o conselheiro Marco Antônio Alencar disse que os dois delatores, chamados de “bandidos”, induziram procuradores e Justiça ao erro.
Conforme o relato de Lopes, o suposto esquema causou problemas entre os conselheiros. Um desses casos envolveu um acordo que teria sido firmado com Riverton Mussi, prefeito de Macaé de 2005 a 2013 pelo PMDB, e candidato a vereador pelo PDT no ano passado. A cidade é a principal base de operações de exploração na Bacia de Campos, cujos royalties turbinam o orçamento da prefeitura, de R$ 1,9 Bilhão para 2017.