Os policiais civis do
Maranhão iniciaram, na manhã desta segunda-feira (3), uma greve por tempo
indeterminado. Em São Luís (MA), eles se concentram no Plantão Central de
polícia do Parque do Bom Menino, no Centro. No interior, segundo o Sindicato
dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol-MA), o movimento ocorre em
todas as regionais do Estado. Durante o movimento, apenas 30% do efetivo nas
delegacias e regionais vão atender a população, conforme previsto em lei.
Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis.
A
categoria reivindica melhores condições de trabalho e pleiteiam a
reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do
Maranhão. Também estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia,
inteligência policial e melhores condições de trabalho.
“Nosso movimento é em virtude da falta de uma política de
valorização. Não queremos privilégios, queremos uma remuneração justa e digna.
Queremos que o governador através do seu secretariado possa estabelecer uma
tabela de remuneração até o final do seu mandato para que os policiais civis
possam receber algo em torno de 60% do que ganha um delegado de polícia”, diz o
presidente do Sinpol, Heleudo Albino Moreira. “Pedimos desculpas à sociedade
civil, não é nosso desejo. Esperamos que este movimento tenha um final feliz
para todos”, completa.
Falha nas negociações
A possibilidade de greve surgiu na manhã do último dia 24 de julho, em
assembleia geral extraordinária, realizada na sede da Associação Comercial do
Maranhão (ACM). Na ocasião, o presidente em exercício do Sinpol-MA, Fabrício
Magalhães, e demais diretores, explicaram aos policiais como se procederam as
negociações com o Poder Executivo.
Segundo o Sinpol-MA, na última reunião, o governo garantiu que
até o dia 30 de junho daria um posicionamento sobre os pleitos da categoria.
Como isso não aconteceu, a categoria deu início à paralisação.