247 - Junho foi o 15º mês seguido de fechamento de
empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira 27 pelo
Ministério do Trabalho e Previdência.
Somente no mês passado, as
demissões superaram as contratações em 91.032 vagas formais. Já ao longo do
semestre, as demissões superaram as contratações em 531.765 vagas
formais.
Os números mostram que a volta da
confiança ainda não se reflete no mercado de trabalho e que a recessão na
economia brasileira se acentuou nos últimos meses. O mercado esperava uma
perda de 24 mil a 84 mil postos de trabalho.
Leia mais na reportagem da Agência
Brasil:
Caged mostra que
Brasil perdeu 91 mil postos formais de trabalho em junho
Mariana Branco - Em junho, 91.032
vagas de empregos formais foram fechadas no país, segundo dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (27) pelo
Ministério do Trabalho. O resultado mantém a tendência de mais demissões que
contratações no mercado de trabalho.
No entanto, o resultado melhorou em
relação a junho de 2015, quando foram fechados 111.199 postos formais. No
acumulado deste ano, o Caged contabiliza 531.765 vagas fechadas e, nos últimos
12 meses, o saldo chega a 1,765 milhão de postos com carteira assinada a menos.
O setor de serviços registrou a maior
queda de vagas formais em junho deste ano, com fechamento de 42.678 postos de
trabalho. O setor inclui a atividade bancária, transportes, comunicações,
ensino e serviços médicos, por exemplo.
A indústria da transformação teve a
segunda maior perda de postos, com fechamento de 31.102 vagas. A construção
civil fechou 28.149 vagas e o comércio, 26.787 postos.
As únicas atividades com novas vagas
abertas foram a agricultura e a administração pública. A primeira abriu 38.630
postos em junho e a segunda, 790 vagas.
As maiores perdas de postos de
trabalho foram registradas em São Paulo, com fechamento de 29.914 vagas. Em
segundo lugar está Rio de Janeiro, com recuo de 15.748, e em terceiro o Rio
Grande do Sul, com menos 10.340 vagas.
O emprego formal teve resultado
positivo somente em oito unidades da Federação em junho. Foram elas: Minas
Gerais (4.567), Goiás (3.369), Mato Grosso (2.589), Acre (191), Piauí (101),
Amapá (54), Mato Grosso do Sul (35) e Maranhão (17).
Divulgado desde 1992, o Caged
registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com
base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.