segunda-feira, 18 de abril de 2022

Suspeito de matar homem em farmácia é solto; polícia diz que testemunhas se 'confundiram


 A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (18) que soltou um homem que havia sido preso por suspeita de matar Flávio Mesquita, de 45 anos, durante um assalto dentro da farmácia Pague Menos, no bairro Monte Castelo, em São Luís.

A vítima era inspetor de mecânico e fazia compras quando recebeu um tiro pelas costas por um homem que usava capacete, no último sábado (16).

No dia do crime, a Polícia Militar informou que tinha prendido um homem, morador da região, foi preso e teria sido o autor do disparo. Ele teria tentado assaltar um posto de combustível momentos antes e foi reconhecido foi testemunhas.

No entanto, a Polícia Civil informou que as testemunhas teriam se 'enganado', já que o homem preso não possui as mesmas características do criminoso que matou Flávio, dentro da farmácia.

"Analisamos o vídeo do caso e vimos que não é a mesma pessoa. Às vezes pode acontecer de testemunhas olharem uma pessoa e já apontarem ela como a autora de um crime, mas comprovamos que não era ele, e o suspeito foi solto antes de ir para uma penitenciária", afirmou o delegado George Marques.

O crime na farmácia aconteceu no início da tarde e foi gravado por uma câmera de segurança. Segundo a Polícia Civil, uma dupla chegou em uma moto e um deles entrou de capacete na farmácia. Por 'acidente', ele teria atirado pelas costas de Flávio Mesquita, que estava próximo ao balcão.

Logo depois, após pegar o aparelho celular da vítima e a carteira, o assaltante, junto com o comparsa, fugiu em uma motocicleta.

Bolsonarismo + Centrão = Festival de corrupção


 O casamento de interesse entre o bolsonarismo e o Centrão produziu bem mais do que apoio político-parlamentar para o atual governo. Gerou uma ninhada de casos de corrupção, num espetáculo sem precedentes de uso escancarado da máquina pública em negócios particulares e crimes contra o erário.

Dos pastores do MEC que, enquanto cobravam propinas de prefeituras, foram 35 (!) vezes ao Planalto de Jair Bolsonaro, à mudança de vocação da Codevasf, que agora parece não ter mais como missão central as obras de irrigação no vale do São Francisco, há uma coleção de fraudes para todos os gostos, envolvendo quase sempre a fauna palaciana e os líderes do centrão.

Nesse último caso, o que envolve a troca das obras de irrigação pelo asfaltamento de redutos políticos de aliados, quase tudo vai desembocar no presidente da Câmara, Arthur Lira, que controle os R$ 16 bilhões das emendas secretas do orçamento. Também tem a digital de Lira a compra, com recursos do FNDE - que também virou território do centrão - de kits de robótica aparentemente superfaturados para escolas sem internet e até sem água encanada.

Essa filharada, que começa a ser conhecida,  pode até ajudar os líderes do centrão a se eleger, mas já há dúvidas sobre seus efeitos na campanha de reeleição de Bolsonaro. Acendeu-se uma luz vermelha no Planalto, que busca afastar o presidente da República dessa agenda de corrupção - um tema que pretendiam usar para agredir o adversário.

A esta altura, os planos se inverteram. Com a Lava Jato desmoralizada e o ex-presidente Lula com suas sentenças anuladas, quem vai ter que enfrentar o tema corrupção é Bolsonaro. O debate da semana é sobre o impacto disso em sua candidatura, e especialistas em pesquisas já apontam prejuízos com a perda do discurso anticorrupção.