Agentes da
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) efetuaram, na
quarta-feira (11), a prisão do travesti Jhonnata Silva Rubim, conhecida como
“Penélope”, e da empregada doméstica Franciene Ferreira de Souza, no
Piquizeiro, em São Luís. O travesti e a doméstica, de acordo com informações da
polícia, se envolveram em um assalto na casa de um procurador federal, de onde
levaram objetos no valor aproximado de R$ 400 mil.
Sobre o caso, o delegado Marcos
Robert Amorim afirmou que o crime aconteceu no último dia 27, quando dois
grupos em dois carros entraram na residência da vítima e, com bastante
violência, subtraíram joias e pertences relacionados à herança familiar. Na casa,
estavam o procurador, sua esposa e uma criança, que passaram por momentos de
terror e tensão com os criminosos no interior do imóvel.
Franciene,
disse a fonte, trabalhava lá como empregada, e havia passado todas as
informações para o travesti. Mas, no decorrer do assalto, o travesti se
comportou como se fosse vítima dos bandidos, sofrendo, também, agressões, de
maneira simulada.
Após o
roubo, a doméstica, “Penélope” e os outros suspeitos dividiram a renda levada
da residência, sendo que Jhonnata chegou a viajar para São Paulo, onde
implantou silicone, pagando cerca de R$ 30 mil (dinheiro conquistado com a ação
criminosa) à clínica, segundo Marcos Amorim. E ainda teria deixado já pago uma
cirurgia de mudança de sexo, que seria feita em outra ocasião. A polícia
investigou o caso e descobriu a farsa de Franciene Ferreira, cujo filho teria
um relacionamento amoroso com “Penélope”.
A
empregada, como informou o delegado da Seic, planejou o assalto depois que
encontrou uma caixa, na casa do procurador federal, contendo muitas joias e
outros objetos de valor. Ela, então, convocou Jhonnata Rubim para o crime, que
envolveu outros cinco integrantes. A polícia recuperou três motocicletas e
vários móveis e mobília comprados com o que subtraíram das vítimas. Dentre os materiais
apreendidos, havia um montante no valor de R$ 6.742 mil.