segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Pesquisa do CNJ revela que custo mensal de um juiz em 2016 foi de R$ 47,7 mil


Uma pesquisa divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o custo mensal de um juiz no país foi de R$ 47,7 mil, em 2016. Os números foram divulgados hoje (4) pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do conselho, ministra Cármen Lúcia. O gasto do orçamento do Judiciário com pessoal ficou em R$ 75,9 bilhões, valor equivalente a 89,5% das despesas totais.
De acordo com a pesquisa Justiça em Números, com dados referentes ao ano passado, a taxa de congestionamento, índice que mede o percentual de processos baixados, permaneceu em 73%, número considerado alto pelo conselho. Em contrapartida, o número de sentenças aumentou e registrou 11,4%, a mais alta variação da série histórica da pesquisa.
O levantamento também registrou tribunais que conseguiram 100% de eficiência, obtendo mais produtividade com menos recursos. Em 2016, foram vencedores nesse campo os tribunais de Justiça do Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e do Amapá.
Após a apresentação dos dados, o ministro do STF Luiz Fux defendeu a investigação de algumas "disparidades" e "supersalários", mas disse que o Poder Judiciário não pode ser enfraquecido por conta dessa discussão.

"É preciso verificar a origem. Às vezes há, digamos, um esquecimento proposital de que o juiz é um servidor público. Então ele tem que receber aquilo que todos servidores públicos. Então, na hora de analisar o juiz não pode analisar o Poder Judiciário. Tem que analisar um servidor público. O que as leis concedem ao servidor público e se os juízes estão enquadrados nisso. Onde houver excessos, é preciso atos de altivez e de nobreza. Mas também é preciso atenção para essa estratégia múltipla de enfraquecimento do Judiciário, que só não vê quem não quer", disse.

Polícia de SP mata 10 criminosos em confronto com quadrilha no Morumbi


Dez suspeitos foram mortos em um confronto com policiais civis na região do Morumbi, bairro nobre na Zona Sul de São Paulo, na noite deste domingo (3). Não há relatos de sobreviventes entre os suspeitos. Nenhum policial do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), responsável pela operação, ficou ferido.
De acordo com informações da Polícia Civil, os bandidos integravam uma quadrilha especializada em roubos a residência e vinham sendo monitorados por suspeitas de atuarem na região. Eles já teriam promovido ao menos 20 assaltos do tipo e foram abordados após uma nova ação criminosa.
O grupo atuava em bairros nobres de capital, especialmente Morumbi e Jardim Europa, e em condomínios de luxo na Grande São Paulo, como Cotia e Barueri, segundo nota da Secretaria da Segurança Pública (veja íntegra abaixo).
Nesta noite de domingo a quadrilha invadiu uma casa na Rua Puréus onde estavam quatro moradores, sendo três adultos e uma criança. Os bandidos tentavam abrir um cofre quando foram avisados por comparsas que estavam do lado de fora sobre uma movimentação suspeita perto do imóvel. Eles abortaram o roubo e saíram sem levar nada.
Confronto em rua

Na fuga, o grupo foi perseguido pelo Garra. O tiroteio aconteceu na Rua Pirapó, próximo à Praça Alfredo Volpi, por volta das 19h30, segundo moradores. Os criminosos usavam dois carros, um Hyundai Santa Fé e um Fiat Toro. Eles tinham se deslocado poucos metros, já que a tentativa de roubo foi na quadra vizinha, na Rua Puréus.
Na tentativa de escapar, o motorista que dirigia a Santa Fé colidiu com um poste. Já aquele que dirigia o Fiat Toro bateu em um carro descaracterizado da Polícia Civil. Uma caminhonete Toyota Hilux que estava estacionada na Rua Pirapó também foi atingida pela colisão e pelos disparos.
Os assaltantes estavam armados com quatro fuzis e alguns usavam coletes, segundo o relato dos investigadores. Eles tentaram resistir à ação dos policiais.
No confronto, carros das equipes do Garra, grupo de elite da Polícia Civil, foram atingidos por disparos. Cinco criminosos foram baleados dentro de um dos utilitários, enquanto outros três foram mortos dentro do segundo carro. Outros dois suspeitos tentaram fugir correndo e foram atingidos na rua, fora dos veículos.

Trabalho da perícia

No começo da madrugada de segunda, o cruzamento entre as ruas Purues e Pirapó estava fechado para o trabalho da Polícia Técnico-Científica. Peritos recolheram cápsulas que ficaram espalhadas pelo chão.
Pouco depois da meia noite, três corpos que estavam em um dos carros usados pela quadrilha já foram removidos e o veículo será guinchado e levado até a sede do Deic, na Zona Norte da cidade.


Nota SSP

"A Polícia Civil informa que equipes do Deic, com apoio do Garra, entraram em confronto com os integrantes de uma quadrilha especializada em furtos e roubos a residências, na noite deste domingo (3), no Jardim Guedala, região do Morumbi. Dez criminosos morreram na troca de tiros. A quadrilha, responsável por mais de 20 furtos e roubos à residencia, era investigada pelo DEIC há sete meses e atuava em bairros nobres de capital, especialmente Morumbi e Jardim Europa, e em condomínios de luxo na Grande São Paulo, como Cotia e Barueri. A ocorrência está sendo registrada no DHPP e será investigada pela 3ª Delegacia de Polícia de Repressão a Homicídios Múltiplos.
Em relação à segurança no bairro, a PM esclarece que o 16° BPM/M realiza operações de bloqueio, pontos de estacionamento e visibilidade, visando coibir a ações delitivas no bairro, inclusive com participação ativa da sociedade com reuniões no Conseg (Conselho de Segurança)."