quinta-feira, 30 de julho de 2020

Homem e bebê morrem em grave acidente na BR-222, no centro de Itapecuru-Mirim



Na noite desta quarta-feira (29), por volta das 20h, um grave acidente, envolvendo uma Nissan Frontier e uma Mitsubishi Pajero, foi registrado na BR-222, no centro de Itapecuru-Mirim, a 118 km de São Luís.

Após o impacto, os veículos invadiram uma igreja e um estabelecimento comercial.

Segundo informações preliminares, o motorista, identificado apenas como Fagner, morreu no local.

Um bebê de aproximadamente três meses ficou em estado grave e precisou ser encaminhado para São Luís, mas terminou morrendo a dar entrada em uma unidade de saúde.

Outras duas mulheres tiveram escoriações pelo corpo.

Os bombeiros e a polícia militar estiveram no local realizando os procedimentos de praxe.

Acidente provocado

De acordo com áudios divulgados em grupos de Whatsapp, o homem que morreu no local teria provocado o acidente. Instantes antes, ele havia agredido a mulher identificada como Stephanie, na Panificadora Luiza. Ele não aceitava reatar o relacionamento com Fagner.

Stephanie estava na companhia de uma amiga e seu filho bebê. Durante a discussão, o homem desferiu um soco no rosto de Stephanie. De imediato, ela se saiu do local, com a amiga e o bebê, para registrar ocorrência na delegacia.


Elas foram seguidas por Fagner que, revoltado, provocou o trágico acidente. 

terça-feira, 28 de julho de 2020

EM VITÓRIA DO MEARIM, POLÍCIA CIVIL DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA O TRÁFICO DE DROGAS



A Polícia Civil do Maranhão, por intermédio das delegacias das cidades de Miranda do Norte e Vitória do Mearim, realizou na manhã desta terça-feira (28) mais uma operação de repressão ao tráfico de drogas e associação para o tráfico.

O alvo da Polícia Civil desta vez foi uma boca de fumo que funcionava no Povoado Acoque, zona rural de Vitória do Mearim, sendo que no curso desta operação em conjunto pelas delegacias citadas foi possível apreender as drogas crack e maconha, bem como uma balança de precisão usada para essa atividade ilícita.

Dois suspeitos foram conduzidos para a delegacia, sendo um deles o adolescente de 16 anos, o qual será autuado pelo ato infracional análogo aos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Já o segundo conduzido se trata do indivíduo identificado de 36 anos, o qual será autuado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Polícia Civil prende em São Luís estelionatário que se passava por Médico para enganar mulheres



A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e da Delegacia de Defraudações, cumpriu na manhã da última quinta-feira (23), mandado de prisão preventiva e busca e apreensão em desfavor de suspeito de vários crimes de estelionato e furto mediante fraude em São Luís. A prisão foi realizada em um condomínio de alto padrão, na região da Lagoa da Jansen.

As investigações apontaram que o suspeito utilizava um aplicativo de relacionamento chamando Tinder, para conhecer as vítimas, e se passando por médico, mantinha relacionamentos íntimos e, após ganhar a confiança das vítimas, fotografava seus cartões bancários ou conseguia acesso aos aplicativos bancários.

Segundo a Polícia Civil, há aproximadamente 20 boletins de ocorrência de variadas vítimas com que informaram que sofreram o mesmo golpe ou fraudes semelhantes somente no Maranhão. No estado do Piauí também há vários boletins de ocorrência. A Delegacia de Defraudações investiga dois casos, em um deles o prejuízo estimado da vítima é de aproximadamente R$100.000,00 (Cem mil reais).

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Adolescente de 16 anos está desaparecida há quatro dias em São Luís



A adolescente Nathalie Samara Castro Veloso, de 16 anos, residente no bairro Bequimão, em São Luís, está desaparecida desde a última segunda-feira (13).

Segundo familiares, ela saiu de casa, por volta das 11h, para ir à residência de uma tia, no bairro Forquilha. Porém, não chegou ao destino e não retornou para casa.

Ainda de acordo com relatos, nesta quinta-feira (16), o WhatsApp da jovem foi desativado.

“Ela disse para a mãe que viria para a minha casa, mas não chegou aqui, na Forquilha. Não temos ideia de onde ela está e em companhia de quem. Ela sempre foi uma menina muito fechada. Não sabemos se ela tem namorado. Tivemos que acionar a polícia, pois queremos ela de volta”, disse uma tia da adolescente, em contato com o blog.

Quaisquer informações sobre o paradeiro de Nathalie Veloso podem ser passadas para o celular 9 8433-4538.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Pai e mãe do deputado Cléber Verde são assassinados em Turiaçu



Os pais do deputado federal Cléber Verde foram assassinados após a invasão de uma fazenda no povoado Limão, em Turiaçu, a 252 km de São Luís.  

Maria Graça Cordeiro Mendes, de 70 anos, foi morta dentro de casa.  Ela foi atingida com golpes de arma branca, além de uma paulada na cabeça.

Pelas informações passadas ao blog, o pai do deputado, identificado como Jesuíno, foi atingido a tiros e estava desaparecido. Ele teria sido encontrado, gravemente ferido, dentro de um matagal. Ele não teria resistido ao graves ferimentos.
O corpo da mãe do deputado foi encontrado pelo vereador Anísio.

A secretaria de Segurança determinou que a área da fazenda fosse isolada e forças especiais foram deslocadas para o município, a m de esclarecer o caso e prender os autores do crime.

Atualização: 

Um leitor do blog, após a postagem, informa que o pai do deputado continua desaparecido.

“Boa noite, acabei de conversar neste momento com o comandante do batalhão de Pinheiro, Cel. Cláudio. Ele tá me informando que o pai do deputado ainda está desaparecido e existe a possibilidade de está vivo na mata, foram encontrados alguns instrumentos de trabalho dele, cavadeira, martelo em uma área da fazenda, mas sem sinal de sangue ou outro vestígio. Disse que tem muitas informações desencontradas e que o policiamento de Turilândia, Turiacu e Santa Helena estão vasculhando a área juntamente com a força tática, vamos torcer pra seu Jesuino está vivo...”

sábado, 11 de julho de 2020

Pastor morre após colisão entre motocicletas na Estrada de Ribamar



Um pastor evangélico morreu em um grave acidente, na noite dessa sexta-feira (10), na Estrada de Ribamar (MA-201), nas proximidades da entrada do Sítio Natureza, no município de São José de Ribamar, por volta das 23h30.

O pastor foi identificado apenas como Edimar, que estava à frente da Igreja evangélica Arca da Aliança em Ribamar. Ele pilotava uma motocicleta que colidiu de frente com outra, que trafegava em sentido contrário.
O pastor conduzia a sua esposa, a pastora Bethe, na garupa. Ele ficou com múltiplas fraturas no corpo e perdeu muito sangue no local do acidente.
O pastor ainda chegou a ser socorrido, mas terminou morrendo. A esposa ficou, em estado de choque, mas conseguiu solicitar assistência a familiares por telefone.
Ela foi levada ao Socorrão II, mas já teve alta e deverá participar do velório do marido, na  sede da Igreja evangélica Arca da Aliança, na Avenida Panaquatira, no bairro da Cidade Nova


quinta-feira, 2 de julho de 2020

Esposa de Queiroz tinha, anotados, números de celulares de Bolsonaro, Flávio e Michelle



247 - A esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, tinha uma caderneta com orientações do marido para caso ele fosse preso. De acordo com imagens obtidas pelo jornal Estado de S. Paulo, no caderno havia anotações de números de celular atribuídos a Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro.

Em outras páginas da caderneta havia também registros de números de policiais e pessoas envolvidas com milícias e políticos do Rio de Janeiro.

Números da família Bolsonaro ocupam parte significativa dos papéis do caderno. Em uma folha estão anotados dois números de Bolsonaro e um de Michelle. Em outra página, há o contado de Flávio Bolsonaro e de sua esposa, Fernanda.

Existe também um número atribuído a Max Guilherme Machado de Moura, ex-segurança e hoje assessor especial de Bolsonaro. O sócio de Flávio Bolsonaro em uma loja de chocolates, que é investigada por lavagem de dinheiro, Alexandre Santini, também tem seu número anotado.

Indicações de Márcia mostram que as anotações foram feitas após a eleição de 2018. Os deputados estaduais Rodrigo Amorim (PSL) e Marcelo do Seu Dino (PSL), o deputado federal Lourival Gomes (PSL-RJ) e o secretário de Ciência e Tecnologia do governo de Wilson Witzel (PSC), Léo Rodrigues, já estão identificados na caderneta pelos seus respectivos cargos.


BATALHÃO MILITAR AMBIENTAL APREENDE ARMAS DE FOGO EM TERRAS INDÍGENAS



A Polícia Militar por meio do Batalhão de Polícia Ambiental apreendeu armas de fogo em terras indígenas.

O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) em conjunto com a FUNAI dando cumprimento a Ordem de Serviço nº20/2020-BPA e Portaria nº 419/PRES/FUNAI, realizando barreiras sanitárias em Terras Indígenas, apreendeu um número expressivo de armas de fogo; onze espingardas tipo bate bucha, quatro armas de fabricação caseira do tipo badoque, uma espingarda de pressão calibre 55, uma espingarda do tipo cartucheira, um revólver calibre 38. Tais armamentos eram usados para a caça ilegal de animais silvestres.

Diante dos fatos os materiais apreendidos encaminhados a Delegacia para os procedimentos legais.

Vaza Jato revela os 13 agentes do FBI que atuaram com Dallagnol contra as empresas brasileiras



Natalia Viana e Rafael Neves, Agência Pública/The Intercept Brasil - São de dois tipos os agentes do FBI que atuaram na Lava Jato em solo brasileiro. Alguns são figuras públicas, dão entrevistas e aparecem cada vez mais frequentemente em eventos elogiando o trabalho da força-tarefa e dando conselhos a corporações sobre como seguir a lei americana.

Outros tiveram atuação temporária e são conhecidos por apelidos ou nomes tão comuns que é muito difícil encontrar algo sobre eles em fontes abertas na internet. Essa é uma prática comum nos escritórios do FBI no exterior, para evitar a exposição de agentes que realizam operações secretas ou controversas em território estrangeiro. Hoje, a agência mantém escritórios em embaixadas de 63 países e sub-escritórios em 27. Em 2011, o FBI empregava 289 agentes e pessoal de apoio nesses escritórios no exterior.

Embora as duas maiores investigações de casos de corrupção originados na Lava Jato pelo Departamento de Justiça (DOJ) americano já tenham terminado, com os acordos bilionários da Odebrecht e Petrobras, o FBI ainda tem muito a fazer para investigar corrupção no Brasil, nas palavras do atual chefe do FBI no país, David Brassanini, em palestra no 7º Congresso Internacional de Compliance, em maio de 2019, em São Paulo. A cooperação foi descrita como “fluida, sem problemas e transparente”, pois seus agentes já tinham familiaridade com a cultura e a sociedade brasileiras. “A habilidade de desenvolver e entender as peculiaridades locais é grande. Não só a questão da língua, mas em entender realmente como o Brasil funciona, entender as nuances”, afirmou. Brassanini relatou também, no mesmo evento, que agentes do FBI vêm a São Paulo “toda semana para tratar de diferentes casos que envolvem FCPA e lavagem de dinheiro”.

Com base em documentos da Vaza Jato entregues ao The Intercept Brasil e apuração em fontes abertas, a Agência Pública localizou 12 nomes de agentes do FBI que investigaram os casos da Lava Jato lado a lado com a PF e a Força-Tarefa, além da agente Leslie Backschies, que hoje comanda o esquadrão de corrupção internacional do FBI. E descobriu que essas investigações viraram símbolo de parceria bem sucedida e levaram à promoção diversos agentes americanos. Segundo um ex-promotor do Departamento de Justiça americano contou à Pública, a presença de agentes do FBI no Brasil foi fundamental para o governo americano concluir suas investigações sobre corrupção de empresas brasileiras.

Com base na lei americana Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), o Departamento de Justiça investigou e puniu com multas bilionárias empresas brasileiras alvos da Lava Jato, entre elas a Petrobras e a Odebrecht.

Embora haja policiais lotados legalmente na embaixada em Brasília e no consulado em São Paulo, é proibido a qualquer polícia estrangeira realizar investigações em solo brasileiro sem autorização expressa do governo brasileiro, já que polícias estrangeiras não têm jurisdição no território de outros países.

A colaboração do FBI com a Lava Jato teve início em 2014 e foi fortalecida em 2015 e 2016, quando o foco da operação eram Odebrecht e Petrobras. Em 2016, a Odebrecht aceitou pagar a maior multa global de corrupção até então: US$ 2,6 bilhões a Brasil, Suíça e EUA. A parcela devida às autoridades americanas, no valor total de US$ 93 milhões, foi paga à vista. Hoje, a empresa está em processo de recuperação judicial.

Em 2018, a Petrobras aceitou pagar a maior multa cobrada de uma empresa pelo Departamento de Justiça americano: US$ 1,78 bilhão.

“O que ocorre no Brasil está mudando o modo como olhamos os negócios e a corrupção no mundo inteiro”, afirmou um dos maiores defensores da cooperação com os Estados Unidos, George “Ren” McEachern, em entrevista à Folha de S. Paulo em fevereiro de 2018, sob o título “Curitiba mandou a mensagem de que o Brasil está ficando limpo”.

“Ren” McEachern chefiou a Unidade de Corrupção Internacional do FBI até dezembro de 2017 e supervisionou o grosso das investigações da Lava Jato em nome do Departamento de Justiça americano. Segundo os documentos vazados ao The Intercept Brasil e analisados em parceria com a Agência Pública, ele esteve na primeira delegação de investigadores americanos que esteve em Curitiba em outubro de 2015, sem autorização do Ministério da Justiça, conforme revelamos nesta reportagem.

Ren nunca escondeu sua participação nos casos ligados à Lava Jato. “Você precisa compartilhar informações [com outros países]. Porque agora todos os negócios são globais. Uma empresa que paga propina no Brasil paga também em outros países”, disse à Folha em fevereiro de 2018. Pouco antes, Ren deixara o FBI para passar ao setor privado. Na empresa de consultoria Exiger, ele viaja o mundo para ensinar métodos de “compliance” a leis anticorrupção para empresas evitarem investigações como as que ele liderava no FBI.

Em 2015, “Ren” foi o grande responsável pela ampliação do foco do FBI em corrupção internacional, com a abertura de três esquadrões dedicados a isso, em Nova York, Washington e Los Angeles. No seu perfil no site da Exiger, é descrito como aquele que “desenvolveu e implementou uma nova estratégia global proativa no FBI para investigar crimes financeiros complexos e temas de corrupção. Essa nova estratégia foi coordenada proximamente com o DOJ e a SEC [a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA]. Além disso, representou um aumento de quase 300% em novos recursos anticorrupção para o FBI”. O plano misturava investigações proativas por parte de polícias dedicadas a decifrar a corrupção internacional com tecnologia e análises de ponta sobre temas financeiros.

“Por volta de 2014, 2015, o FBI estava buscando maneiras de ser mais proativo nas investigações sobre corrupção internacional”, disse ele em uma conferência em Nova York sobre “o mundo após a Lava Jato”, em novembro de 2019. “Então começamos a olhar para países que poderiam convidar agentes do FBI até o país para analisar investigações de corrupção que tivessem um nexo com os Estados Unidos, em jurisdições como FCPA e lavagem de dinheiro”.

Foi assim que o FBI se engajou na Lava Jato.

“O timing foi simplesmente perfeito”, disse ele. “Nós estávamos ajudando em casos que tinham uma conexão com os EUA, mas eles [os procuradores da Lava Jato] eram realmente muito avançados e estavam usando técnicas muito sofisticadas e inteligentes”.

Uma das maiores lições que Ren diz ter adotado após a parceria com a Lava Jato foi a criação de equipes com agentes especializados que trabalham “proativamente” em casos de corrupção internacional. O caso da Petrobras, segundo ele, marcou um nível sem precedentes de “compartilhamento de inteligência, compartilhamento de evidência certificada”. “Aquilo foi uma grande mudança”, diz.

Fora do FBI, a agenda de “Ren” está cheia de eventos sobre “compliance” contra corrupção – muitos deles financiados por empresas que vendem ou compram tais serviços. Desde 2015, ele esteve em simpósios em Hong Kong, Polônia, China, Noruega, Holanda, Espanha, Inglaterra e Brasil. Entre os patrocinadores destes eventos estão a consultoria PriceWaterhouse Coopers, a associação de importadores e exportadores de armas Fair Trade Group, o conglomerado de mídia Warner Brothers, as médico-farmacêuticas Pfizer e Johnson&Johnson e a fabricante de armas militares Raytheon.

No Brasil, o ex-agente especial foi palestrante no 4o Annual International Compliance Congress and Regulator Summit, financiado pela agência de notícias Thomson Reuters em São Paulo em maio de 2016. Aproveitou a vinda ao país para dar uma palestra a 90 membros do Ministério Público Federal de São Paulo. Na ocasião, enalteceu a cooperação internacional e explicou que, no Brasil, o FBI “oferece suporte técnico a investigações, em relação a criptografia, telefonia móvel e dados em nuvem, com um analista cibernético sediado em Brasília”.

O escritório do FBI fica na embaixada americana, na capital brasileira.

Procurado pela Pública, Ren afirmou que decidiu não falar mais publicamente sobre sua carreira no FBI e seu trabalho no Brasil.

Agentes quase anônimos

Quando veio na primeira delegação para negociar com os delatores das Lava Jato, em outubro de 2015, Ren estava acompanhado pela tradutora Tania Cannon e por outros agentes do FBI. Um deles, Jeff Pfeiffer, veio de Washington, onde é lotado desde 2002 e trabalha em casos de corrupção, segundo seu perfil no LinkedIn.

Formado em contabilidade e administração, o agente foi designado dois anos depois, em 2017, como assistente do procurador Robert Mueller na investigação sobre interferência russa nas eleições americanas. Pfeiffer investigou o chefe da campanha de Donald Trump, Paul Manafort, acusado de esconder contas bancárias no exterior, fraude bancária e conspiração para lavar mais de 30 milhões de dólares, além de tentar obstruir a Justiça, segundo o policial afirmou perante um tribunal em 2019.

Outro agente que esteve na comitiva de 2015 foi apresentado oficialmente à Lava Jato como Carlos Fernandes, um nome tão comum que é impossível encontrar referências a ele.

O FBI ainda enviou para Curitiba dois membros do escritório em Brasília, o adido legal Steve Moore e o adido-adjunto David F. Williams.

Williams aparece algumas vezes em comunicação direta com procuradores da Lava Lato nos diálogos vazados ao The Intercept Brasil. Foi ele quem atendeu ao pedido feito, em setembro de 2016, pelos procuradores Paulo Roberto Galvão de Carvalho e Carlos Bruno Ferreira da Silva, para verificar se o FBI conseguiria quebrar o sistema MyWebDay através do qual os funcionários da Odebrecht administravam as propinas pagas em diversos países, conforme revelamos na reportagem “o FBI e a Lava Jato”.

Olimpíadas de 2016 e Copa do Mundo em 2014

Já Steve Moore foi o chefe do escritório do FBI no Brasil entre agosto de 2014 e agosto de 2017, comandando a equipe de agentes lotados em São Paulo e Brasília. De acordo com sua página do LinkedIn, aposentou-se em 2018, após 22 anos trabalhando no FBI, onde obteve “extensa experiência internacional em fraudes internacionais complexas, corrupção, FCPA, antitruste, AML, investigações internas sensíveis, e investigações cibernéticas”. No seu perfil profissional ele declara ter “experiência significativa” em planejamento de segurança para megaeventos.

Essa experiência foi adquirida no Brasil. Steve chegou ao país no final da Copa do Mundo e coordenou o FBI durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, desenvolvendo uma relação próxima com alguns agentes da polícia federal. Certa feita, questionado pelo jornal USA Today sobre como o FBI treinava uma polícia que “há muito tempo é maculada com corrupção e laços com organizações criminosas em todo o país”, ele respondeu que trabalhava com brasileiros “cuidadosamente selecionados e treinados pelos EUA há muitos anos”, reduzindo o risco de informações sensíveis caírem em mãos erradas. “A chave para isso é que nós trabalhamos proximamente com a Polícia Federal brasileira e compartilhamos informações com as suas unidades especializadas”, afirmou ao jornal.

Tudo indica que foi Moore quem escreveu o memorando que iniciou a Operação Hashtag, deflagrada pela PF apenas 15 dias antes da Olimpíada. A Operação Hashtag acabou com a prisão de oito suspeitos de planejar um atentado que jamais chegou a ser planejado, conforme mostrou uma reportagem da Agência Pública. As prisões demonstraram força do governo de Michel Temer (MDB) logo após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Um dos suspeitos morreu linchado no presídio, acusado de terrorista.

Na época, o FBI deu a dica à PF, mas não detalhou como obteve as informações – se foram investigações realizadas dentro ou fora do território nacional.

O memorando de 6 de maio de 2016 vazado ao Blog do jornalista Fausto Macedo não traz o nome de Steve Moore, mas descreve a autoria: “adido legal do FBI”. O documento traz nomes e detalhes sobre os suspeitos que seriam depois investigados pela PF e gerariam a única condenação até hoje pelo crime de terrorismo no Brasil.

Também presente na comitiva sigilosa do FBI a Curitiba, em Outubro de 2015, “Chris” Martinez voltava ao Brasil depois de um período de ausência, já que ela também atuou na Copa do Mundo. Christina Martinez – seu nome completo – ocupou o cargo temporário de Especialista em Treinamento e Relações Cívicas, em Brasília, no período anterior à Copa do Mundo de 2014.

Christina foi a responsável pelo programa de treinamento do FBI, ministrado com outras agências americanas, a 837 policiais das 12 cidades-sede. Os cursos iam de investigação digital a relacionamento com a mídia e como lidar com protestos, segundo revelou a Agência Pública em 2014. Antes disso, entre outubro de 2010 e março de 2013, ela foi assistente de operações do Adido Legal na embaixada em Brasília, função que ocupava quando visitou, em março de 2012, centros de treinamento da Polícia Militar de São Paulo, ao lado de Leslie Rodrigues Backshies, hoje chefe da Unidade de Corrupção Internacional do FBI.

Christina Martinez também tem uma página no LinkedIn, onde lista sua experiência em realizar treinamentos em nome do FBI há mais de 17 anos – além do Brasil, teve cargos temporários na Cidade do México e em Buenos Aires. Antes de vir ao Brasil pela primeira vez, Chris havia sido técnica do FBI em vigilância eletrônica em local não especificado durante mais de 8 anos.

Outro integrante da comitiva que foi à sede da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba em outubro de 2015 foi Mark Schweers. Mark retornou no ano seguinte, em julho de 2016, em uma nova comitiva do DOJ ao Brasil para conduzir interrogatórios em Curitiba e no Rio de Janeiro. Na sede da Procuradoria da República, no centro do Rio, essa comitiva interrogou os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa durante nove horas cada. Em Curitiba, inquiriram o doleiro Alberto Yousseff ao longo de seis horas.

Mark Schweers não tem página no LinkedIn. A única referência a um agente do FBI com o mesmo nome encontrada pela reportagem refere-se a um agente especializado em investigar gangues em Oklahoma nos anos 90.

Além dele, participaram dos interrogatórios no Rio de Janeiro em julho de 2016 uma agente cujo nome está registrado como Becky Nguyen. Trata-se de nome comum, de origem vietnamita. Há pelo menos três pessoas com o mesmo nome nas redes sociais – nenhuma é a agente do FBI.

Duas intérpretes, Tania Cannon e Elaine Nayob, também participaram das comitivas que vieram ao Brasil em 2015 e 2016. Tânia esteve nas duas. Na sua página do LinkedIn, ela se descreve como tradutora e intérprete do Departamento de Justiça americano.

Os documentos entregues ao The Intercept Brasil mencionam ainda dois agentes especiais do FBI que atuaram proximamente com investigadores brasileiros a partir do consulado em São Paulo em 2016: June Drake e Patrick T. Kramer.

Há pouca informação sobre a agente June. Segundo os diálogos vazados, o adido-adjunto do FBI David Williams buscou mais informações com June para discutir a possibilidade do FBI ajudar a quebrar a criptografia do sistema MyWebDay, que reunia contabilidade de propinas da Odebrecht. “Através de explicações adicionais fornecidos pelo Patrick e June (do FBI em São Paulo) eu acho que entendemos bem a situação e já passei a pergunta para alguns peritos de ciber no FBI. Carlos, se você gostaria de fazer uma reunião em Brasilia comigo (ou nosso Adido Steve Moore, dependendo da data da reunião) nos podemos encontrar rapidinho para conversar mais”, escreveu o adido legal, por email, ao procurador Carlos Bruno Ferreira da Silva, em setembro daquele ano.

Já a trajetória de Patrick T. Kramer revela um super agente que desde muito jovem atuou em missões de inteligência e investigações complexas. A se considerar o seu perfil público no LinkedIn, sua vida daria um filme.

Durante os anos universitários, Patrick se graduou em espanhol e estudou português do Brasil na Universidade de San Diego, na Califórnia. No final da década de 80, começou sua carreira como marinheiro da II Força Expedicionária, tendo atuado na Operação Tempestade no Deserto, na Arábia Saudita, durante a Guerra do Golfo nos anos de 1990 e 1991, como oficial de comunicação. Nos anos seguintes, fez parte da 300ª brigada de Inteligência Militar e do Special Forces Group (Airborne) em Camp Williams, Utah, capitaneando uma equipe de análise linguística em espanhol para apoiar investigações anti-narcóticos.

Em 2002, já no FBI, investigou cartéis de drogas mexicanos próximos à fronteira do Texas. Depois, debruçou-se sobre membros de gangues em Porto Rico. A partir de 2008, passou a investigar crimes financeiros como fraudes e lavagem de dinheiro, e em 2010 assumiu durante dois meses uma posição temporária na capital da Geórgia, ex-integrante da União Soviética. Pouco antes, estudara russo na Universidade de San Diego.

Promovido, Patrick passou a ser supervisor do FBI em Washington, onde coordenou investigações sobre fraudes em seguros de saúde, tornando-se especialista no tema.

Em 2016, o agente foi enviado para uma posição temporária durante 6 meses como adido-adjunto no consulado de São Paulo, “facilitando e coordenando” temas para a Unidade de Corrupção Internacional do FBI chefiados por Ren McEachern. Neste cargo, ele “conduziu extensiva coordenação e relacionamento com a Polícia Federal brasileira, Minstério Público Federal, a Unidade de Corrupção e o Departamento de Justiça americano temas de preocupação mútua no aprofundamento dos interesses do Brasil/EUA”, segundo sua descrição no LinkedIn. Era responsável pelo “gerenciamento, coordenação, implementação e execução de estratégias operacionais e investigativas sob responsabilidade do adido legal de Brasília”.

Sua passagem foi tão bem sucedida que em junho do ano passado ele retornou ao país, mas desta vez como adido legal-adjunto na embaixada em Brasília, cargo que ocupa até o momento. Patrick passou os primeiros meses fazendo contatos com agentes de segurança. Foi convidado a falar, por exemplo, no dia 29 de agosto de 2018 na inauguração da nova sede da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), no Lago Sul, em Brasília.

No dia 19 de outubro do mesmo ano, participou do II Seminário Nacional dos Agentes de Segurança do Poder Judiciário Federal, em Maceió.

E no dia 28 de outubro visitou, ao lado do assessor Jurídico do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América, Rodrigo Dias, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, órgão responsável por assinar os acordos de cooperação jurídica com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O objetivo do encontro foi apresentar uma nova lei americana, recentemente promulgada, Cloud Act, que prevê acordos bilaterais com países para a troca de informações coletadas no ambiente virtual.


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Polícia liberta mulher mantida em cárcere privado e desmonta fábrica clandestina de armas de fogo



A Polícia Civil conseguiu libertar, na terça-feira (30), uma mulher que era mantida em cárcere privado pelo companheiro no interior de uma casa, a 55 km do centro da cidade de Bom Jesus da Selvas. No local, funcionava uma fábrica clandestina de armas de fogo.

A vítima, identificada apenas pelas iniciais D.C.N, encontrava-se em situação de vulnerabilidade. Ela confessou estar sendo mantida em cárcere privado e estar sofrendo ameaças constantes de seu companheiro, de iniciais C.R.M.
O homem, ao avistar a presença da polícia, fugiu do local deixando para trás sua motocicleta e seus pertences.

Na residência, os policiais encontraram uma oficina clandestina, sendo apreendidas várias armas de fabricação caseira, moldes de armas e ferramentas que eram usadas na fabricação e reparo das mesmas.

Foi prestado o auxílio para que a vítima deixasse o local com seus pertences, salvaguardando sua integridade física, fazendo-se cessar qualquer violência contra a mesma.

A Polícia Civil continua diligenciando para tentar prender o criminoso.

A operação foi coordenada pelos delegados Anderson Oliveira, de Bom Jesus das Selvas, e Wellington Fabiano, de Buriticupu.

Três assaltantes de banco morrem em confronto com a policia na BR-222



Três suspeitos de assaltos a bancos morreram após o capotamento de um veículo no Km 371 da BR-222, próximo ao povoado Calango, no município de Pindaré Mirim, nesta quarta-feira (30).

O trio trafegava de Santa Inês, no sentido Santa Luzia, quando foi interceptado pela polícia, que deu voz de parada. Os suspeitos atiraram na guarnição, que respondeu à invertida.
Na perseguição, os suspeitos teriam sido atingidos por disparos e acabaram perdendo o controle do veículo, capotando várias vezes. Dois ficaram presos às ferragens e o outro sacou do veículo, morrendo às margens da rodovia.

Uma equipe dos Bombeiros, comandada pela Major Erika, foi acionada para atender a ocorrência, mas ao chegar no local os três já estavam mortos.

Dois suspeitos, reconhecidos pela Polícia Civil, foram identificados apenas como “Miúdo” e “Nena”.

Segundo o delegado regional de Santa Inês, Elson Ramos, eles eram de alta periculosidade e já têm passagens pela polícia por envolvimento em assaltos a instituições bancárias.

Um fuzil .50, capaz de abater aeronave e furar carro-forte, foi encontrado dentro do veículo dos suspeitos. De acordo com PM, eles já vinham sendo monitorados.

As investigações irão continuar para tentar prender outros integrantes do bando, que possivelmente estão planejando assaltos na região.