quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Bandidos assaltam Correios de São José de Ribamar é assalta

Um homem assaltou e fez funcionários reféns na manhã desta quinta-feira, na agência dos Correios e Telégrafos do município de São José de Ribamar.
De acordo com a polícia a ação ocorreu quando o vigilante e funcionários estavam abrindo a agência e foram rendidos. O assaltante obrigou a gerente abrir o cofre da agência e saiu levando todo o dinheiro. Testemunhas informaram que o bandido fugiu em uma moto Bros, de cor branca.
A polícia ainda acredita que uma segunda pessoa estaria dando suporte ao crime. O valor roubado não foi identificado.
A polícia continua investigando o caso.

A Agência Regional dos Correios no Maranhão informou em nota que, entre as medidas executadas para segurança de funcionários e clientes está à ampliação do número de agências com portas com detector de metal e vigilância armada, implantação em todas as agências de câmeras de circuito fechado de TV (CFTV) e cofres com retardo de abertura e que está realizando uma comunicação direta com os órgãos de segurança como Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria de Segurança Pública e que isto tem facilitado à elucidação de diversos casos.

Confira relação de aliados de Ricardo Murad que tiveram campanhas bancadas com dinheiro da Secretaria de Saúde


Ricardo e Teresa: vitória eleitoral, segundo a PF, às custas da Saúde do Maranhão

A operação da Polícia Federal 'Sermão aos Peixes' revelou que no comando da Secretaria de Estado da Saúde, Ricardo Murad, beneficiou com recursos desviados do Fundo Estadual de Saúde dezenas de campanhas eleitorais, especialmente em Coroatá, onde sua mulher, Teresa Murad, foi eleita prefeita em 2012.

Segundo a PF, o esquema muradista utilizava duas entidades não governamentais contratadas pela SES para gerir as unidades de saúde do estado, ICN e Bem Viver, para repassar recursos a empresas contratadas sem licitação, que faziam doações às campanhas dos candidatos indicados por Murad.

Uma dessas empresas foi a Litucera Limpeza e Engenharia, que recebeu durante as campanhas de 2010, 2012 e 2014, R$ 44 milhões e destinou pelo menos R$ 1,9 milhões para os candidatos do grupo Sarney.

Com sede em Vinhedo (SP), a Litucera contribuiu com as campanhas de mais de 60 candidatos a vereador em Coroatá e da esposa de Ricardo Murad, Teresa Murad, que foi eleita prefeita e recebeu R$ 186 mil.

Coroatá, aliás, foi o reduto do desvio dos recursos públicos promovido pela Organização Criminosa que tomou conta da Saúde do Maranhão.

O blog já havia denunciado que uma outra empresa, a Proenge Engenharia, acusada de vencer licitações fraudulentas no programa Saúde É Vida, fez doações de R$ 96.500,00 a 22 candidatos a vereador, que apoiavam a candidatura de Teresa Murad, eleita com 53% dos votos.

A operação Sermão aos Peixes também revelou que a Litucera também destinou R$ 200 mil para a campanha de Andréa Murad, filha de Ricardo, que foi eleita deputada estadual em 2014.

Auditoria da Controladoria Geral da República também já havia identificado o esquema de contribuição de campanha irrigado com recursos públicos a mando de Murad.

“Nesse emaranhado de irregularidades também revela destacar os casos das empresas deplamente beneficiadas com recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde e que efetivaram doações oficiais de campanha exclusivamente (no Estado do Maranhão) para familiares do Secretário de Saúde à época dos fatos ou a candidatos do reduto eleitoral desse dirigente”, diz a autoria da CGU.


Veja os candidatos beneficiados com o esquema em Coroatá




Pescadores serão obrigados a devolver benefício pago em 2014



Cerca de 6.000 pescadores da Raposa integrantes da colônia de pescadores daquele município terão que devolver o pagamento de duas parcelas do seguro-defeso do ano de 2014 que foram pagas indevidamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Maranhão (MTE). Segundo a Colônia de Pescadores da Raposa, há dois meses os pescadores estão sendo notificados gradativamente e individualmente pelo órgão federal. A notícia pegou muitos pescadores de surpresa.
O superintendente regional do MTE, Sílvio Conceição Pinheiro, explicou que o sistema liberou duas parcelas que só deveriam sair em 2015. De acordo com Sílvio Conceição Pinheiro, o fato aconteceu devido mudanças realizadas no quadro normativo do ministério, que antes pagava apenas duas parcelas. Com o erro, o sistema acabou pagando quatro parcelas.
Sílvio Conceição Pinheiro afirmou que, assim que foi detectada a falha no sistema, o MTE deu início ao processo de notificação aos pescadores. Ele ressaltou ainda que não há nenhum tipo de perseguição aos trabalhadores, e que o intuito do órgão é fazer com que as parcelas sejam devolvidas, afinal foram realizados pagamentos indevidos. “É um princípio jurídico que os beneficiários devolvam o pagamento que foi feito de forma imprópria pelo MTE. Esse dinheiro pertence aos cofres públicos e deve ser devolvido”, afirmou ele.
Segundo o superintendente, os pescadores, após serem notificados, terão um tempo para recorrer e apresentar argumentos de defesa e decidir se irão fazer a devolução das parcelas espontaneamente.  O MTE oferece duas opções para os pescadores realizarem o pagamento da devolução do benefício. A primeira é que seja feita uma compensação nos próximos pagamentos para abater as parcelas que foram indevidas. Caso o pescador decida que não irá devolver o pagamento, o MTE encaminhará o trabalhador para a Advocacia da Justiça da União. Caberá à justiça obrigar o trabalhador devolver as parcelas referentes à verba pública.
Colônia revela o outro lado da história
A notícia sobre a devolução do pagamento do seguro-defeso do ano referente ao ano passado ainda não tirou o sono dos pescadores do município. O advogado da diretoria da Colônia de Pescadores da Raposa, Paulo César Gonçalves, afirma que, por enquanto, o clima é de tranquilidade. “A situação dos beneficiários da Colônia de Pescadores da Raposa é tranquila em relação à devolução dos pagamentos, pois eles estão devidamente ponderados e enquadrados dentro dos termos técnicos e jurídicos”, afirma o advogado da diretoria da Colônia, Paulo César Gonçalves.
O advogado relatou ainda que o MTE pode ter sofrido algum tipo de pressão e, por conta dessa situação, decidiu lançar as notificações para os trabalhadores. Paulo César Gonçalves acrescentou que a colônia entrou com um recurso administrativo com o objetivo de suspender as notificações. Segundo o advogado, o ofício encaminhado para superintendência do MTE tem a intenção de levar o órgão a compreender que os pagamentos foram feitos perante meios legais.
Paulo César esclarece que dentro dos termos técnicos e jurídicos está havendo um desencontro de informações, que é natural quando há mudanças ministeriais.  “A entidade está respaldada dentro da lei. Caso haja insistência no caso, entraremos com as medidas cabíveis. Inclusive estamos com uma audiência marcada com o ministro da Previdência e Emprego. Não é justo que fatores políticos, econômicos e sociais penalizem o trabalhador”, finalizou o advogado.
A Federação de Pescadores do Maranhão declara que não está a par do assunto e que todas as questões administrativas é responsabilidade de cada diretoria. Porém, está à disposição da colônia para ajudar no que for necessário.
O que é o seguro-defeso?
Seguro-defeso é um benefício pago ao pescador artesanal que fica proibido de exercer a atividade pesqueira durante o período de defeso de alguma espécie.  A partir de abril de 2015, a habilitação e concessão do seguro-defeso cabem ao INSS e a gestão cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego.
O benefício tem o valor de um salário-mínimo mensal e é pago enquanto durar o defeso, até o limite de cinco meses. A duração do defeso é definida pelo Ibama, de acordo com a época de reprodução de cada espécie.

O pescador artesanal que quiser solicitar o seguro-defeso deve fazer o agendamento no INSS (135).