Apesar da intensa
compra de votos e do uso da máquina na zona rural e na periferia em favor de
Edivaldo Júnior, candidato do PMN entra na semana da eleição exatamente como
queria: polarizado com o prefeito; e tem o trunfo do debate na TV Mirante para
suplantar o adversário, que passa por treinamento intensivo para o confronto
direto
O
candidato do PMN, Eduardo Braide, tem uma única bala na agulha para vencer o
segundo turno das eleições em São Luís: o debate da TV Mirante, na sexta-feira,
28.
Braide conseguiu chegar à reta
final polarizado com Edivaldo; ora à frente, ora atrás, dependendo do
instituto, mas sempre em condição de empate.
Diante da pancadaria que
recebeu – e dos ataques pessoais desferidos pessoalmente até pelo próprio
adversário pedetista – é o suficiente para que ele possa chegar ao confronto
direto em condições de vencer, independente das ameaças, da compra de votos
sistemática e da presença do governador no palanque de Holandinha.
As pesquisas já mostraram que o
programa da TV Mirante terá influência sobre 65% do eleitorado indeciso. (Releia aqui)
Para se ter uma ideia do poder
do debate, o próprio Eduardo Braide chegou ao segundo turno catapultado por
este tipo de evento eleitoral. (Relembre)
Ele registrava 5% das intenções
de votos, e ocupava a quarta colocação, um dia antes do debate do primeiro
turno. Após o programa, subiu nada menos que 17 pontos percentuais e registrou
quase 22% dos votos no domingo de eleição, tirando de Wellington do Curso (PP)
a vaga no segundo turno.
Edivaldo
Júnior também sabe da força dos debates, por isso fugiu de muitos, no primeiro
e no segundo turno.
E sem ter como fugir do debate
da Mirante, Holandinha está tendo que se submeter a um treinamento intensivo
para parecer mais agressivo e mais preparado diante do adversário.
Tímido, submisso e com cara de
bom moço, Edivaldo teve que mostrar até “cara de mau” na propaganda dos últimos
dias, como treinamento para o confronto final.
Mas especialistas alertam que
não há fórmulas para debates; ou se é ou não se é preparado para este tipo de
programa.
A aposta num treinamento
artificial de Edivaldo pode transformá-lo em uma caricatura de si mesmo, um
produto de laboratório, facilmente percebido pelo telespectador.