quarta-feira, 22 de junho de 2016

Jovem de 18 anos despenca de cobertura de condomínio


Por Nelson Melo e Luciene Vieira

Filha da jornalista Maristela Sena, uma jovem de 18 anos, identificada como Lara Sena, despencou, na manhã desta quarta-feira (22), da cobertura de uma das torres do Condomínio Brisas do Lago, localizado no Altos do Calhau, bairro situado em São Luís. O corpo dela foi encontrado no estacionamento externo do prédio, por volta das 9h30. Uma das hipóteses é a de que a garota teria recorrido ao suicídio.
De acordo com informações colhidas pela reportagem do Jornal Pequeno no local, a grade de alumínio que margeia a cobertura estava violada, onde os peritos teriam observado as sandálias Havaianas e uma bolsa que seriam de Lara. Dentro da bolsa, a propósito, havia documentos que indicavam o nome da jovem, o que foi útil para que a polícia localizasse a família dela. O pai da vítima, inclusive, chegou ao condomínio ainda de manhã, reconhecendo a filha.
Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), das polícias Civil e Militar, da Perícia Criminal e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local, isolando o diâmetro onde o corpo de Lara Sena estava e outros trechos do condomínio. O objetivo era procurar indícios que levassem aos momentos que antecederam a queda, a fim de desvendar se a jovem se jogou do prédio ou se, por outro lado, foi empurrada por alguém.


Juiz condena à prisão 10 vereadores de Caruaru envolvidos em esquema de cobrança de propina


Do G1 Caruaru

Foram condenados à prisão e perda dos mandatos os 10 vereadores de Caruaru envolvidos no esquema de cobrança de propina desarticulado na Operação Ponto Final 1, realizada pela Polícia Civil em 2013. De acordo com o juiz Francisco Assis de Morais Júnior, os envolvidos têm cinco dias para recorrer da decisão proferida nesta terça-feira (21).

Estão na lista os parlamentares Eduardo Cantarelli, José Evandro da Silva, Jadiel José do Nascimento ("Pastor Jadiel"), Jailson Soares de Oliveira Batista ("Jajá"), Lourinaldo Florêncio de Morais ("Louro do Juá"), Averaldo Ramos da Silva Neto ("Neto"), Joseval Lima Bezerra ("Val de Cachoeira Seca"), Erivaldo Soares Florêncio ("Val das Rendeiras"), José Givaldo Francisco de Oliveira ("Sivaldo Oliveira") e Cecílio Pedro da Silva.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os vereadores se reuniram com o então secretário de Relações Institucionais e exigindo R$ 2 milhões para aprovar o projeto de lei que implementaria a construção dos corredores viários Norte/Sul, Leste/Oeste do BRT (Bus Rapid Transit) e implantação de infraestrutura viária em Caruaru.

Eles foram condenados pelos crimes de associação criminosa e concussão (funcionário que recebe vantagem indevida para praticar ato de ofício). A perda de mandato só é aplicada quando se esgotarem todos os recursos, ou seja, quando houver o trânsito em julgado. As penas variaram de cinco a nove anos e um mês de prisão.

O magistrado ainda relata na sentença que "em crimes dessa natureza, praticados às portas fechadas, sem testemunhas presenciais, a valoração da prova impõe um senso crítico por parte do órgão julgador [...]. Nos delitos contra a Administração Pública, especialmente os cometidos por agentes políticos, a trama criminosa ocorre às escondidas, não ficando muitas vezes documentadas as transações imorais e criminosas efetuadas".

Confira as condenações:
Eduardo Cantarelli –  condenado às penas de 08 (oito) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 291 (duzentos e noventa e um) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Val das Rendeiras, condenado às penas de 05 (cinco) anos de reclusão e 194 (cento e noventa e quatro) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Jadiel Nascimento – condenado às penas de 08 (oito) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 291 (duzentos e noventa e um) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Jajá – condenado às penas de 09 (nove) anos e 01 (um) mês de reclusão e 307 (trezentos e sete) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Evandro Silva – condenado às penas de 05 (cinco) anos de reclusão e 194 (cento e noventa e quatro) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Sivaldo Oliveira – , condenado às penas de 05 (cinco) anos de reclusão e 194 (cento e noventa e quatro) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Cecílio Pedro – , condenado às penas de 05 (cinco) anos de reclusão e 194 (cento e noventa e quatro) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
"Val de Cachoeira Seca" – condenado às penas de 05 (cinco) anos e 07 (sete) meses de reclusão e 210 (duzentos e dez) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.
Louro do Juá – condenado às penas de 05 (cinco) anos e 07 (sete) meses de reclusão e 210 (duzentos e dez) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.

Neto - condenado às penas de 05 (cinco) anos e 07 (sete) meses de reclusão e 210 (duzentos e dez) dias-multa, cada um fixado à razão de um quarto do salário mínimo vigente à época do fato.

PF desarticula quadrilha de tráfico de drogas no MA


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) nas cidades de São Luís (MA) e Cáceres (MT), a Operação Rota 65, com objetivo desarticular associação criminosa especializada no tráfico transnacional de drogas. Foram cumpridos um total de 12 mandados de prisão preventiva, um de condução coercitiva e sete mandados de busca e apreensão, mobilizando um total de 40 policiais federais nos dois Estados.
As investigações, iniciadas no ano de 2015, levaram à identificação desta associação especializada no tráfico de cocaína oriunda da Bolívia, tendo como destino traficantes atuantes no Maranhão. A droga ingressava no país por meio da província de San Matias, na Bolívia, passava por fornecedores brasileiros residentes no município de Cáceres e era transportada em compartimentos ocultos no interior de veículos até a capital maranhense.
Na investigação, a PF apreendeu, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Maranhão, de cerca de 100 kg de cocaína além da prisão em flagrante de cinco envolvidos. O núcleo maranhense tinha ligação com uma das principais facções criminosas atuante no Maranhão, e dominava o tráfico de drogas nos bairros do Barreto e Ivar Saldanha na capital maranhense.

O nome atribuído à operação faz alusão ao DDD da cidade de Cáceres, por onde a droga, oriunda da Bolívia, ingressava em território nacional, e seguia por rodovia até o Maranhão.