segunda-feira, 21 de outubro de 2019

MP pede investigação sobre farra do cartão corporativo de Bolsonaro

O procurador Lucas Furtado pediu ao TCU a abertura de um processo para investigar o aumento dos gastos com cartões corporativos da presidência no governo Bolsonaro. Ele disse:  "a gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios."
reportagem do jornal O Globo destaca que o procurador se valeu de comentários do próprio Bolsonaro feitos no Twitter: "no domingo, o presidente alegou que as despesas aumentaram 24% em comparação ao ano passado porque os cartões também são usados para atender ao vice-presidente, cargo que não era ocupado por ninguém A gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios em 2018."
A matéria complementa sublinhando a comparação que Bolsonaro não fez: "o procurador lembrou que Bolsonaro não explicou, porém, por que as faturas deste ano também são significativamente maiores do que as verificadas em 2017 (56%), 2016 (62%) e 2015 (26%), anos em que a cadeira de vice tinha dono."
Em seu despacho, o procurador Lucas Furtado escreveu: "a gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios. Deve sempre ter em mente que os gastos administrativos que padecem da falta de transparência são aqueles que, em tese, podem estar mais vulneráveis ao distanciamento de um necessário padrão ético de probidade, decoro e boa-fé, ou seja, estão mais suscetíveis a atentarem contra o princípio da moralidade."

Envolvido no assassinato do jornalista não retorna a prisão após saída temporária

Um dos envolvidos no crime que vitimou o jornalista Décio  Sá , em abril de 2012, Marcos Bruno Silva de Oliveira, é considerado foragido da Justiça desde quarta-feira (15), quando deveria ter retornado ao complexo penitenciário, após receber benefício da saída temporária do dia das crianças.
Apontado pela Polícia e Ministério Público Estadual como o condutor da moto no dia do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, Marcos Bruno Silva de Oliveira, deveria ter retornado no prazo estipulado pela instituição prisional.
O réu havia sido condenado a 18 anos e três meses de reclusão em fevereiro de 2014, no começo estava cumprindo pena em regime fechado, porém, pelo tempo de prisão passou para regime semiaberto, o que lhe deu direito ao benefício.
Relembre o caso:
O jornalista Décio Sá foi assassinado com cinco tiros por volta de 23h de uma segunda-feira, 23 de abril de 2012, quando estava em um bar na Avenida Litorânea, na orla marítima de São Luís – um dos principais pontos de turismo e lazer da capital maranhense.
Décio trabalhou em alguns jornais da capital, como aqui no O imparcial, além disso, publicava conteúdo independente no “Blog do Décio”, que era um dos blogs mais acessados do Estado.
Segundo o inquérito policial, na noite do crime, o jornalista deixou a redação onde trabalhava, por volta de 22h e foi para um bar na Litorânea. Ele estava à espera de dois amigos e falava ao celular quando foi surpreendido pelo pistoleiro, que o atingiu com cinco tiros, três no tórax e dois na cabeça, o atirador fugiu em seguida na garupa da motocicleta dirigida por Marcos Bruno, agora apontado como foragido da Justiça.
O assassino foi deixado próximo a uma duna, onde teria passado por um grupo evangélico que fazia orações no local, naquela noite. Ao chegar ao topo do monte, ele teria enterrado a arma, trocado de camisa e sandálias e saído na direção de um veículo, que já o aguardava do outro lado da duna.
De acordo com informações policiais, na época, o jornalista foi morto porque teria publicado no blog uma postagem sobre o assassinato do empresário Fábio Brasil, o Júnior Foca. Décio Sá tinha 42 anos e deixou uma filha e uma esposa grávida.
De o imparcial