terça-feira, 5 de junho de 2018

BRASILEIROS JÁ PAGARAM MAIS DE R$ 1 TRI EM IMPOSTOS EM 2018


Sputnik - A arrecadação de impostos no Brasil cresce em ritmo acelerado e em contraste com a qualidade dos serviços públicos. Como forma de denúncia, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mantém um painel com uma estimativa de impostos pagos pelo brasileiro. A Sputnik Brasil conversou sobre essa situação com Emílio Alfieri, economista da ACSP.
A ACSP é a responsável pela manutenção do chamado "impostômetro", que mantém uma contagem de impostos pagos pelos brasileiros ao longo do ano. Uma forma da classe comercial protestar contra o que a organização considera um abuso das autoridades.
Instalado em 2005, o painel dos impostômetro é uma estimativa através de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que reúne impostos a nível federal, estadual e municipal.
A marca segue sendo atingida cada vez mais cedo. Em 2017, foi alcançada 12 dias mais tarde do que em 2018, ano em que a linha de 1 trilhão foi ultrapassada às 7h50, na segunda-feira (4). No primeiro ano de monitoramento, ou seja, 13 anos atrás, a marca de 1 trilhão de reais foi registrada apenas no mês de outubro.
"Com o passar dos anos, os gastos públicos aumentam cada vez mais, com exceção talvez deste ano em relação ao ano passado, onde já existe a emenda constitucional que estabiliza o gasto no nível mais o índice da inflação, ou seja, ele não pode mais subir", afirma Emílio em referência à Emenda Constitucional nº 95, chamada de "PEC do Teto de Gastos" por seus defensores e de "PEC do fim do mundo" por seus opositores.
Para o economista, há impostos em excesso, além de um número alto de tributos a serem vencidos. Uma situação ruim em comparação com o cenário internacional.
"Em termos internacionais nós temos tributos em excesso, considerando o nível de renda que nós temos, que é um nível ainda de país emergente, não desenvolvido", afirma Emílio, que ainda acrescenta que o Brasil pratica um volume de impostos equivalente ao de países desenvolvidos.
"Nós temos uma carga tributária que quase de primeiro mundo e os serviços prestados, de educação, saúde, segurança são, vamos dizer, quase terceiro mundo", aponta o economista.
Para que haja uma mudança, o caminho apontado por Emílio seria a discussão de uma reforma fiscal como primeiro passo para que se possa reduzir gastos e logo após mexer na estrutura tributária.
Para ele, as eleições de 2018 são uma oportunidade de debater essa situação. O economista ressalta, no entanto, que deve haver cautela ao se modificar a teia de tributos, tendo em vista que isso poderia piorar o que já não estaria muito bom.
"Não dá para mexer muito agora porque aí a situação fiscal vai se deteriorar mais ainda do que ela já se deteriorou", afirma o economista, que acrescenta que uma reforma tributária neste momento traria a possibilidade indesejada de aumento de impostos.
Um caminho para conseguir essa mudança no cenário seria também a diminuição do número de tributos. Ou seja, uma simplificação das obrigações tributárias do brasileiro, o que facilitaria a vida, principalmente, dos empresários.
Isso, segundo Emílio, talvez melhorasse a eficiência da arrecadação e diminuísse a burocracia do Estado e também das empresas. Estas últimas, segundo Emílio, perdem até 4% do que arrecadam com funcionários que operam essa burocracia.
Até o final de 2018, o impostômetro deve chegar a quase R$ 2,4 trilhões, cerca de 10% a mais do que em 2017, quando o indicador atingiu R$ 2,17 trilhões.

Professora é morta pelo marido com 26 facadas no Piauí



A professora Selene Veras Roque, 28 anos, foi assassinada com 26 facadas na tarde de ontem (3) em Luís Correia (a 340 km de Teresina). O principal suspeito é seu marido, o mecânico Raimundo Neto Pereira, o ‘Neto Motopeças’, 32 anos, que está foragido. Este ano já é o sexto caso de feminicídio registrado no Piauí.Segundo o subcomandante da Companhia Independente de Turismo da Polícia Militar (CIPTur), capitão Valdeci Galeno, os dois chegaram do curso de especialização que fazem em Parnaíba e tiveram uma briga.“Ao que tudo indica foi questão de ciúmes. Eles já tinham tido algumas discussões, mas nunca tinha tido contato físico. O crime aconteceu por volta das 17 horas. Eles faziam especialização na mesma faculdade mas em salas diferentes e iam e voltavam juntos”, explicou o capitão Galeno.A arma do crime, uma faca, foi encontrada dentro da casa do casal, mas o mecânico está foragido. Eles moravam no povoado Lameiro, região do Brejinho onde a professora estava diretora de uma escola municipal.“Parte das duas famílias moravam na região. O casal tem uma filha de sete anos que não estava em casa no momento do crime”, completou o oficial da PM.O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba. A arma foi recolhida pela perícia e as investigações estão a cargo da Polícia Civil.


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