Júlio César Silva de Jesus,35 anos, foi a primeira vítima fatal do Zica
Vírus no Brasil, de acordo com confirmação do Instituto Evandro Chagas de Belém
(PA). O paciente é de São Luís e faleceu no dia 01 de junho deste, após dar
entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Araçagi, segundo
informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O paciente já sofria de Artrite reumatoide, Lúpus e Etilismo, doenças
que podem ter se agravado ainda mais, após ele ter adquirido o vírus.
Dados apontam que no Maranhão foram registrados, extra oficialmente,
2.640 casos de Zika Vírus. Porém, confirmados com sorologia somente cinco.
Até 12 de agosto, foram confirmados laboratorialmente casos de Febre do
Zika nos Estados da Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Alagoas, Pará,
Roraima, Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Paraná e Piauí.
O Ministério da Saúde está monitorando a circulação do vírus por meio da
vigilância sentinela, incorporada pelos Estados e Municípios.
A doença
O Zika virus (ZIKAV) é um RNA vírus, do gênero Flavivírus, família
Flaviviridae. Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens do
vírus: uma Africana e outra Asiática.
O principal modo de
transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na
literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório
de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão
transfusional.
A febre por vírus
Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7
dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes. A taxa de
hospitalização é potencialmente baixa.
Segundo a
literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações
clínicas, porém quando presentes a doença se caracteriza pelo surgimento do
exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival
não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos
frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e haematospermia.. No
entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.
Recentemente, foi
observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de
síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus
da dengue, porém não confirmada a correlação.