Histórias de mulheres que se
apaixonam por assassinos em série são bem mais comuns do que a razão é capaz de
explicar. No caso do vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, suspeito de
matar 39 pessoas em Goiânia, um detalhe potencializa esse tipo de atração: a
beleza física. Alto, forte, com traços bem desenhados, Rocha chamou a atenção
de jovens, que se mostraram interessadas em tentar uma aproximação, em saber
mais sobre ele.
Uma das
advogadas do vigilante, Brunna Moreno de Miranda, revelou que ela e as colegas
que atuam no caso recebem e-mails e mensagens no celular de mulheres
perguntando como podem fazer para conhecer o suspeito. De acordo com Brunna,
ao grupo são enviadas também mensagens de jovens que chegaram a conviver
com Rocha.
— São e-mails, mensagens de
celular de mulheres ou que o conhecem de algum lugar e que querem que a gente
fale delas para ele ou algumas perguntando como podem fazer para conhecê-lo.
Tem muita coisa. Mulheres que querem fazer doação, querendo dar as coisas,
enviar para o presídio.
A
advogada contou que tomou conhecimento, por meio de policiais, de que há
aquelas que vão até o presídio e perguntam como devem proceder para ver Rocha.
Ela acrescentou que, nas mensagens, a abordagem segue, em geral, uma mesma
linha: jovens alegando que viram o caso, acharam o vigilante interessante e que
pretendem conhecê-lo pessoalmente.
— Na
verdade, desde a delegacia [quando o suspeito ainda não havia sido transferido
para o complexo prisional] era assim. Elas ligavam para a delegacia [para
perguntar sobre Rocha].
Brunna
relatou que, vez ou outra, comenta com o cliente sobre as “pretendentes”.
— Eu falo
para ele: “Olha o problema que você me arruma”. Aí, ele ri, porque as mulheres
ficam mesmo atrás.