A Polícia Civil realizou, na manhã dessa quarta-feira (18), a “Operação Demolição” no bairro do São Raimundo e adjacências, em São Luís, objetivando cumprir 17 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão contra membros de facção com atuação na região metropolitana da capital.
Foram presas 12 pessoas, dentre elas as mulheres identificadas como Elizabeth Nogueira Soares, conhecida como “Dona Beta”; Ducilene Rocha dos Santos, conhecida como “Dulce”; e Cristiane Bianca.
Foram cumpridos mandados de prisão contra cinco detentos do sistema penitenciário que, mesmo aprisionados, comandavam diversos crimes como tráfico de drogas – o carro-chefe da atividade criminosa desempenhada pelo grupo – roubos, homicídios, ocultação de cadáveres, tortura, ameaças e estupros.
Eles identificados como Mauro Alves Soares, conhecido como “Demolidor”; Mauro Campos Alves Neto, o “Maurinho”; Luís Henrique Lima Fernandes Filho, o “Luizinho”; Tones Gabriel Moraes Aguiar, o “Shrek”; e Alexandre Santos Silva, o “Xande”. Os crimes eram praticados por outros investigados.
Segundo a polícia, os líderes da fação, Mauro Soares e seu filho Mauro Neto comandavam as ações dos demais comparsas em visitas que recebiam, através das quais repassavam as ordens por meio, principalmente, de bilhetes escritos à mão.
O principal braço direito dos dois líderes, segundo indicam as investigações, é a faccionada Taize Tobias Silva, conhecida como “Princesa”, companheira de Maurinho e responsável, dentre outras funções, por controlar o “caixa” do grupo criminoso e manter atualizado o cadastro dos faccionados. “Princesa”, juntamente com outros quatro representados encontram-se na condição de foragidos.
Também foram presos na operação João Vitor De Araújo Barros, conhecido como “Drogba”; Pablo, conhecido como “Menorbrod’; Sandro e Leoni de Sousa Caxias.
As investigações feitas pela Polícia Civil, em especial pelas Superintendências da Capital (SPCC) e de Homicídios (SHPP), apontam para a prática de pelo menos seis homicídios de adversários de outras facções e até dissidentes da própria organização.
Suspeita-se que os corpos foram enterrados dentro da área de mata fechada próximo ao bairro do São Raimundo.