Governadores
de aproximadamente 14 estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste
reuniram-se com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pressionaram
o governo federal para que conceda auxílio de 7 bilhões para repor as perdas
com os repasses federais.
Os
governadores afirmaram que o objetivo é que os 14 estados divulguem uma nota
conjunta na próxima semana para alertar o governo federal. Caso a ajuda não
seja concedida, eles pretendem decretar estado de calamidade financeira.
Do nordeste, apenas Ceará e Maranhão não participariam.
Os 7
bilhões requisitados pelos governadores faz parte dos recursos de
repatriação (pagamento de tributos sobre recursos mantidos no exterior)
que entrarão nos cofres federais até o fim de outubro. O encontro reuniu
governadores do Distrito Federal e de 16 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia,
Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. Segundo o governador do
Piauí, Wellington Dias, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, compareceu à
reunião em solidariedade aos estados do Norte e do Nordeste.
Ainda
de acordo com Dias, o governo está em débito com governos do Norte e Nordeste,
que, ainda que com baixo nível de endividamento, entraram no acordo para
renegociar a dívida dos estados com a União.
Segundo
Ricardo Coutinho, governador da Paraíba, o ministro da Fazenda informou que a
União não tem condições de conceder ajuda aos estados. Meirelles informou
que a equipe econômica precisa ter conhecimento do montante que entrará com a
repatriação para ver se conseguirá cumprir a meta de déficit primário.
“O
problema todo é que, neste país, quem fez o dever de casa, se endividou menos,
cortou gastos, diante de uma crise de três anos em que o PIB [Produto Interno
Bruto] caiu 7%, a maior depressão econômica que esse país já viu, se vê hoje na
condição de que todo trabalho feito corre o risco de ser perdido por falta de
um auxílio que se faz necessário”, advertiu Coutinho.

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