247 – O governo provisório de Michel Temer está
chegando ao fim. Motivo 1: uma pesquisa Vox Populi, divulgada no sábado pela
revista Carta Capital, revelou que 79% dos brasileiros defendem sua saída (leiaaqui). Motivo dois: Temer recebeu ontem, na
abertura da Rio 2016, uma das maiores vaias da história, que atingiu 105
decibéis, mesmo tendo pedido para não ser citado na nominata das autoridades
presentes (leia aqui). Motivo três, e mais importante: o
interino é um dos principais personagens da delação premiada de Marcelo
Odebrecht, maior empreiteiro do País, que começou a ser feita na última
quinta-feira.
De
acordo com reportagem de Daniel Pereira (leia aqui), Temer, na condição de
vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, promoveu um jantar
com Marcelo Odebrecht, em que pediu ajuda extra para os candidatos do partido.
Marcelo concordou e doou nada menos R$ 10 milhões, via caixa dois, em dinheiro
vivo.
Desta
montanha de dinheiro, R$ 4 milhões foram entregues ao braço direito de Temer,
Eliseu Padilha, que é o atual chefe da Casa Civil. O restante foi doado a
outras candidaturas, como a de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que concorreu
ao governo de São Paulo, em 2014.
Em
nota, o interino confirmou o jantar, mas disse que ele e o empresário
conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas
eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e
conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”.
Em
2014, a Odebrecht repassou R$ 11,3 milhões ao PMDB, mas Marcelo pretende provar
que, além desses recursos, também doou outros R$ 10 milhões, via caixa dois, ao
partido.
Eliseu
Padilha também confirmou a negociação. “Lembro que Marcelo Odebrecht ficou de
analisar a possibilidade de aportar contribuições de campanha para a conta do
PMDB, então presidido pelo presidente Michel Temer”, afirmou.
Além
de Marcelo, outros 50 executivos da empreiteira farão delações premiadas – o
que deve implodir todo o sistema político brasileiro.

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