O vice-presidente do Corinthians,
André Luiz Oliveira, também conhecido por André Negão, foi preso por porte
ilegal de armas depois de ser levado para prestar esclarecimentos, nesta
terça-feira pela manhã, na Operação Xepa, 26ª fase da Operação Lava Jato, que
investiga esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a
Petrobras e empreiteiras. Há suspeitas de irregularidades na obra da Arena
Corinthians, feita pela construtora Odebrecht, inclusive indícios de propina ao
dirigente.
Foram encontradas duas armas de fogo
com registros irregulares na casa do dirigente, na zona leste de São Paulo. O
registro delas é anterior ao estatuto do desarmamento. O valor da fiança ainda
não foi estipulado pela justiça. Ele continua na sede da Polícia Federal, na
capital paulista.
Ex-cambista de jogo do bicho, André
Negão hoje não tem atuação no futebol do Timão, mas é o principal elo de Andrés
dentro do Parque São Jorge, com grande influência na área social. Membro do
grupo “Renovação & Transparência”, ele se coloca como o favorito na linha
sucessória da presidência, após a gestão de Roberto de Andrade, em 2018.
O vice corintiano também tem
pretensões na política paulistana. Com boa base na zona norte de São Paulo, o
dirigente planeja se candidatar a vereador o pleito deste ano, com apoio
irrestrito de Andrés Sanchez, a quem ajudou na campanha para deputado federal.
Até o início do ano, o zagueiro André
Vinícius, filho do vice-presidente, tinha vínculo com o Timão. Revelado na base
do clube, nunca foi aproveitado, passando por empréstimos. Outro fato
curioso sobre André Negão é que ele já foi alvo de sete tiros, em uma tentativa
de assassinato. Em entrevista ao “Portal UOL”, em 2014, ele confirmou a
história. Em seu Facebook, André aparece ainda como diretor executivo na
empresa N&A Multichassi Serviço Técnico.

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