Equipes da delegacia da Polícia
Federal (PF) de Caxias (a 360 quilômetros de São Luís), ministérios do Trabalho
e Emprego (MTE) e Previdência Social (MPS) e Ministério Público Federal (MPF),
além de órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária, deflagraram, na
manhã de hoje (24), a Operação Quilópode, de repressão a crimes previdenciários
no Maranhão. Segundo a PF, o prejuízo inicial é de R$ 11 milhões. Os nomes dos
suspeitos presos e conduzidos não foram divulgados pela PF.
Os policiais saíram às ruas para
cumprir 10 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e 5 de
condução coercitiva, além do sequestro e arresto de bens e valores, nas cidades
de Caxias, Codó, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas, Paço do Lumiar
e São Luís e Teresina (PI).
Entre os mandados judiciais, está o
que determina que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenda o
pagamento de 288 benefícios assistenciais com graves indícios de fraude,
submetendo-os a procedimento de auditoria.
A operação conta com a participação
de 100 policiais federais e 5 servidores da Assessoria de Pesquisa Estratégica
e de Gerenciamento de Riscos (APEGR), vinculada ao Ministério da Previdência
Social.
Esquema
As investigações tiveram início em
2012, quando foi identificado o esquema criminoso em que são falsificados
documentos públicos para fins de concessão de benefícios de amparo social ao
idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias criadas pela associação criminosa
para possibilitar a fraude.
De acordo com a PF, a organização
criminosa atuava desde 2010 e contava, ainda, com a participação de um servidor
do INSS responsável pela concessão e atualização dos benefícios, além de
funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que
atuavam na abertura de contas correntes, na realização de prova de vida, na
renovação de senhas bancárias e na efetivação de empréstimos consignados.
O nome da operação (Quilópode) faz
referência a uma palavra de origem grega que significa “aquela que tem mil
patas”, em alusão ao esquema criminoso que apresentou grande ramificação e
envolvimento de órgãos públicos federais e instituições financeiras.

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