O presidente do Superior
Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu nessa quarta-feira (24)
liminar do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) que afasta a prefeita de
Açailândia (MA) Gleide Santos (PMDB) do cargo. A decisão também determina o retorno
da gestora à prefeitura e impede que sejam promovidas medidas cautelares
previstas na legislação.
“Isso posto, defiro a medida
liminar para possibilitar o retorno da requerente ao cargo que exercia como
Prefeito do Município de Açailândia/MA, sem prejuízo de que o Tribunal de
Justiça do Estado do Maranhão fixe outras medidas cautelares, previstas no art.
319 do CPP, conforme entender necessário e suficiente. Comunique-se com
urgência. Publique-se”, diz Lewandowski no resumo da decisão.
A prefeita
havia sido afastada em maio deste ano pela 1ª Câmara Criminal do TJ-MA, por
unanimidade, após ter sido acusada pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA)
de “uso indevido de bens públicos”, conforme o Decreto Lei 201/67.
Na
ocasião, o desembargador relator João Santana e os desembargadores Raimundo
Melo e José Bernardo Rodrigues acompanharam parcialmente o pedido do MP-MA
formulado pelo procurador de Justiça Eduardo Jorge Heluy Nicolau, acatando o
afastamento e negando o pedido de prisão.
Ao
proferir o voto acompanhando o relator do processo, o desembargador Raimundo
Melo citou que a prefeita já respondia a outras ações criminais tipificadas no
Decreto 201/67.
Denúncia
A Promotoria de Justiça da Comarca de Açailândia ajuizou ação de improbidade administrativa contra a prefeita com base em vídeos com imagens que mostravam a utilização de profissionais e máquinas do Município na fazenda Copacabana, de propriedade da gestora e de seu companheiro Dalvadisio Moreira dos Santos.
A Promotoria de Justiça da Comarca de Açailândia ajuizou ação de improbidade administrativa contra a prefeita com base em vídeos com imagens que mostravam a utilização de profissionais e máquinas do Município na fazenda Copacabana, de propriedade da gestora e de seu companheiro Dalvadisio Moreira dos Santos.
Entre os
serviços citados, foram incluídos o melhoramento em estrada que somente dá
acesso a nova sede da propriedade. Na ação, a promotoria destaca que os
serviços, avaliados em R$ 160 mil, foram utilizados por cerca de 30 dias.

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