sexta-feira, 17 de abril de 2015

Professora é flagrada por câmera agredindo alunos em escola


Imagens de vídeo mostram uma professora tratando com violência crianças de três a quatro anos na Escola Municipal Ângelo Carana, em Catanduva, região norte do Estado de São Paulo. Nas cenas, que foram parar em redes sociais, é possível ver a professora atingindo a cabeça de uma menina com um pote, batendo a cabeça de outra criança na mesa, dando tapas e puxando o cabelo dos alunos. Ela ainda força um deles a comer até vomitar e arrasta outro pelo cabelo para fora da sala.
As imagens foram gravadas em agosto de 2014 pelo sistema de monitoramento instalado na escola, mas a professora Tânia Lopes Marins Cid, só foi demitida nesta quarta-feira (15), depois que as cenas foram divulgadas. De acordo com a Secretaria da Educação, a demissão ocorreu após a conclusão de um processo disciplinar. A mãe de um aluno, Luciana do Carmo Garcia Vale, conta que seu filho de quatro anos relatou em casa as agressões que sofria na escola, mas as providências contra a professora não foram tomadas de imediato.
Luciana contou que seu filho não queria mais ir à escola, perdeu o interesse que tinha pelo desenho e começou a ter medo até de ir ao banheiro sozinho.
— Quando ele pediu para dormir comigo, vi que havia algo errado.
Aos poucos, o filho contou que ele e os colegas apanhavam da professora. Luciana, que também é professora, procurou a colega, mas ela negou as agressões e disse que adorava a criança.
A mãe exigiu que as imagens das câmeras fossem verificadas e disse ter encontrado resistência.
— Fui até ao prefeito [Geraldo Vinholi, PSDB], aí soube que o departamento jurídico tinha aberto um processo administrativo.
A professora foi transferida e passou a trabalhar na secretaria de outra escola. De acordo com a Secretaria, assim que houve a denúncia, ela foi afastada e todos os procedimentos foram tomados na proteção dos alunos e para dar à servidora o direito de defesa previsto em lei.
As crianças estão recebendo atendimento psicológico, segundo a prefeitura, mas não há indícios de sequelas. A prefeitura lembra que a comprovação dos fatos só foi possível porque as escolas de ensino básico do município têm sistemas de monitoramento e que apura em sindicância interna se houve possíveis erros na condução do processo administrativo.


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