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O Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado(Gaeco) deflagrou no início da manhã desta sexta-feira (07),
a operação Escamoteamento e desbaratou uma quadrilha especializada em fraudar
licitações no Estado.
A ação foi realizada em parceria com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), Tribunal de Contas da União (TCU),
Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) e
cumpriu mandados de prisão e condução coercitiva de donos de empresas atuantes
no norte do estado do Piauí e empresas do Ceará que atuam nas cidades de Cocal,
Buriti dos Lopes e outras cidades do Ceará.
A fiscalização da CGU apurou a
existência de empresas “fantasmas” contratadas de forma fraudulenta, entre 2013
e 2015, no município de Cocal. As fraudes, custeadas com recursos federais,
estaduais e municipais, contavam com a participação de servidores do município
e de representantes das empresas, que atuavam de forma conjunta e articulada. O
prejuízo estimado é de R$ 19 milhões.
Segundo o Gaeco, essas empresas seriam
responsáveis por fechar contratos para realização de serviços, obras de
construção com valores exorbitantes, em municípios piauienses e não realizavam
a prestação do serviço para os quais foram contratadas. Somente no município de
Cocal, os valores totais desviados são de aproximadamente 19 milhões de reais.
De acordo com o promotor Romulo Cordão,
as empresas atuantes não tinham capacidade operacional. “Foi verificado durante
as investigações, que duraram um ano e quatro meses que essas empresas não
tinham capacidade operacional. Eram de fato empresas inexistentes, tinham
contratos, mas que na realidade não tinha nenhum valor. A maioria dessas
empresas eram novas, tinham de três a quatro anos de existência”, afirma o
promotor.
O Gaeco ainda não divulgou o número de
presos, mas já afirmou que 13 empresários do Ceará estão sendo conduzidos para
Teresina. Além de Cocal, os crimes aconteciam em Buriti dos Lopes, no
Piauí e em Ubajara,Tianguá e Viçosa no Ceará.
A operação conta com 219 profissionais,
sendo que 23 deles são promotores de justiça do Piauí e do Ceará. Além da PRF,
CGU e TCE.
O nome 'Escamoteamento' faz referência
à tentativa dos envolvidos de esconder a atuação da organização criminosa
instalada na região. Para isso, valiam-se de empresas sem capacidade
operacional, algumas inclusive sem sede física, para dar aparência de
legalidade às contratações realizadas.
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