SÃO
LUÍS – O maranhense, de 42 anos, que está entre os 10 suspeitos de planejar
ataques terroristas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, trata-se de Marcos
Mário Duarte, de 42 anos, que usava o codinome na internet de Zaid Duarte.
Convertido ao islamismo há mais de 10 anos, Marcos fundou, quando ainda morava
em São Luís, a Sociedade Islâmica do Maranhão, organização religiosa, que tem
como sede o bairro do Turu. Atualmente, ele mora no município de Amparo, em São
Paulo, e trabalha como garçom na cidade. Segundo informações de sites
paulistas, o maranhense mantinha um time de rúgbi, que era usado para cooptar
jovens para o islamismo radical. Em algumas redes sociais do suspeito há
várias declarações dele de incitação ao terrorismo.
Marcos
Duarte, que nasceu no dia 8 de maio de 1974, estudou durante o ensino médio no
Colégio Pinheirense, escola católica que fica no interior do Maranhão. Ele se
envolveu em alguns processos trabalhistas no interior paulista e, antes de
desativar sua conta no Facebook, ostentava fotos com fuzis Ak-47, modelo que
ficou conhecido por ser usado pelo terrorista saudita Osama Bin Laden. A
autenticidade da foto não foi comprovada, mas ele afirmava ser ele mesmo na
imagem. Em reportagem do Bom Dia Brasil (TV Globo), policiais federais afirmaram
que o grupo terrorista brasileiro tinha negociação para adquirir esse tipo de
armamento no Paraguai.
Em uma
de suas postagens na rede social Google+, na qual tem quase 2 mil seguidores,
Duarte usou o título “Estado Islâmico, uma história de amor”. Em várias destas
postagens, ele recebeu mensagens, inclusive de maranhenses, se solidarizando
pela causa e mostrando interesse em se converter. É bom lembrar que, há alguns
meses atrás, o programa Fantástico (TV Globo) divulgou uma reportagem sobre a história
do desaparecimento de uma universitária paraense, chamada Karina Ailyn Raiol
Barbosa, de 20 anos, que era estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA),
em Belém, e saiu do Brasil por São Paulo, sem avisar a família. Segundo os
parentes, a jovem se converteu ao islamismo há cerca de dois anos, e teria sido
aliciada para sair do país.
Marcos Duarte teria uma ligação com um inglês, que se
identificava como Jonathan Kemp, e jurou fidelidade ao Estado Islâmico. Ele
chegou a usar o dispositivo de doação coletiva para financiamento da causa. Em
seu juramento, ele usou a frase: “Estou vivo para ser um khamikasse (referência
aos suicidas japoneses da Segunda Guerra Mundial). Allah é o maior”.
Marcos deve ser levado para um presidio federal em Mato Grosso
com mais nove pessoas. Segundo informações do G1 de São Paulo, o suposto chefe
do grupo é de Curitiba. De acordo com a Polícia Federal, o juiz Marcos Josegrei
da Silva, da 14ª Vara da Justiça Federal do Paraná, expediu 12 mandados de
prisão temporária por 30 dias.



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