Procuradores que atuam na Operação Lava Jato em
Curitiba têm convicção de que os casos contra o ex-presidente Lula não têm
indícios suficientes para justificar sua prisão; opinião tem se cristalizado a
partir das investigações já realizadas pela Polícia Federal e também da
denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo; os
procuradores admitem que Lula não chegou a intimidar testemunhas ou mover
dinheiro no exterior, nem tentou eliminar provas, como ocorreu com outros réus
da Lava Jato; principal esperança seria a nomeação como ministro da Casa Civil
como meio de "proteção", mas o pilar da ação, o diálogo gravado entre
Lula e Dilma, foi invalidado pelo Supremo Tribunal Federal, o que fere
mortalmente o argumento de que Lula interferiu na Lava Jato
Paraná 247 - Procuradores da República que atuam na
Operação Lava Jato em Curitiba já estão convictos de que os episódios que
envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não têm indícios suficientes
para justificar a sua prisão.
A opinião tem se firmado a partir das
investigações já realizadas pela Polícia Federal (PF) e também da denúncia
feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo, informa nesta
sexta-feira 17 o jornalista Humberto Trezzi, colunista do jornal Zero Hora.
Os procuradores da República estão
decididos a agir com cautela. Primeiro porque não existem, no entender deles,
indícios que justifiquem a prisão do ex-presidente. Ele não chegou a intimidar
testemunhas ou mover dinheiro no exterior, nem tentou eliminar provas, como
ocorreu com outros réus da Lava Jato, ponderam.
Para os investigadores, o único caso
contra Lula que poderia justificar um pedido de prisão seria o da tentativa de
nomeá-lo ministro, feita pela presidente Dilma Rousseff antes de ser afastada
do cargo. Mas o principal indício de que a nomeação era
"proteção" a Lula, um diálogo telefônico entre ele e Dilma
interceptado pela PF, foi invalidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que
fere mortalmente o argumento de que Lula interferiu na Lava Jato e, mais ainda,
o embasamento para um pedido de prendê-lo.
Em tese, o ex-presidente pode
responder por corrupção passiva (dois a 12 anos de prisão) e lavagem de
dinheiro (três a 10 anos de reclusão) nos casos do sítio em Atibaia (SP) e do
triplex no Guarujá (SP). Abundam indícios coletados pela PF no inquérito.
Nesta semana, Lula e sua família
ingressaram na Procuradoria-Geral da República com ação contra o juiz Sérgio
Moro por abuso de autoridade no caso da divulgação dos grampos (leia mais).

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