O Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís (MA), passa por uma vistoria da Organização das
Nações Unidas (ONU). O relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU
sobre tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes, Juan
Méndez; e o assessor do Ministério de Relações Exteriores (MRE), Marco Tulio
Cabral, estão na capital maranhense para produzir um relatório.
A visita do representante da ONU
começou em 3 de agosto e deve terminar na próxima sexta-feira (14). No último
dia de trabalho, está prevista uma entrevista coletiva em Brasília para
adiantar algumas conclusões e recomendações que serão apresentadas ao Conselho
de Direitos Humanos da ONU, em março de 2016.
A missão
foi motivada por denúncia feita pela Conectas, justiça global, e Sociedade
Maranhense de Direitos Humanos no Conselho de Direitos Humanos, em março de
2014, sobre as violações observadas no complexo penitenciário.
Relembre
No início de 2014, a ONU pediu que o Brasil apurasse as recentes violações de direitos humanos e os atos de violência que ocorreram nos presídios do Maranhão, em especial no Complexo de Pedrinhas. Em comentário sobre a situação, o Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU expressou preocupação com imagens divulgadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” que mostraram presos decapitados dentro da penitenciária, localizada na capital São Luís.
No início de 2014, a ONU pediu que o Brasil apurasse as recentes violações de direitos humanos e os atos de violência que ocorreram nos presídios do Maranhão, em especial no Complexo de Pedrinhas. Em comentário sobre a situação, o Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU expressou preocupação com imagens divulgadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” que mostraram presos decapitados dentro da penitenciária, localizada na capital São Luís.
A ONU
acrescentou que ficou “perturbada” com o relatório do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) divulgado em dezembro de 2013, que apontou 59 presos foram mortos
dentro desse presídio, devido a uma série de rebeliões e confrontos entre
facções criminosas.
Onda de atentados
Após a divulgação do relatório do CNJ, o governo do Maranhão realizou uma ação nos presídios, buscando diminuir as mortes e a violência. No mesmo dia, uma onda de ataques começou nas ruas: ônibus foram incendiados em São Luís e delegacias foram alvo de ataques na Região Metropolitana. À época, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, disse que os atentados foram ordenados por presos que estavam dentro do Complexo de Pedrinhas.
Após a divulgação do relatório do CNJ, o governo do Maranhão realizou uma ação nos presídios, buscando diminuir as mortes e a violência. No mesmo dia, uma onda de ataques começou nas ruas: ônibus foram incendiados em São Luís e delegacias foram alvo de ataques na Região Metropolitana. À época, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, disse que os atentados foram ordenados por presos que estavam dentro do Complexo de Pedrinhas.
Cinco
pessoas ficaram feridas por conta dos ataques a ônibus. A menina Ana Clara
Santos Sousa, de 6 anos, não resistiu às queimaduras que sofreu durante o
incêndio a um dos coletivos e morreu. Ela teve 95% do corpo queimado.

Nenhum comentário:
Postar um comentário