A informação foi divulgada
durante uma transmissão ao vivo realizada na tarde desta quinta-feira (25) pelo
médico epidemiologista, Antônio Augusto Silva em parceria com a Pró-Reitoria de
Gestão de Pessoas da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) que abordou o
cenário da pandemia do novo coronavírus no Maranhão.
O médico informou no interior do estado há duas semanas, os
casos notificados de Covid-19 chegaram a 11 mil casos semanais, e nos últimos 7
dias os números apresentaram um pequeno decréscimo, atingindo uma marca de 8
mil casos por semana.
No
entanto, o epidemiologista explica que não se pode ter certeza mesmo de uma
redução e é preciso esperar o comportamento do vírus e os registros dos casos
da Covid-19 em outros municípios do estado.
“Temos
que esperar mais um tempo, pra ver se a redução é mesmo pra valer, porque a
doença apresenta algumas flutuações e depende muita das notificações, então ela
aumenta e cai com muita frequência e precisamos de uma redução sustentada por
um período prolongado para dizer que a epidemia passou do pico e começa a
demonstrar sinais de controle. Provavelmente chegamos a um plator com uma
estabilização talvez como tendência de começar a reduzir no interior do
Maranhão”, afirmou Antônio.
Ainda
durante a live, o especialista explica que há dois fatores para apontar o pico
da curva de contágio da doença. O índice usa dados de cidades como Imperatriz,
Santa Inês, Chapadinha, Açailândia por exemplo, que já atingiram um patamar
bastante grande de casos confirmados do novo coronavírus, e também de
municípios maranhenses que ainda estão no início da curva de elevação no número
de casos por exemplo.
Antônia
aponta que a progressão da doença está ligado a três fatores importantes muito
ligados ao comportamento da população hoje: percentual de pessoas que estão em
casa, no isolamento social, o que retarda a contaminação da doença; e também ao
uso de máscaras; e a quantidade de pessoas que já contraíram a doença, porque
segundo o especialista, irão ficar imunes por um certo tempo e não irão
contrair nem transmitir a doença.
Testagem
O
médico informou que há uma dificuldade quanto a realização de testes no
interior do estado.
“Para
cada caso notificado, nós temos outro 7 a 10 casos que não entram no sistema de
notificação, o que pode ser explicado porque muita gente contrai a doença e
permanece assintomático; pessoas que possuem a doença muito leve e aqueles que
só possuem a suspeita do vírus e não conseguem realizar os testes”, explica o
especialista.
São Luís
Ainda
durante a transmissão, o médico epidemiologista explicou que a capital
maranhense está apresentando uma redução sustentada de casos, já que em São
Luís que atingiu um pico de 2000 casos por semana e hoje chega a um número de
400 semanais.
Antônio informa ainda que mesmo com a abertura de
alguns segmentos, São Luís não detectou nenhum aumento da transmissão, mas que
o risco de retorno da doença não está descartado.
Para explicar a diminuição da doença, o médico usa
três elementos principais:
37% das pessoas continuam em quarentena;
10 e 15 % da população da capital já deve ter pego
a Covid-19;
Uso de máscaras.
E considera que o cenário mais provável para os
próximos dias é que uma segunda onda do novo coronavírus ocorra em São Luís.
Coronavírus no Maranhão
Segundo informações do boletim epidemiológico,
divulgado nesta quarta-feira (24), pela Secretária de Saúde do Maranhão (SES),
o estado tem 73.314 casos confirmados de coronavírus e 1836 óbitos.
Nas últimas 24h, foram registrados 39 novas mortes
e 1.293 casos de Covid-19. O interior do estado contabilizou o maior número de
novos casos com 1162 pessoas, Imperatriz registrou 68 e a Ilha de São Luís
atingiu 63 novos casos.
Também segundo o boletim, dos mais de 73 mil casos
confirmados, 19.567 ainda estão ativos. Desses, 18.567 estão em isolamento
domiciliar, 616 internados em enfermaria e 384 em leitos de UTI.
O estado já contabiliza 51.911 pessoas recuperados
do coronavírus. Ao todo, já foram realizados 143.099 testes.